BEPA. Boletim Epidemiológico Paulista
https://periodicos.saude.sp.gov.br/BEPA182
<div style="text-align: justify;"> <p>O BEPA. Boletim Epidemiológico Paulista, criado em 2004, é uma publicação da Coordenadoria de Controle de Doenças (CCD), órgão da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP). Com periodicidade anual de fluxo contínuo, tem principal interesse em produções técnico-científicas nas áreas de planejamento e execução das ações de promoção à saúde, prevenção e controle de quaisquer riscos, agravos e doenças, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). A publicação tem o objetivo de estabelecer canal de comunicação entre as diversas áreas técnicas e instâncias do SUS, disseminando informações, promovendo atualização e aprimoramento dos profissionais e instituições, além de incentivar a produção de trabalhos técnico-científicos pelas redes de saúde pública e privada.</p> </div>Coordenadoria de Controle de Doenças - Secretaria de Estado da Saúde de São Paulopt-BRBEPA. Boletim Epidemiológico Paulista 1806-423X<p> </p> <p> </p>A Sífilis em gestantes e congênitas no estado do Tocantins: perfil epidemiológico e prevalência
https://periodicos.saude.sp.gov.br/BEPA182/article/view/40880
<p>A sífilis representa um grave problema de saúde pública no Tocantins, sobretudo a sífilis em gestantes (SG) e a sífilis congênita (SC), que representam algumas das principais causas de morbimortalidade materna e infantil naquele estado. O objetivo deste estudo foi descrever o perfil epidemiológico dos casos de sífilis em gestantes e congênitas, no período de 2018 a 2022, residentes no Tocantins com base nas características sociodemográficas e obstétricas. Métodos: estudo transversal e descritivo realizado com dados secundários obtidos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) por meio do sistema operacional Tabwin. Resultados: no período, foram notificados 3.386 casos de sífilis em gestante e 1.473 de sífilis congênita. A taxa de prevalência de sífilis gestacional foi de 28,2% e a de incidência de sífilis congênita, de 12,2%. As mulheres notificadas com SG e com recém-nascido (RN) portador de SC eram em, sua maioria, pardas, jovens, com escolaridade média e residiam em zona urbana. Conclusão: diante do cenário epidemiológico, sugere-se uma análise para apontamento dos determinantes que estejam comprometendo a integralidade da linha de cuidado da sífilis no Tocantins.</p>Francisco Chagas Teixeira NetoJanaina Sousa Santana
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2024-11-052024-11-0521e40880e4088010.57148/bepa.2024.v.21.40880Perfil epidemiológico da dengue no período de 2017 a 2022 na região noroeste do estado de São Paulo
https://periodicos.saude.sp.gov.br/BEPA182/article/view/40468
<p>Introdução: A Dengue se destaca por apresentar um perfil epidemiológico endêmico e um grave problema de Saúde Pública.<em> O</em> objetivo desse estudo foi realizar uma análise da situação epidemiológica da Dengue nos 40 municípios pertencentes ao Departamento Regional de Saúde II (DRS II) de Araçatuba-SP, durante os anos de 2017 a 2022, no qual ocorreu o período da pandemia, e analisar o impacto da COVID-19 na ocorrência de Dengue no mesmo período. Métodos: Para tanto, foram coletados os dados, provenientes do SINAN, do DATASUS/TABNET e da fundação SEADE, sendo realizado testes estatísticos e predição de casos utilizando as ferramentas ARIMA e forecast, para indicar existência de correlação entre as doenças gerando uma predição de como seria o perfil da Dengue caso não houvesse ocorrido a pandemia, e comparar a predição com os resultados reais. Resultados: No período estudado ocorreram 94.969 casos de Dengue nos 40 municípios estudados, com aumento de óbitos acompanhando o aumento de casos. Foi observado que, com o surgimento dos casos da COVID-19 e das mobilizações para o combate à pandemia, ocorreu uma queda brusca nos casos de Dengue que perdurou até 2021, sendo que a predição variou do real em 42%. Conclusão: Com os resultados obtidos nesse estudo foi possível compreender a situação epidemiológica da Dengue na região estudada e o impacto da pandemia da COVID-19 no seu perfil. Esses dados podem ajudar o poder público a planejar ações para o controle dessa doença.</p>Bruno Felipe Borges GuzziMatheus Janeck AraújoTeresa Marilene BronharoEliana Bravo CalemesJuliana Galera Castilho Kawai
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2024-08-202024-08-2021e40468e4046810.57148/bepa.2024.v.21.40468Perfil epidemiológico da violência no estado de São Paulo em comparação ao departamento regional de saúde II
https://periodicos.saude.sp.gov.br/BEPA182/article/view/40229
<p><strong>Introdução:</strong> A violência sempre esteve presente na história e consiste no uso de poder ou força física contra si mesmo ou contra outros, ou grupos, que resulte em algum tipo de dano ou até mesmo a morte. <strong>Objetivo: </strong>O objetivo deste artigo é caracterizar o perfil epidemiológico da violência no estado de São Paulo e no Departamento Regional de Saúde II e comparar a incidência das notificações entre 2011 e 2021. <strong>Métodos:</strong> Trata-se de um estudo longitudinal retrospectivo com dados provenientes do DATASUS. Foram calculadas as frequências relativas das variáveis das vítimas e dos agressores. <strong>Resultados: </strong>Identificou-se que em ambas as regiões estudadas houve predomínio da violência física, com a maioria das vítimas pertencentes ao sexo feminino e raça branca. Em geral, a agressão ocorreu dentro da residência pelo cônjuge. No quesito faixa etária houve diferença entre Estado e DRS II, com preponderância das idades entre 15 a 29 anos e 30 a 59 anos, respectivamente. Nas variáveis escolaridade da vítima e ciclo de vida do autor observou-se que a maior porcentagem das fichas se enquadraram na categoria branco/ignorado/não se aplica. <strong>Conclusão:</strong> Ao comparar a incidência das notificações de violência entre ambos, concluiu-se que não houve diferença significativa (p>0,05). A caracterização do perfil epidemiológico é essencial para o combate à violência, pois possibilita a criação de políticas públicas, bem como a identificação de fragilidades relacionadas ao preenchimento da Ficha de Notificação Individual.</p>Laura Alice Inoue AguiarLarissa Maria Pagani PiresLuana Freitas FreireYasmin Thiemy Livramento RochaGabriella Andrade LescanoLucila Bistaffa Paula
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2024-03-252024-03-2521e40229e4022910.57148/bepa.2024.v.21.40229Evolução do diagnóstico virológico de raiva humana no Instituto Pasteur de São Paulo, Brasil (1970-2020): análise de dados
https://periodicos.saude.sp.gov.br/BEPA182/article/view/39696
<p>O diagnóstico laboratorial precoce de raiva humana deve ser realizado por testes apropriados, visto que a aplicação de protocolos de tratamento médico em indivíduos internados depende dos resultados laboratoriais. O presente estudo analisou os dados referentes aos 560 casos suspeitos de raiva humana submetidos ao diagnóstico virológico no IP/SP de 1970 a 2020. Houve um avanço das metodologias laboratoriais, especialmente as moleculares que passaram a ser essenciais, possibilitando o tratamento de indivíduos expostos, bem como permitindo a determinação da fonte de infecção dos casos, fato fundamental para a efetividade de ações de controle em regiões vulneráveis à disseminação da doença. Intervenções no ciclo urbano da raiva, por meio de vacinação de cães e gatos e encaminhamento de amostras para diagnóstico diminuiram os casos transmitidos por cães, especialmente no Sudeste, em contrapartida, foi observado um aumento exponencial de casos no mesmo período, nas regiões Norte (32%) e Nordeste (53,3%), com casos relacionados ao ciclo silvestre, tendo os morcegos como principais transmissores (72%), seguidos dos primatas não humanos (6%), e dos canídeos silvestres (1%). Nossos resultados demonstraram a importância do aprimoramento do diagnóstico laboratorial, que é parte essencial na condução de estratégias de controle, bem como de tratamento de indivíduos expostos.</p>Stefani Ferreira Rodrigues SantosCarla Isabel MacedoJuliana Galera CastilhoKarin Correa SchefferEnio MoriMicheli CochiGraciane Maria Medeiros CaporaleHelena Beatriz de Carvalho Ruthner BatistaSamira Achkar
Copyright (c) 2024 Samira Achkar, Stefani Ferreira Rodrigues Santos, Carla Isabel Macedo, Juliana Galera Castilho, Karin Correa Scheffer, Enio Mori, Micheli Cochi, Helena Beatriz de Carvalho Ruthner Batista
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2024-03-112024-03-1121e39696e3969610.57148/bepa.2024.v.21.39696Diagnóstico sorológico indeterminado do HIV
https://periodicos.saude.sp.gov.br/BEPA182/article/view/40923
<p>Várias décadas de desenvolvimento levaram a uma ampla variedade de kits de reagentes diagnósticos para atender às diferentes necessidades de vigilância, diagnóstico e monitoramento da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). O teste laboratorial é um componente essencial para o diagnóstico do HIV, sendo ponto de partida para o tratamento dos pacientes. Este relato de experiência se propõe a apresentar aos profissionais que atuam na área da infecção pelo HIV as possíveis causas para um diagnóstico sorológico indeterminado. O diagnóstico de HIV é realizado por meio de fluxogramas de testes que envolvem o uso de ensaios sorológicos para a triagem e confirmatório. É fundamental entender a dinâmica de vários marcadores virais em relação ao estágio da infecção em indivíduos após exposição ao HIV. Os laboratórios devem ter medidas para avaliar o desempenho analítico dos testes sorológicos para HIV e adotar um sistema de qualidade para verificar a eficácia dos serviços prestados.</p>Márcia Jorge CastejonMeire Bocoli RossiKaren Cristina Rolim MadureiraFrancisco Erisnaldo Nunes
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2024-11-042024-11-0421e40923e4092310.57148/bepa.2024.v.21.40923Resgatando as coberturas vacinais: como um município paulista atingiu a meta da campanha da poliomielite
https://periodicos.saude.sp.gov.br/BEPA182/article/view/40774
<p>Objetivo: Em um cenário de quedas de coberturas vacinais, faz-se necessário planejar estratégias locais de vacinação para evitar a reintrodução de doenças controladas ou eliminadas. O objetivo desse trabalho foi relatar a estratégia de vacinação realizada por um município paulista para atingir a meta de 95% de cobertura vacinal durante a campanha de vacinação contra a poliomielite. Métodos: Trata-se de um relato de experiência sobre a execução da campanha de vacinação contra a poliomielite no município de Louveira – SP no ano de 2022. O público-alvo selecionado para a ação foi a população residente, na faixa etária de um a quatro anos, que consiste em 3.061 crianças. Resultados: Foram vacinadas 2.522 crianças nas unidades básicas de saúde, 154 nas escolas e 240 na ação casa a casa, atingindo-se a meta de 95%. Considerando as ações extramuros, houve um incremento de 13,5% na cobertura vacinal. Observou-se que, mesmo com a ampliação do acesso à vacinação nas unidades básicas de saúde, muitas crianças foram vacinadas apenas durante estratégia de busca ativa. Não foi notificado nenhum caso suspeito de poliomielite pelos serviços de saúde. Conclusão: Deve-se traçar estratégias inovadoras para aumentar as coberturas vacinais, considerando potencialidades e fragilidades de cada território.</p>Thereza Cristina de Carvalho MessoraAna Paula Sayuri Sato
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2024-09-112024-09-1121e40774e4077410.57148/bepa.2024.v.21.40774Centro de Imunologia do Instituto Adolfo Lutz ao longo dos anos
https://periodicos.saude.sp.gov.br/BEPA182/article/view/40444
<p>O Instituto Adolfo Lutz (IAL) foi criado em 1940 como resultado da unificação dos Institutos Bacteriológico e Bromatológico, um moderno laboratório voltado ao controle de doenças, inaugurando uma nova fase de Laboratórios de Saúde Pública no estado de São Paulo. Os primeiros testes sorológicos oferecidos à população foram executados pelas “antigas” Seções de Sorologia e de Imunologia. Destaca-se a importância dessas seções no desenvolvimento científico do IAL pela realização de pesquisas, produção científica e inovação tecnológica, seguramente, fundamentais para a saúde pública no decorrer dos anos. O Centro de Imunologia do IAL (CIM-IAL) foi criado em 2010, com a unificação das Seções de Sorologia e Imunologia, quando ocorreu a reorganização institucional. O CIM-IAL participou de importantes avanços científicos na área da saúde, reforçando sua capacidade em desenvolver pesquisas, executar e monitorar o diagnóstico e a vigilância de diferentes agravos. Este manuscrito tem como objetivo apresentar os principais acontecimentos que ressaltam o papel fundamental na busca de soluções para os problemas de saúde pública, desde a época das Seções de Sorologia e Imunologia até tornar-se o Centro de Imunologia. Na elaboração deste trabalho foram utilizadas bibliografias contendo dados históricos, científicos e relatos de profissionais da área.</p>Raquel dos Anjos Fazioli Márcia Jorge CastejonAdele Caterino de AraujoCyro Alves de Brito Elaine Lopes de OliveiraAdriana Pardini VicentiniCarlos Roberto PrudêncioEdilene Peres Real da SilveiraElizabeth Natal De GaspariFabio Takenori HigaLucila Okuyama FukasawaMaria Gisele GonçalvesMarisa Ailin HongMaristela Marques SalgadoMayra Simioni ZaparoliPaula Ordonhez RigatoRosemeire YamashiroSuely Sanae Kashino
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2024-06-262024-06-2621e40444e4044410.57148/bepa.2024.v.21.40444Hepatite C: evolução do diagnóstico e tratamento
https://periodicos.saude.sp.gov.br/BEPA182/article/view/40303
<p>A hepatite C é uma das principais causas de doença hepática crônica, cirrose e carcinoma hepatocelular. Estima-se que 58 milhões de pessoas tenham infecção crônica com cerca de 1,5 milhão de novas infecções por ano. Em 2016, a OMS estipulou a meta de eliminar as hepatites virais até 2030, reduzindo em 90% as novas infecções e em 65% as mortes. Este relato de experiência se propõe a apresentar os avanços no diagnóstico e tratamento da hepatite C no período de 2000 a 2023 e discutir os desafios ainda presentes para atingir a meta da OMS. O diagnóstico da Hepatite C envolve o uso de técnicas sorológicas para a triagem e de biologia molecular para confirmação do diagnóstico, além de avaliar a eficácia do tratamento. O único tratamento disponível até 2011 era a combinação de Interferon alfa peguilado e Ribavirina. A disponibilidade e a evolução das drogas antivirais de ação direta a partir de 2011 contribuíram com o avanço no tratamento, apresentando alta eficácia, período mais curto de terapia, menos contraindicações e poucos efeitos adversos. Mesmo com esses avanços, apenas 20% das pessoas que vivem com Hepatite C no mundo foram diagnosticadas e 7% receberam tratamento. Conclui-se por tanto que para atingir a meta da OMS será necessário um diagnóstico acessível e rápido, no local de atendimento, além de campanhas de triagem e tratamento em massa como parte do programa de vigilância nacional desse agravo.</p>Gabriela Nardini AllarconMarcilio Figueiredo LemosVanessa Cristina Martins SilvaClovis Roberto Abe ConstantinoAdriana Parise Compri
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2024-04-292024-04-2921e40303e4030310.57148/bepa.2024.v.21.40303Panorama do controle de qualidade em laboratórios clínicos e a experiência do Instituto Adolfo Lutz
https://periodicos.saude.sp.gov.br/BEPA182/article/view/40228
<p>No cenário dos laboratórios clínicos é de suma importância controlar e melhorar continuamente a qualidade dos serviços para obtenção de resultados confiáveis. Para alcançar essa condição é imprescindível acompanhar os avanços tecnológicos. Uma das causas fundamentais tem sido à introdução e monitoramento de indicadores da qualidade, tais como as especificações de desempenho analítico, especialmente a precisão e a exatidão. São componentes-chave deste processo a utilização do controle de qualidade interno (CQI) e a participação em programas de avaliação externa da qualidade (AEQ). Este relato de experiência se propõe a apresentar algumas tendências passadas e presentes da utilização do controle de qualidade nos processos de monitoramento da fase analítica em laboratórios clínicos. Destina-se também a compartilhar a experiência do Instituto Adolfo Lutz (IAL) no desenvolvimento e implementação de programas de controle de qualidade em ensaios sorológicos, contextualizando seu propósito e benefício dos resultados. A qualidade em laboratórios clínicos torna-se cada vez mais relevante à medida que as evidências científicas destacam o papel importante que desempenha no processo de tomada de decisão clínica e no monitoramento de pacientes. No desempenho de suas atividades, o Centro de Imunologia do IAL tem contribuído para a melhoria da qualidade dos resultados oferecidos à população pelos laboratórios da sub-rede do Estado de São Paulo.</p>Márcia Jorge CastejonCelso Francisco Hernandes GranatoElaine Lopes de OliveiraRaquel dos Anjos Fazioli
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2024-02-272024-02-2721e40228e4022810.57148/bepa.2024.v.21.40228