Resumo
Tem sido cada vez mais comum a utilização de documentos cartoriais para a investigação de temáticas da área da história econômica, social e cultural. Entretanto, algumas destas fontes têm se mostrado também relevantes para os estudos da história das ciências da saúde. Os inventários, as contas testamentárias e avaliações de bens de médicos, boticários, práticos da saúde e de moribundos da região de Minas Gerais dos séculos XVIII e XIX, apresentam uma gama de informações referentes aos equipamentos, livros, fórmulas e medicamentos. Tais fontes podem indicar como era o trabalho do farmacêutico, o conhecimento sobre a ciência e as práticas de cura do período. Este artigo faz um levantamento daquilo que é encontrado nestes documentos e demonstra a possibilidade de uso para a contribuição nos estudos da história da farmácia e das ciências da saúde, ao abrir sendas para novas visões e objetos de pesquisa, mas, sobretudo, ao permitir conhecer os saberes de cura e o espaço de boticas.
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