Resumo
O mito da democracia racial, construído pelo modelo de relações raciais no Brasil, ao negar o racismo (FREIRE, 1933; PIERSON, 1971) e, conseqüentemente, ao não analisar os indicadores de saúde desagregados por cor, ocultou, durante muito tempo, as desigualdades na situação de saúde da população preta e parda comparada com a da população branca. Por isso se utiliza a classificação de cor atual da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (FIBGE): branca, preta, parda, amarela, indígena e não informada, onde o termo ‘negro’ refere-se ao conjunto de pretos e pardos. Todavia, desde o primeiro Censo da população brasileira (1872), o quesito cor vem sendo colhido e analisado, exceto em 1900, 1920 e 1970 (PETRUCELLI, 2000), revelando a situação socioeconômica desfavorável da população negra. A distribuição da população brasileira por cor e sexo variou regionalmente, em 2000, levantando questões complexas sobre os critérios de classificação por cor e seu significado que não serão aqui abordados. No Censo daquele ano, a proporção de pessoas sem informação sobre cor era desprezível.
Referências
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