https://periodicos.saude.sp.gov.br/bis/issue/feed Boletim do Instituto de Saúde - BIS 2023-12-14T16:03:08-03:00 Samuel Antenor boletim@isaude.sp.gov.br Open Journal Systems <div style="text-align: justify;">BIS. Boletim do Instituto de Saúde tem por missão promover o debate na área da saúde com base na informação qualificada, contribuindo para a tomada de decisões na formulação de políticas públicas, a partir de uma ampla discussão de conceitos e tendências do campo da Saúde Coletiva, com vistas ao aprimoramento do Sistema Único de Saúde (SUS). </div> https://periodicos.saude.sp.gov.br/bis/article/view/40150 Editorial 2023-12-12T10:20:25-03:00 Mariana Tarricone Garcia mariana.garcia@isaude.sp.gov.br Mônica Martins de Oliveira Viana monica.viana@isaude.sp.gov.br Tereza Setsuko Toma ttoma.ats@gmail.com Tereza Etsuko da Costa Rosa tererosa@isaude.sp.gov.br Sonia Isoyama Venancio soniavenancio@uol.com.br <p>É com satisfação que apresentamos este número do BIS dedicado às produções do Mestrado Profissional em Saúde Coletiva do Instituto de Saúde que, num movimento interinstitucional, trouxe também contribuições de autoras e autores provenientes de<br>outros programas profissionais de pós-graduação. Nosso programa foi idealizado com o objetivo de formar profissionais com uma visão crítica das políticas públicas de saúde e para uma prática profissional transformadora, por meio da produção e aplicação do conhecimento científico, visando à solução de problemas ou proposição de inovações para a qualificação dos processos de atenção e gestão do sistema de saúde. Partindo da análise sobre a produção das quatro turmas egressas do nosso programa, realizada por<br>Paula, Costa e Toma, reforça-se o compromisso com a aprendizagem pela práxis, que é destacado no artigo de autoria de Terra, e que pode ser tomado como o eixo condutor da proposta do Mestrado Profissional.</p> 2023-12-14T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Mariana Tarricone Garcia, Mônica Martins de Oliveira Viana, Tereza Setsuko Toma, Tereza Etsuko da Costa Rosa, Sonia Isoyama Venancio https://periodicos.saude.sp.gov.br/bis/article/view/40152 A formação em saúde que uma política de Estado exige 2023-12-14T16:03:08-03:00 Lilian Soares Vidal Terra lilianvterra@gmail.com <p>Uma política de Estado para o setor de saúde no Brasil, como se pretende construir por meio do Sistema Único de Saúde, exige grande investimento na força de trabalho, sendo a formação um de seus pilares. No entanto, os processos de ensino-aprendizagem para trabalhadores em saúde tem se configurado em modelos hierarquizados e tecnocráticos estáticos, pautados pela ciência positivista, incapazes de responder aos desafios do sistema. Assim, o presente artigo se propõe a fazer uma crítica à formação hegemônica e refletir acerca do potencial formativo e emancipatório da aprendizagem pela práxis, como pretendem os Mestrados Profissionais em Saúde. Para tanto, analisa processos pedagógicos conduzidos por meio de Grupos Balint-Paideia, pautados na pedagogia construtivista de Gramsci a Freire, que investem no protagonismo dos trabalhadores em formação, além de considerar os atravessamentos subjetivos e de poder presentes em todos os encontros clínicos, de gestão, de formação.<br>Conclui que a formação Paideia se propõe partir de uma pedagogia da autonomia, dedicada a incrementar a capacidade de análise e de intervenção dos próprios sujeitos e inova ao trabalhar com referência aos eixos do saber, afeto e poder, possibilitando uma formação voltada à emancipação dos trabalhadores e ao fortalecimento do SUS.</p> 2023-12-14T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Lilian Soares Vidal Terra https://periodicos.saude.sp.gov.br/bis/article/view/40181 Equilíbrio postural pelo Mini – Balance Evaluation Systems Test (Mini-BESTest) 2023-12-14T16:02:15-03:00 Aline Juliane Pereira da Silva alinejuliane77@hotmail.com Denise Pimentel Bergamaschi denisepb@usp.br Maria Angela Bianconcini Trindade mabtrindade@gmail.com <p>Introdução: A hanseníase, doença infectocontagiosa crônica, pode provocar diminuição da sensibilidade e alterações motoras com comprometimento do equilíbrio. Um instrumento de avaliação clínica chamado Mini-BESTest é aplicável ao diagnóstico e acompanhamento do comprometimento do equilíbrio postural. Objetivo: Avaliar o equilíbrio dinâmico em pessoas com hanseníase pelo desempenho no Mini-BESTest nos subsistemas: ajuste postural antecipatório; respostas posturais reativas; orientação sensorial e estabilidade na marcha. Métodos: Aplicou-se o Mini-BESTest em 54 usuários do SUS, em seguimento para hanseníase e em Avaliação Neurológica Simplificada (ANS). O Grau de Incapacidade Física (GIF), obtido pela ANS, classificou as pessoas com presença e ausência de incapacidade. Utilizaram-se escores do Mini-BESTest relativos ao total de pontos por subsistema. Resultados: A análise univariada indicou que idades maiores apresentaram escores menores e a análise multivariada mostrou que a ANS é importante na explicação dos escores, controlando-se sexo e idade, onde escores menores, nos quatro subsistemas, ocorreram entre pessoas com incapacidade. Conclusões: O Mini-BESTest indica diminuição do equilíbrio dinâmico entre pessoas com hanseníase,<br>com incapacidade física. Seu uso pode orientar a prática clínica do fisioterapeuta. Potencial de aplicabilidade: O Mini-BESTest, método barato, de fácil e rápida aplicação, é capaz de contribuir para o aprimoramento dos cuidados em hanseníase.</p> 2023-12-14T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Aline Juliane Pereira da Silva, Denise Pimentel Bergamaschi, Maria Angela Bianconcini Trindade https://periodicos.saude.sp.gov.br/bis/article/view/40156 Educação crítica em diabetes no município de Itanhaém 2023-12-14T16:03:01-03:00 Amanda Donnangelo Martins amandadmartins@hotmail.com Tereza Etsuko da Costa Rosa tererosa@isaude.sp.gov.br <p>Introdução: O diabetes mellitus tipo 2 (DM) atinge centenas de milhões de pessoas e representa um grande desafio para os sistemas de saúde. Diferenciando-se das principais diretrizes de educação em diabetes, a educação popular em saúde no SUS adota<br>uma abordagem pedagógica crítica. Materiais e Métodos: Pesquisa qualitativa do tipo pesquisa-ação baseada no modelo freireano<br>de Círculos de Cultura em uma Unidade de Saúde da Família no município de Itanhaém-SP. Resultados e Discussão: Pessoas com<br>diabetes e profissionais de saúde discutiram temas relacionados à DM, com foco em alimentação saudável, políticas públicas e<br>determinantes sociais de saúde. Conclusão: A pedagogia crítica resolveu situações cotidianas e se mostrou capaz de progredir para<br>temas complexos de ordem político-estrutural que favorecem o aperfeiçoamento e o enfrentamento das iniquidades sociais.</p> 2023-12-14T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Amanda Donnangelo Martins, Tereza Etsuko da Costa Rosa https://periodicos.saude.sp.gov.br/bis/article/view/40157 Acesso avançado na Atenção Primária de São Bernardo do Campo/SP 2023-12-14T16:02:58-03:00 Bárbara Navajas de Sá Leite barbaranavajas@hotmail.com Mônica Martins de Oliveira Viana monica.viana@isaude.sp.gov.br <p>O artigo aborda o tema Acesso Avançado (AA), implantado em 2019 em São Bernardo do Campo (SBC), e tem como objetivo analisar a percepção das equipes a respeito desse dispositivo para organização da demanda na Atenção Primária. Por meio da aplicação de<br>questionários, pôde-se observar que todos os integrantes da equipe participavam da prática do AA. As principais dificuldades apontadas envolviam a alta rotatividade de profissionais, defasagem do quadro de RH e espaço físico inadequado. Frente às dificuldades, as equipes encontraram, por iniciativa própria, soluções destinadas à melhoria da prática do AA e passaram a percebê-lo como arranjo para fortalecimento de vínculo e resolutividade no cuidado ao usuário. Ações envolvendo educação permanente, apropriação da prática pela equipe e uso de espaços físicos externos às UBS potencializaram a prática deste dispositivo. Diante desses resultados, o estudo concluiu que a implantação bem-sucedida do AA depende da disponibilidade dos gestores em prover boas condições de trabalho, e habilidade para incorporar algumas modificações que permitam a singularização do dispositivo para a realidade local. O enrijecimento na organização do trabalho tende a inviabilizar as potencialidades do AA.</p> 2023-12-14T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Bárbara Navajas de Sá Leite, Mônica Martins de Oliveira Viana https://periodicos.saude.sp.gov.br/bis/article/view/40158 O cuidado com a obesidade no Centro de Referência do Idoso da Zona Norte 2023-12-14T16:02:55-03:00 Carolina de Campos Horvat Borrego carolborregonutri@gmail.com Tereza Etsuko da Costa Rosa tererosa@isaude.sp.gov.br Denise Pimentel Bergamaschi denisepb@usp.br <p>Introdução: O aumento da população idosa é acompanhado também por modificações no padrão alimentar e na redução de atividades físicas, acarretando numa maior prevalência do sobrepeso e da obesidade nesta população. Objetivo: A valiar o s e feitos d e u m g rupo educativo/terapêutico com idosos em tratamento da obesidade. Metodologia: Foi realizada uma avaliação dos efeitos do grupo educativo/ terapêutico com idosos usuários de um centro de referência, por meio da comparação dos resultados antes e depois da intervenção grupal. Foram analisados dados antropométricos, testes físicos, escala de autopercepção do desempenho nas atividades de vida diária e consumo alimentar. Resultados: Observamos redução nas medidas antropométricas, melhora na autoavaliação de saúde, mudança positiva em comportamentos na hora da alimentação e no consumo<br>alimentar, melhora no teste físico, além da melhora no desempenho funcional nas atividades da vida diária. Observou-se que pessoas que consumiram bebidas adoçadas após a intervenção apresentaram significativamente menor probabilidade de perda de peso; que pessoas com 75 anos ou mais apresentaram menor probabilidade de melhorar o desempenho físico. Conclusão: Os resultados positivos encontrados após as intervenções sugerem que as estratégias de atuação multiprofissional baseadas na educação nutricional, na prática de exercícios físicos regulares e também ao estímulo do autocuidado na saúde em geral tiveram o êxito esperado.</p> 2023-12-14T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Carolina de Campos Horvat Borrego, Tereza Etsuko da Costa Rosa, Denise Pimentel Bergamaschi https://periodicos.saude.sp.gov.br/bis/article/view/40182 A longitudinalidade e o controle da tuberculose 2023-12-14T16:02:12-03:00 Enver Lamarca Oliveira Santos enver.lamarca@gmail.com Suzana Kalckmann suzanak@isaude.sp.gov.br <p>A literatura atual ressalta os esforços mundiais para a redução do coeficiente de incidência e de óbitos relacionados à tuberculose.<br>Porém, estes indicadores ainda são elevados nas capitais brasileiras, com ênfase na população em situação de rua. Este artigo<br>apresenta os resultados da dissertação de Mestrado Profissional em Saúde Coletiva pelo Instituto de Saúde de São Paulo, intitulado<br>“A longitudinalidade e o controle da tuberculose: Intervenções de equipes de Consultório na Rua (eCnaR) no município de São Paulo”. Objetivou identificar as práticas de cuidado de saúde desempenhadas por quatro eCnaR. Foram utilizadas duas ferramentas de coleta de dados direcionadas aos profissionais de saúde e pacientes acompanhados pelas equipes, correlacionando os atributos de longitudinalidade com a análise do conteúdo obtido. Foi evidenciada a atuação dos agentes de saúde como potente elo na construção do vínculo entre os pacientes e as eCnaR, bem como as estratégias usadas em negociações e construções de combinados com os pacientes. Também foi assinalada a importância da interface com profissionais nos centros de acolhida, em outras eCnaR e demais serviços parceiros para a conclusão do tratamento de tuberculose, constituindo efetivamente a rede de cuidado, diante da itinerância e das dificuldades enfrentadas pela população em situação de rua.</p> 2023-12-14T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Enver Lamarca Oliveira Santos, Suzana Kalckmann https://periodicos.saude.sp.gov.br/bis/article/view/40159 Conhecimento e aplicação do Guia Alimentar na promoção da alimentação adequada e saudável 2023-12-14T16:02:53-03:00 Hariane Thaine Bueno Rodrigues harianeb@gmail.com Mariana Tarricone Garcia mariana.garcia@isaude.sp.gov.br <p>O objetivo deste estudo foi mensurar o conhecimento e a percepção de autoeficácia e eficácia coletiva na aplicação do Guia Alimentar para a População Brasileira em ações de Promoção da Alimentação Adequada e Saudável (PAAS) entre médicos e enfermeiros das equipes da Estratégia de Saúde da Família (ESF) de Santa Bárbara d’Oeste, SP. Trata-se de um estudo transversal descritivo, sendo que a coleta de dados utilizou duas escalas validadas. A GAB1 mensurou o conhecimento sobre o Guia Alimentar, enquanto a GAB2 identificou a percepção de autoeficácia e eficácia coletiva na aplicação do Guia em ações de PAAS. Os profissionais apresentaram médias moderadas de conhecimento e autoeficácia na utilização do Guia Alimentar. No entanto, foram observadas lacunas e inseguranças em relação ao conteúdo e utilização desse material, com uma percepção limitada de eficácia coletiva. Esses<br>resultados apontam para a necessidade de fornecer capacitação aos profissionais da ESF, com ênfase no conteúdo e na utilização<br>adequada do Guia Alimentar, visando fortalecer a PAAS e melhorar a efetividade das ações na Atenção Primária à Saúde.</p> 2023-12-14T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Hariane Thaine Bueno Rodrigues, Mariana Tarricone Garcia https://periodicos.saude.sp.gov.br/bis/article/view/40165 Contribuições do diálogo deliberativo na avaliação da implementação de um programa de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde 2023-12-14T16:02:51-03:00 Josiane Aparecida Melo Faria melofariajosiane@gmail.com Maritsa Carla de Bortoli maritsa@isaude.sp.gov.br Tereza Setsuko Toma ttoma.ats@gmail.com <p>Em 2006, as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) passaram a fazer parte do rol de atividades em serviços de<br>saúde do SUS. Durante a pandemia de covid-19, elas foram oferecidas também para o cuidado dos trabalhadores da UBS Jardim Miriam II. Considerando os benefícios observados nesse período, realizou-se uma pesquisa de implementação, com o objetivo de entender o processo e identificar possibilidades de manutenção das atividades de PICS aos trabalhadores. Para enriquecer a avaliação da implementação do programa, utilizou-se uma reunião no formato de diálogo deliberativo (DD), uma ferramenta potente para obter contribuições das partes interessadas no problema estudado. As falas das participantes do DD foram submetidas a uma análise de conteúdo e indicam que a aceitabilidade do programa foi boa, considerando os ganhos em qualidade de vida e melhoria dos processos de cuidado. Além disso, o custo de manutenção é baixo, uma vez que os materiais<br>são acessíveis. Verificou-se que é possível compatibilizar as agendas para garantir a participação dos trabalhadores em atividades individuais. Por outro lado, sentiu-se que faltam oportunidades de capacitação para que mais modalidades de PICS possam ser oferecidas. O programa implementado mostrou ser viável e poderia fazer parte de uma agenda de cuidados aos trabalhadores da Atenção Básica.</p> 2023-12-14T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Josiane Aparecida Melo Faria, Maritsa Carla de Bortoli, Tereza Setsuko Toma https://periodicos.saude.sp.gov.br/bis/article/view/40166 Desafios e estratégias para implementação de ações pró-amamentação na Atenção Básica, sob a percepção de enfermeiros 2023-12-14T16:02:48-03:00 Keite Helen dos Santos keiteenf@yahoo.com.br Silvia Helena Bastos de Paula silviabastos@isaude.sp.gov.br <p>A amamentação pode ser entendida como um processo natural, se pensarmos que todas as mulheres podem produzir leite e oferecer esse alimento completo aos filhos de modo exclusivo até pelo menos seis meses, sendo recomendada a oferta de leite materno até os dois anos de idade ou mais. Porém, há alguns obstáculos para que os índices de aleitamento materno se tornem desejáveis, sendo necessário investir em novas estratégias que tornem viável a amamentação. O propósito do estudo foi analisar a percepção dos enfermeiros de Jaguariúna quanto aos fatores que influem na implementação de ações pró-amamentação. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, ancorada no referencial teórico foucaultiano. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas com 12 enfermeiros da rede básica que atuam na assistência ao binômio mãe-bebê. Ao identificar a percepção dos profissionais sobre as estratégias de implementação da amamentação, foi possível compreender a configuração das relações de poder e como a biopolítica da amamentação pode intervir na organização do processo de trabalho dos serviços de saúde, fortalecendo o trabalho em equipe, o respeito à autonomia dos indivíduos e a responsabilização de todos os profissionais para o sucesso de ações pró-amamentação.</p> 2023-12-14T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Keite Helen dos Santos, Silvia Helena Bastos de Paula https://periodicos.saude.sp.gov.br/bis/article/view/40167 Atenção à Crise em Saúde Mental 2023-12-14T16:02:46-03:00 Marinês Santos de Oliveira maoliveira1900@gmail.com Tereza Etsuko da Costa Rosa tererosa@isaude.sp.gov.br <p>Introdução: Na Rede de Atenção Psicossocial, recomenda-se, em substituição às instituições manicomiais, serviços específicos e<br>ações de cuidados para apoiar sujeitos em crise, apesar do asseguramento jurídico da internação psiquiátrica. Métodos: Abordagem qualitativa, em que utilizamos a narrativa como estratégia de pesquisa, com base em vivências profissionais na Atenção à Crise em Saúde Mental. Resultados e Discussão: Constatamos a necessidade de investimento intenso nas equipes, de envolvimento do domicílio como lócus de cuidado e como suporte para o fortalecimento das relações familiares e das redes sociais, e da efetivação do cuidado em saúde mental na AB. Conclusão: Os itinerários desvelam que a clínica psicossocial dispõe de tecnologias de cuidado sofisticadas, alinhadas à proposta do modelo psicossocial e potentes na atenção à crise.</p> 2023-12-14T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Marinês Santos de Oliveira, Tereza Etsuko da Costa Rosa https://periodicos.saude.sp.gov.br/bis/article/view/40170 Práticas alimentares de crianças menores de 12 meses 2023-12-14T16:02:43-03:00 Natália da Costa Selinger ncs.111@gmail.com Mariana Tarricone Garcia mariana.garcia@isaude.sp.gov.br Sonia Isoyama Venancio soniavenancio@uol.com.br <p>Objetivos: Caracterizar as práticas alimentares de crianças entre 0 e 12 meses e o perfil das Unidades Básicas de Saúde (UBS) no<br>tocante à promoção do aleitamento materno (AM) e alimentação complementar (AC) no município de Jacareí. Metodologia: Estudo<br>transversal descritivo de base populacional. Realizou-se um inquérito domiciliar com cuidadores de lactentes menores de 12 meses e entrevistas com supervisores de todas as UBS do município. Resultados: Participaram do estudo 253 lactentes menores de 6 meses e 287 entre 6 e 12 meses. A prevalência de aleitamento materno exclusivo (AME) foi de 34,3% e de aleitamento materno continuado, de 55,1%. Identificou-se associações significativas entre escolaridade materna e trabalho materno fora do lar, e oferta de alimentos saudáveis e não saudáveis para crianças entre 6 e 12 meses. Quanto ao perfil de trabalho das UBS, a promoção do AM e AC adequada em ações de puericultura foi menor do que em grupos no pré-natal. A prevalência de visita domiciliar pós-parto até sete dias foi de 27,8%. Conclusão: I dentificar o p erfil a limentar e o p rocesso d e t rabalho das equipes de saúde permite apoiar o planejamento de políticas públicas, em especial para promoção do AME, introdução alimentar adequada, capacitação dos profissionais e implementação de protocolos para pós-parto e puericultura.</p> 2023-12-14T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Natália da Costa Selinger, Mariana Tarricone Garcia, Sonia Isoyama Venancio https://periodicos.saude.sp.gov.br/bis/article/view/40171 Avaliação do processo de implementação de um serviço de telefarmácia 2023-12-14T16:02:41-03:00 Priscilla Alves Rocha prirocha.pos@gmail.com Maritsa Carla de Bortoli maritsa@isaude.sp.gov.br Tereza Setsuko Toma ttoma.ats@gmail.com <p>As hepatites virais são um grave problema de saúde pública e a necessidade de uso de medicamentos por tempo prolongado impõe<br>desafios para a adesão ao tratamento. O atendimento de um farmacêutico, em consultas presenciais ou remotas, pode ser determinante no alcance de bons resultados para a saúde dos usuários. A implementação de um programa para atenção a usuários<br>com hepatite B crônica foi conduzida num hospital universitário. Para a avaliação desse processo, utilizou-se o Diálogo Deliberativo<br>(DD), ferramenta que possibilita obter contribuições das partes interessadas no problema abordado. As participantes do DD foram<br>as profissionais da saúde, entre farmacêuticas do atendimento e gestão, médicas (atendimento e gestão), gestora do serviço de<br>telessaúde e uma convidada da área acadêmica. As contribuições foram analisadas de acordo com a análise temática de conteúdo e<br>categorizadas entre barreiras, facilitadores e propostas de melhoria para plena implementação do serviço.</p> 2023-12-14T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Priscilla Alves Rocha, Maritsa Carla de Bortoli, Tereza Setsuko Toma https://periodicos.saude.sp.gov.br/bis/article/view/40172 Omeprazol 2023-12-14T16:02:37-03:00 Renata Rodriguez Imparato rimparato@prefeitura.sp.gov.br Tereza Setsuko Toma ttoma.ats@gmail.com <p>Objetivo: P esquisa d esenvolvida p ara i dentificar a s i ndicações do omeprazol e estratégias para promoção do seu uso racional na Atenção Primária de uma região do município de São Paulo. Método: Trata-se de estudo transversal por meio de inquérito realizado com médicos e farmacêuticos. Resultados: Os 157 médicos participantes referira prescrever omeprazol para doença de refluxo gastroesofágico (73,3%), úlcera gástrica decorrente de infecção por Helicobacter pylori (65,1%), síndrome dispéptica (62,3%), esofagite erosiva (46,6%), úlcera gástrica e duodenal (43,2%), úlcera gástrica secundária a anti-inflamatórios não esteroides (20,5%), condições específicas (16,4%) e outras indicações (15,8%). Os 45 farmacêuticos participantes referiram realizar orientação farmacêutica (100%), consulta farmacêutica (97,8%), reunião de equipe (73,3%), grupos educativos (68,9%), atendimento<br>domiciliar (66,7%), educação permanente (53,3%) e abordagem voltada ao omeprazol (48,9%). Conclusão: A maioria dos médicos<br>referiu prescrever omeprazol para as indicações fundamentadas por evidências científicas. A maioria dos farmacêuticos referiu desenvolver serviços clínicos para o uso racional de medicamentos e, parte deles, também para ações voltadas ao omeprazol. Um baixo percentual de farmacêuticos referiu realizar atividades educativas.</p> 2023-12-14T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Renata Rodriguez Imparato, Tereza Setsuko Toma https://periodicos.saude.sp.gov.br/bis/article/view/40173 Agendamentos de consultas na Atenção Primária 2023-12-14T16:02:34-03:00 Sanni Silvino Parente parentesanni@gmail.com Maritsa Carla de Bortoli maritsa@isaude.sp.gov.br Cintia de Freitas Oliveira cintiaf15@gmail.com Bruna Carolina Araújo brucarujo@gmail.com <p>Introdução: O acesso na Atenção Primária está relacionado à qualidade do cuidado prestado e deve suprir as demandas. Existem três modelos descritos de organização da agenda (tradicional, carve-out e acesso avançado). Este estudo tem por objetivo levantar estratégias efetivas de agendamento de consultas na Atenção Primária com desfechos positivos de acesso. Metodologia: Elaborou-se uma Síntese de Evidências para Políticas e, em seguida, foi realizado um diálogo deliberativo, buscando discutir aspectos relacionados à implementação das estratégias. Resultados: Foram identificadas diversas estratégias efetivas, agrupadas por similaridade de temas em seis opções: 1) Ampliação da oferta de consultas do dia; 2) Monitoramento por equipes multidisciplinares; 3) Aumento da capacidade; 4) Pacotes de intervenção; 5) Intervenções prévias ao agendamento da consulta; 6) Regulação entre os níveis de atenção. Discussão: Essas opções podem ser implementadas de forma parcial ou completa, associadas ou não. Faz-se necessário observar barreiras e facilitadores para a implementação de cada uma delas em relação à quatro níveis: usuários<br>do serviço, profissionais, organização dos serviços e sistemas de saúde. Conclusão: A síntese oferece o embasamento teórico, mas<br>apresenta limitações, e os resultados precisam ser considerados com cautela para a realidade brasileira.</p> 2023-12-14T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Sanni Silvino Parente, Maritsa Carla de Bortoli, Cintia de Freitas Oliveira, Bruna Carolina Araújo https://periodicos.saude.sp.gov.br/bis/article/view/40174 Estratégias de fortalecimento de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora 2023-12-14T16:02:31-03:00 Carla Andrea Trapé carlaens@usp.br Kátia Regina dos Santos Narciso katia.narciso@hotmail.com Luciana Cordeiro lucordeiro.to@gmail.com Emiliana Maria Grando Gaiotto aggrando@gmail.com <p>A saúde do trabalhador é determinada pela forma de organização do processo de trabalho no contexto do modo de produção capitalista, processo que gera sucessivos desgastes, inclusive na área da saúde. Objetiva-se apresentar o processo de elaboração de propostas de enfrentamento do desgaste do trabalhador da Atenção Primária em Saúde, por meio de pesquisa de implementação e da pesquisa participante, com vistas às transformações dos processos de trabalho. Realizou-se sete oficinas emancipatórias para instrumentalização dos trabalhadores com vistas à implementação de estratégias de fortalecimento de saúde dessa população, validadas em diálogo deliberativo, com trabalhadores de uma unidade de saúde da família. O processo educativo foi analisado captando-se os desgastes dos trabalhadores e elencando suas causas sob sua própria óptica, as quais foram se complexificando ao longo do processo, em direção à compreensão das raízes dos desgastes. Foi elaborado documento norteador para apoiar a realização de oficinas, de forma a preparar os trabalhadores para processos de implementação, constituindo o produto apresentado ao programa de mestrado profissional ao qual a pesquisa se vincula. As oficinas se apresentaram como instrumento potente de transformação da compreensão sobre a saúde do trabalhador e as formas de enfrentamento dos desgastes que estes sofrem.</p> 2023-12-14T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Carla Andrea Trapé, Kátia Regina dos Santos Narciso, Luciana Cordeiro, Emiliana Maria Grando Gaiotto https://periodicos.saude.sp.gov.br/bis/article/view/40175 Hospitalizações e óbitos associados à influenza no Brasil 2023-12-14T16:02:28-03:00 Francisco José de Paula Júnior fjpjunior@gmail.com Miguel Angel Descalzo descalzo.miguelangel@gmail.com Jorge Jara jarajor@paho.org Erica Tatiane da Silva erica.silva@fiocruz.br <p>Objetivo: Estimar a incidência de hospitalizações e óbitos associados à influenza no Brasil de 2010 a 2016. Método: Foram utilizados<br>registros de altas hospitalares e óbitos pelos códigos CID J09-J18, dados de vigilância laboratorial de influenza e projeções<br>censitárias populacionais ajustadas pelo percentual de usuários de serviços públicos de saúde. Foi realizada meta-análise para<br>determinar as incidências de hospitalizações e óbitos por faixa etária nas cinco regiões geográficas do Brasil. Resultados: As estimativas foram de 645.661 hospitalizações e 160.089 óbitos por influenza, de 2010 a 2016. As maiores incidências de internação<br>ocorreram em idosos com ≥65 anos (258,6/100.000) e crianças &lt;5 anos (180,1/100.000), enquanto os óbitos se destacaram entre<br>os indivíduos de ≥65 anos (142,9/100.000) e de 50 a 64 anos (22,1/100.000). Foram encontradas diferenças regionais, com<br>as taxas mais elevadas nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Conclusão: A carga da influenza no Brasil é preocupante, com elevado número de hospitalizações e óbitos pela doença. As diferenças regionais e de faixa etária fornecem evidências para apoiar a<br>política de vacinação e o aprimoramento do sistema de vigilância da influenza.</p> 2023-12-14T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Francisco José de Paula Júnior, Miguel Angel Descalzo, Jorge Jara, Erica Tatiane da Silva https://periodicos.saude.sp.gov.br/bis/article/view/40177 Competências percebidas na condução de rodas de conversas para a promoção da saúde 2023-12-14T16:02:25-03:00 Inara Pereira da Cunha inara-pereira@hotmail.com Anna Cândida Barsante Moreno Ortega annacandidabmo@yahoo.com.b Ana Cristina Atz dos Santos atz.anacristina@gmail.com Diego Silva de Castro diegocdcastro@hotmail.com Edmundo Rondon Neto edmundorn@hotmail.com Eliane Kelly Ribeiro da Silva eliane_kelly@hotmail.com Jumara Espíndola dos Santos jumaespindola@yahoo.com.br Maria Bethânia Pereira Alves mbethania@hotmail.com Débora Dupas Gonçalves do Nascimento debora.dupas@fiocruz.br Sandra Maria do Valle Leone de Oliveira sandra.leone@fiocruz.br <p>O estudo discute as competências envolvidas na condução de rodas de conversas. Trata-se de um relato analítico e reflexivo desenvolvido a partir das experiências dos estudantes da disciplina de Promoção da Saúde de um programa de Mestrado Profissional em Saúde da Família, Mato Grosso do Sul, Brasil. As experiências foram registradas no formato de relatórios de experiências e enfatizaram o uso de rodas de conversas em Unidades de Saúde da Família. A partir do corpus documental, foram levantados o público- alvo, temáticas/objetivos e quatro competências aplicadas para o desenvolvimento das rodas de conversa, a saber: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver, e aprender a ser. Observou-se que o público-alvo e as temáticas desenvolvidas nas rodas de conversas foram relacionados a situação epidemiológica do território. Ainda, foi identificado que a técnica é frequentemente baseada no referencial teórico de Paulo Freire, com etapas sistematizadas. As competências de saber conhecer e saber fazer foram desafiantes. As competências saber conviver e ser destacaram- se positivamente nas experiências descritas. Por fim, as experiências revelaram que há competências que precisam ser aprimoradas para a condução de rodas de conversas, com vistas a alcançar o seu potencial transformador.</p> 2023-12-14T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Inara Pereira da Cunha, Anna Cândida Barsante Moreno Ortega, Ana Cristina Atz dos Santos, Diego Silva de Castro, Edmundo Rondon Neto, Eliane Kelly Ribeiro da Silva, Jumara Espíndola dos Santos, Maria Bethânia Pereira Alves , Débora Dupas Gonçalves do Nascimento, Sandra Maria do Valle Leone de Oliveira https://periodicos.saude.sp.gov.br/bis/article/view/40178 Análise dos prazos de oferta dos medicamentos incorporados no Componente Especializado da Assistência Farmacêutica, entre 2012 e 2016 2023-12-14T16:02:22-03:00 Luciana Costa Xavier lucianacx@yahoo.com.br Flavia Tavares Silva Elias flavia.elais@fiocruz.br <p>Introdução: O acesso a medicamentos no Sistema Único de Saúde (SUS) é preconizado pelas políticas de assistência farmacêutica e<br>de incorporação de tecnologias. Desde 2011, com a implantação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), o prazo máximo para oferta das tecnologias deve ser de até 180 dias, a partir da data de publicação da portaria de incorporação. Objetivo: analisar prazo da oferta dos medicamentos incorporados e alocados no Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF) entre 2012 e 2016, abrangendo cinco anos de início da norma de incorporação. Método: foi realizado estudo analítico retrospectivo, utilizando-se bases de dados da APAC/SIA-SUS relativas às dispensações que ocorreram entre 2012 e 2017. O prazo de oferta foi definido como a data da primeira dispensação. Resultados: 1.198 registros de primeira dispensação foram computados entre 2012 a 2017, sendo que apenas 12% (n = 144/1.198) atenderam ao prazo estabelecido e a média de atraso daqueles que não cumpriram o prazo foi de 14 meses. Conclusão: O prazo médio ficou fora do limite estabelecido, evidenciando a necessidade de aprimoramento dos processos relacionados à oferta dos medicamentos incorporados, bem como reavaliação da regra estabelecida tendo em vista perfil apresentado e trâmites necessários relacionados aos processos de aquisição e dispensação.</p> 2023-12-14T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Luciana Costa Xavier, Flavia Tavares Silva Elias https://periodicos.saude.sp.gov.br/bis/article/view/40179 O residente multiprofissional e sua atuação segundo equipes da Atenção Primária à Saúde do Município de Campinas - SP 2023-12-14T16:02:18-03:00 Samira Pereira Magalotti samirapmagalotti@gmail.com.br Mônica Martins de Oliveira Viana monica.viana@isaude.sp.gov.br <p>O estudo objetivou descrever e analisar a percepção dos trabalhadores de quatro unidades de saúde da Atenção Primária à Saúde (APS) do município de Campinas sobre o papel dos residentes e suas possibilidades de atuação, com base no referencial do Apoio Paideia. As unidades selecionadas foram as pioneiras na participação do Programa de Residência Multiprofissional da Secretaria Municipal de Saúde. Trata-se de estudo qualitativo, com entrevista de sete profissionais dos centros de saúde selecionados. Os resultados indicam que os profissionais valorizam as contribuições dos residentes, mas foram encontradas lacunas na construção de competências de cuidado e gestão compartilhada, fragilidade na pactuação das atividades, desconhecimento das formas de avaliação dos residentes e enfraquecimento dos projetos terapêuticos compartilhados. Além disso, o trabalho na lógica do Apoio Matricial enfrenta resistência por parte das equipes. Destacou-se a necessidade de ampliar o debate sobre o Apoio Matricial e as potencialidades dos residentes multiprofissionais, alinhando suas atuações com as recomendações deste referencial.</p> 2023-12-14T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Samira Pereira Magalotti, Mônica Martins de Oliveira Viana