https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/issue/feedHansenologia Internationalis: hanseníase e outras doenças infecciosas2024-10-10T15:30:06-03:00Dejair Caitano do Nascimentohansenologia.internationalis@gmail.comOpen Journal Systems<p>A revista Hansenologia Internationalis: hanseníase e outras doenças infecciosas, é um veículo oficial de divulgação científica, multidisciplinar e de acesso aberto do Instituto Lauro de Souza Lima, pertencente à Coordenadoria de Serviços de Saúde da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Tem como foco publicar e divulgar o conhecimento científico produzido na área da hansenologia e outras doenças infecciosas, com manifestações dermatológicas. Os manuscritos publicados obedecem aos rigores metodológicos da pesquisa científica e aos princípios éticos em pesquisa envolvendo seres humanos e animais experimentais. São publicados em linguagem formal e de fácil compreensão favorecendo o aprendizado dos profissionais que atuam na área de assistência à saúde. <span style="font-size: 0.875rem;">O escopo da revista inclui os aspectos epidemiológicos e controle da hanseníase, manifestações clínicas dermatoneurológicas da doença, protocolos farmacoterapêuticos, laboratoriais para auxílio diagnóstico e avaliação de falha terapêutica, empregando técnicas de biologia molecular, genética, imunologia, microbiologia e dermatopatologia da hanseníase. Também publica manuscritos com foco em prevenção de incapacidades, reabilitação, história da hanseníase, direitos humanos, ciências sociais, educação em saúde, gestão de serviços e inovação tecnológica na área.</span></p>https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/39344Avaliação do perfil de citocinas séricas e óxido nítrico na hanseníase experimental murina2024-01-17T20:42:37-03:00Adriana Sierra Assencio Almeida Barbosadrisierra@hotmail.comThayna Sosolote Limathaynasos@hotmail.comBeatriz Gomes Carreira Sartoribia.carreira@gmail.comSuzana Madeira Dióriosdiorio@ilsl.brSônia Maria Usó Ruiz Silvasoniauso@uol.com.brVania Nieto Brito-de-Souzavanianbrito@gmail.comMaria Renata Sales Nogueiramariare.nog@hotmail.comPatrícia Sammarco Rosaprosa@ilsl.brSílvia Cristina Barboza Pedrinisilviapedrini@btu.unesp.brFátima Regina Vilani-Morenofrvmoreno@gmail.com<p>Introdução: a hanseníase é uma doença in fecciosa crônica causada pelo Mycobacterium leprae (M. leprae), um parasita intracelular obrigatório. Assim, a resistência do hospedeiro a esse patógeno depende da imunidade celular. O uso de modelos experimentais tem permitido o estudo da hanseníase do ponto de vista imunológico, microbiológico e terapêutico, entretanto, as diferenças na progressão da infecção entre os modelos mais empregados (camundongos imunocompetentes, BALB/c, e camundongos congenitamente atímicos, nude) são pouco estudadas. Objetivo: comparar a evolução da infecção pelo M. leprae em camundongos BALB/c e nude quanto à multiplicação bacilar e avaliação do perfil inflamatório sistêmico pela quantificação sérica de citocinas e óxido nítrico (NO). Métodos: os camundongos foram inoculados com M. leprae nos coxins plantares e avaliados aos 3, 5 e 8 meses após a infecção. Resultados: camundongos nude apresentaram multiplicação bacilar progressiva nos coxins plantares. Em camundongos BALB/c, o número de bacilos foi maior aos 5 meses. Em relação à quantificação de citocinas, nos camundongos BALB/c houve aumento de IL-2 e IL-17A e diminuição de IL-6 e NO aos 8 meses de inoculação. Nos camundongos nude, verificou-se o aumento do TNF aos 8 meses de inoculação e manutenção dos níveis de NO. Conclusão: os resultados encontrados sugerem que em camundongos BALB/c ocorre a ativação de uma resposta imune capaz de controlar a multiplicação do M. leprae, em contrapartida em camundongos nude a infecção é progressiva a despeito de altos níveis de TNF.</p>2024-01-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Adriana Sierra Assencio Almeida Barbosa, Thayna Sosolote Lima, Beatriz Gomes Carreira Sartori, Suzana Madeira Diório, Sônia Maria Usó Ruiz Silva, Vania Nieto Brito-de-Souza, Maria Renata Sales Nogueira, Patrícia Sammarco Rosa, Sílvia Cristina Barboza Pedrini, Fátima Regina Vilani-Morenohttps://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/40301Conhecimento, atitudes e práticas sobre hanseníase entre residentes de dermatologia nas Filipinas2024-08-07T09:27:55-03:00Marie Nikki B. Balgomeranikki.balgomera@yahoo.comAbelaine A. Venida-Tablizoabbyvenida@yahoo.comCzarina Pineda Chavezchaipineda@gmail.comMa. Luisa Abad-Venidavenida_derm@yahoo.comFrederica Veronica M. Protaciovia_moo@yahoo.comMalaya P. Santossantos.mp.f@SLMCCM.edu.ph<p>Introdução: a hanseníase é uma infecção crônica causada pelo Mycobacterium leprae e Mycobacterium lepromatosis, que acomete principalmente a pele e os nervos periféricos. Os dermatologistas desempenham um papel importante no diagnóstico e tratamento dos doentes com hanseníase e estão capacitados com conhecimentos sobre a apresentação clínica e o tratamento dos doentes. Métodos: foi realizado um estudo transversal sobre os conhecimentos, atitudes e práticas sobre hanseníase entre os residentes de dermatologia nas Filipinas, utilizando-se um questionário autoadministrado online. O estudo foi realizado em duas fases: Fase I – no qual houve o desenvolvimento do questionário, e Fase II – a aplicação do questionário propriamente dito. O questionário foi administrado aos residentes de dermatologia nas Filipinas através de amostra por conveniência. Estatísticas descritivas adequadas às variáveis do estudo foram utilizadas. Resultados: na Fase I, o questionário foi validado por três especialistas em hanseníase e doenças infecciosas e testado como piloto com dez residentes em dermatologia no ano de 2022, mostrando que as questões tinham pontuações elevadas em termos de validade e fidelidade. A Fase II envolveu a aplicação do questionário aos residentes em dermatologia, participantes do estudo. Os resultados mostraram que, 46 de 118 que responderam ao questionário (38,98%) obtiveram uma pontuação satisfatória de 80% ou mais em conhecimento, 101 de 118 (85,59%) exibiram uma atitude positiva e 116 de 118 (98,31%) tiveram práticas adequadas. Além disso, os residentes do primeiro ano apresentam pontuações mais baixas com relação à atitude do que os residentes dos anos mais avançados. Não foram encontradas diferenças significativas entre os conhecimentos e as práticas com base no contexto prático. Conclusões: os resultados do estudo mostraram que menos da metade dos residentes em dermatologia incluídos no estudo tinham conhecimento satisfatório sobre hanseníase. Foram identificadas lacunas no conhecimento, principalmente na avaliação da função nervosa, bem como, na dose e duração do tratamento de pacientes. Por outro lado, observou-se que os participantes tinham uma atitude positiva em relação à doença e práticas adequadas a hanseníase.</p>2024-08-07T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Marie Nikki B. Balgomera, Abelaine A. Venida-Tablizo, Czarina Pineda Chavez, Ma. Luisa Abad-Venida, Frederica Veronica M. Protacio, Malaya P. Santoshttps://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/39416Estudo dos indivíduos e suas variáveis clínico-histopatológicas relacionadas ao aumento do risco de reação hansênica durante poliquimioterapia em área endêmica do nordeste do Brasil2024-07-05T08:35:54-03:00Juliana Nunes Maciel Cilentojunmaciel@yahoo.com.brNeusa Yuriko Sakai Valenteneusasvalente@gmail.comGabriela de Lira Pessoa Motagabrielapmota@gmail.comMaria Carolina Alves Monteiro de Melomcalvesmelo@gmail.comAlana Wanderley Mariano e Silvaalanawmariano@gmail.comLinácia Freitas Vidallinaciafreitas@gmail.com<p><strong>Introdução:</strong> a hanseníase apresenta potencial incapacitante secundário às reações hansênicas. Existe considerável número de indivíduos com episódios recorrentes de reação durante o tratamento. <strong>Objetivo:</strong> identificar características clínicas e histopatológicas que diferenciem pacientes com reação hansênica ou não. <strong>Método:</strong> estudo prospectivo de julho/2015 a dezembro/2016, com avaliação de indivíduos com diagnóstico novo de hanseníase atendidos no serviço de dermatologia do Complexo Hospitalar Clementino Fraga, na cidade de João Pessoa, Paraíba, Brasil. Os sujeitos foram classificados segundo os critérios de Ridley-Jopling/Madrid e por classificação operacional. Realizaram exame histopatológico no momento do diagnóstico e após 12 meses, e reavaliados após 6 e 12 meses do diagnóstico. <strong>Resultados:</strong> o grupo sem reação apresentou maior número de lesões com nítida delimitação. Observou-se predomínio das formas multibacilares entre indivíduos com reação. Quanto ao grau de incapacidade, o grupo com reação apresentou maior número de indivíduos com grau de incapacidade maior que zero. No grupo sem reação, encontrou-se menor frequência de fatores predisponentes. Notou-se correlação positiva do índice baciloscópico de biópsia cutânea com a ocorrência de reações. <strong>Discussão:</strong> a ausência de delimitação periférica das lesões pode se correlacionar com o surgimento de reação hansênica. O predomínio de reação entre os indivíduos que apresentavam grau de incapacidade maior que zero sugere associação de deficiência física e doença multibacilar. A ausência de fatores predisponentes aponta menor risco de reação hansênica. Observou- se correlação positiva do índice baciloscópico da biópsia com a ocorrência das reações. <strong>Conclusão:</strong> a significativa prevalência de reações graves enfatizam a importância do estudo contínuo da hanseníase e a necessidade de identificar precocemente as características clínicas sugestivas de reações hansênicas.</p>2024-06-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Juliana Nunes Maciel Cilento, Neusa Yuriko Sakai Valente, Gabriela de Lira Pessoa Mota, Maria Carolina Alves Monteiro de Melo, Alana Wanderley Mariano e Silva, Linácia Freitas Vidalhttps://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/37421Perfil de conhecimento sobre hanseníase entre pacientes de um hospital universitário2024-04-22T15:03:51-03:00Rafael Ximenes Bandeira de Moraisrafaxbm@hotmail.comAndré Luiz Belém Negromonte dos Santosandreluiznegromonte@hotmail.comAngela Cristina Rapela Medeirosrapelaac@yahoo.com.brMárcia Almeida Galvão Teixeiramarciaagteixeira@gmail.com<p>Introdução: a hanseníase é uma doença causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, que afeta a pele e o sistema nervoso periférico, apresentando alta endemicidade no Brasil. As representações sociais negativas sobre ela resultam da construção histórica baseada em crenças e medos. Uma das estratégias preconizadas pelo Ministério da Saúde para reduzir a carga de hanseníase é a educação em saúde, já que um dos obstáculos para a diminuição da incidência da doença é a falta de informação. Objetivo: este estudo tem como objetivo identificar o conhecimento dos pacientes de um ambulatório de dermatologia acerca da hanseníase. Metodologia: trata-se de um estudo observacional e transversal, que se desenvolveu por meio de um questionário com nove questões sobre hanseníase, elaborado pelos autores e aplicados em pacientes do ambulatório de dermatologia de um hospital público em Pernambuco. Resultados: quinhentas pessoas responderam ao questionário, sendo a maioria mulheres e pessoas com mais de 60 anos. Cerca de 92% já haviam ouvido falar sobre lepra/hanseníase, mas menos da metade sabia que se tratava da mesma doença. Além disso, apenas 50,4% tinham alguma informação sobre a doença, sendo a identificação da lesão cutânea a mais conhecida, enquanto a transmissão e o tratamento eram menos conhecidos. Conclusão: percebe-se, portanto, que medidas de educação em saúde visando melhorar o conhecimento acerca da transmissão e do tratamento são de grande importância, principalmente por parte de profissionais de saúde, educação e mídia. Além disso, mais estudos que evidenciem o conhecimento da população sobre a doença precisam ser realizados para que a falta de informação possa ser suprida pelos profissionais e, assim, o combate à hanseníase e ao preconceito associado a ela seja realizado de modo mais efetivo.</p>2024-04-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Rafael Ximenes Bandeira de Morais, André Luiz Belém Negromonte dos Santos, Angela Cristina Rapela Medeiros, Márcia Almeida Galvão Teixeirahttps://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/40431Reação adversa grave à dapsona no tratamento da hanseníase2024-10-08T11:23:51-03:00Maria Eduarda Gomes Rodriguesmariaeduardaufpb@gmail.comJoanne Elizabeth Ferraz da Costajoanne_ferraz@yahoo.com.brEsther Bastos Palitotestherpalitot@hotmail.com<p>Introdução: a hanseníase é causada pelo bacilo <em>Mycobacterium leprae</em> e afeta pele e/ou nervos periféricos. Reações adversas às medicações utilizadas no tratamento da doença têm sido relatadas na literatura. Objetivo: relatar o caso de paciente que apresentou reação adversa grave à dapsona no tratamento da hanseníase. Descrição do caso: paciente do sexo feminino, 51 anos, buscou atendimento no ambulatório de dermatologia do Hospital Universitário Lauro Wanderley da Universidade Federal da Paraíba, vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, com queixa de manchas em membros inferiores há três anos, sendo identificadas, em exame físico, máculas eritêmato-acastanhadas com alteração de sensibilidade em membros inferiores. Foi realizada biópsia das lesões e a baciloscopia de esfregaço dérmico, que confirmaram o diagnóstico da hanseníase, procedendo-se ao início da poliquimioterapia, esquema único. Após três semanas, a paciente apresentou anemia hemolítica causada pela dapsona, sendo necessária a suspensão da poliquimioterapia, esquema único e prescrição de dois hemoconcentrados e hidrocortisona endovenosa, com evolução satisfatória. Discussão: há relatos na literatura de reações adversas à poliquimioterapia, esquema único, com ênfase à dapsona. A anemia hemolítica corresponde a um dos efeitos adversos mais comuns. Porém, os baixos níveis de hemoglobina da paciente diferiram dos achados de estudos prévios, sendo necessária a suspensão das medicações. Considerações finais: o destaque trazido pelo caso enfoca a anemia severa, evidenciando a relevância de uma abordagem interdisciplinar e da atenção minuciosa aos pacientes sob tal esquema terapêutico.</p>2024-10-08T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Maria Eduarda Gomes Rodrigues, Joanne Elizabeth Ferraz da Costa, Esther Bastos Palitothttps://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/40191Reação tipo 1 ulcerativa em hanseníase dimorfo-tuberculóide2024-10-08T11:23:53-03:00Sabha Mushtaqsmqazi.gmc@gmail.com<p>Introdução: a hanseníase é uma doença infecciosa crônica causada pelo <em>Mycobacterium leprae</em>, caracterizada por um amplo espetro de manifestações clínicas. Na Índia, a hanseníase dimorfa-tuberculoide é a forma mais comum encontrada na prática clínica. A reação hansênica tipo 1, nos pacientes dimorfo-tuberculoide, manifesta-se normalmente com a presença de eritema e/ou edema em lesões cutâneas pré-existentes. A ulceração das lesões cutâneas na reação tipo 1 é pouco frequente e ocorre em reações graves. Objetivo: relatar uma apresentação atípica de hanseníase dimorfa-tuberculoide com reação tipo 1 ulcerada em paciente imunocompetente. Descrição do caso: apresentamos o caso de um homem de 65 anos com queixa principal de placa ulcerada na coxa esquerda. Apresentava também, outras lesões cutâneas sugestivas de hanseníase dimorfa-tuberculoide no tronco e nos membros, bem como os nervos ulnar e poplíteo lateral esquerdos espessados e levemente doloridos. A baciloscopia foi negativa, enquanto a biópsia de pele confirmou o diagnóstico de hanseníase dimorfa-tuberculoide. O paciente respondeu à terapêutica com poliquimioterapia multibacilar, recomendada pela Organização Mundial de Saúde, e a doses decrescentes de prednisolona, com cicatrização completa da ulceração após 6 semanas de seguimento. Discussão: a reação hansênica tipo 1 associada a hanseníase dimorfa-tuberculoide apresenta-se geralmente com aumento de eritema e edema em lesões cutâneas pré-existentes. A ulceração dessas lesões não é comum, exceto nos casos graves. A administração de corticosteróides orais associada a poliquimioterapia multibacilar é a chave parao tratamento da reação hansênica tipo 1 ulcerada. A cicatrização da ulceração ocorre rapidamente com doses decrescentes de corticosteróides orais, limitando a duração da morbilidade. Consideração final: o caso enfatiza a necessidade de os dermatologistas e hansenologistas estarem atentos às apresentações atípicas das reações hansênicas, assegurando um diagnóstico oportuno e um manejo eficaz para alcançar os melhores resultados na evolução dos pacientes.</p>2024-10-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Sabha Mushtaqhttps://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/40193Lesões eritematosas com borda hipopigmentada perilesional tipo anel de Woronoff em um caso de hanseníase2024-10-10T15:30:06-03:00Sabha Mushtaqsmqazi.gmc@gmail.com<p>Introdução: a hanseníase, doença micobacteriana infecciosa crônica causada pelo <em>M. leprae</em>, apresenta um amplo espectro de lesões cutâneas, a depender da forma clínica da doença. O anel de Woronoff consiste em halo hipopigmentado, classicamente observado em torno de lesões psoriáticas em resolução e também associado a vários tumores cutâneos. No entanto, tal fenômeno é raramente observado na hanseníase. Objetivo: descrever um caso atípico de hanseníase dimorfo-virchowiano limítrofe que apresentou halo hipopigmentado perilesional em forma de anel de Woronoff. Descrição do caso: o relato descreve um caso de hanseníase dimorfo-virchowiano com múltiplas lesões eritematosas na face, contornada por um anel hipopigmentado. A baciloscopia foi positiva para bacilos álcool-ácido resistentes e a biópsia de pele da lesão macular da face foi compatível com o diagnóstico. O doente foi tratado com poliquimioterapia multibacilar conforme recomendado pela OMS. Discussão: a hipopigmentação perilesional, tipicamente associada a lesões psoriáticas e a certos tumores cutâneos, foi raramente relatada na hanseníase. O referido caso é único devido à presença de lesões eritematosas com halo hipopigmentado perilesional sobre a face. Essa apresentação incomum pode causar dúvidas e assim, atrasar o diagnóstico e o tratamento. Relatos anteriores na literatura mostraram casos isolados, e sugeriram a transferência defeituosa de melanina ou lesão nervosa como possíveis causas. Consideração final: a hanseníase pode apresentar manifestações atípicas que muitas vezes representam um dilema no diagnóstico. O presente caso enfatiza a importância de um exame clínico e cutâneo abrangente e de sempre considerar a suspeita de hanseníase em pacientes com lesões cutâneas incomuns. O diagnóstico e o tratamento precoce são cruciais para quebrar a cadeia de transmissão na comunidade.</p>2024-10-10T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Sabha Mushtaqhttps://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/40196Dermatofibroma atípico simulando hansenoma2024-08-28T11:47:42-03:00Pauline Dias Soares Girardipauline_dias@yahoo.com.brBruno de Carvalho Dornelasbruno.dornelas@ufu.brHugo Hatanakahatanakahugo@gmail.comCaio Oliveira Senadrcaioosena@gmail.comMarcelo Campos Rochawimarcelo@hotmail.comIsabela Maria Bernardes Goulartimbgoulart@gmail.com<p>Introdução: dermatofibroma é uma lesão mesenquimal benigna, de etiologia incerta, centrada na derme, com diferenciação fibroblástica e histiocítica. A variante atípica pode simular sarcoma superficial à histologia. Objetivo: descrever os achados clínicos e histopatológicos de dermatofibroma atípico que surgiu em uma paciente em tratamento de hanseníase, com múltiplas falências terapêuticas. Descrição do caso: o relato trata de uma mulher de 39 anos, com múltiplas falências terapêuticas para hanseníase virchowiana, com presença de dermatofibroma atípico em membro superior, que clinicamente simulava hansenoma. Discussão: análises moleculares sugerem que o dermatofibroma esteja associado a processo neoplásico, no entanto, vários estudos o associam a traumas, picadas de insetos, foliculite, alterações imunológicas e hanseníase tratada ou reacional. A associação de dermatofibroma e hanseníase, especialmente no polo virchowiano, está documentada na literatura. Entretanto, não há relatos de dermatofibroma atípico e hanseníase. Considerações finais: o caso se soma a outros estudos em relação a uma possível associação da patogenia do dermatofibroma com aspectos imunológicos, presentes na hanseníase.</p>2024-08-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Pauline Dias Soares Girardi, Bruno de Carvalho Dornelas, Hugo Hatanaka, Caio Oliveira Sena, Marcelo Campos Rocha, Isabela Maria Bernardes Goularthttps://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/40198Concomitância da hanseníase virchowiana e carcinoma de células escamosas2024-09-20T08:33:26-03:00Hugo Hatanakahatanakahugo@hotmail.comBruno de Carvalho Dornelasbruno.dornelas@ufu.brPauline Dias Soares Girardipauline_dias@yahoo.com.brCaio Oliveira Senadrcaioosena@gmail.comMarcelo Campos Rochawimarcelo@hotmail.comIsabela Maria Bernardes Goulartimbgoulart@gmail.com<p>Introdução: a hanseníase é uma doença endêmica no Brasil, que ocupa a segunda posição de novos casos diagnosticados por ano no mundo. Contudo, o diagnóstico tardio dessa doença ainda é comum. Objetivo: alertar os profissionais de saúde sobre a importância de reconhecer os sinais insidiosos da hanseníase, tanto clínicos quanto histopatológicos, mesmo na presença de outras alterações mais evidentes. Apresentação e discussão do caso: homem com lesões cutâneas sugestivas de carcinoma de células escamosas. Ao exame histológico, além do carcinoma, observaram-se agregados de macrófagos espumosos repletos de bacilos álcool-ácido resistentes, compatível com hanseníase virchowiana. Um exame físico mais detalhado realizado por uma equipe multidisciplinar de um centro de referência nacional ainda revelou pele com aspecto infiltrado difuso e madarose supraciliar, alterações não percebidas na avaliação inicial em outro serviço. Considerações finais: o presente caso pode contribuir com os profissionais da clínica e patologistas sobre a necessidade de atenção a alterações cutâneas que podem dificultar o diagnóstico de hanseníase, principalmente em regiões endêmicas, visando possibilitar um diagnóstico precoce e a redução das incapacidades relacionadas à doença.</p>2024-09-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Hugo Hatanaka, Bruno de Carvalho Dornelas, Pauline Dias Soares Girardi, Caio Oliveira Sena, Marcelo Campos Rocha, Isabela Maria Bernardes Goularthttps://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/40201Valor diagnóstico da PCR quantitativa em acompanhamento de um paciente com hanseníase2024-08-28T11:47:38-03:00Marcos Daniel Silva Pinheiromdspinheiro@gmail.comMaisa Pereira Vieiramaisavieiranut@gmail.comDaisy Cristina Monteiro dos Santosdaisyc.monteiro@gmail.comAlexandre Castelo Brancoacbpcm@yahoo.com.brLorena Bruna Pereira de Oliveiralorena.oliveira@univale.brLucia Alves de Oliveira Fragaluciaalvesfraga@yahoo.com.br<p>Introdução: a hanseníase é uma doença granulomatosa crônica causada pelo Mycobacterium leprae. Ela representa um problema de saúde pública relevante no país e impacta na população de maneira geral. Objetivo: relatar o acompanhamento de um paciente com hanseníase que apresenta reação em cadeia polimerase quantitativa (qPCR) positiva. Descrição do caso: paciente do sexo masculino, 53 anos, residente na zona rural de São Geraldo da Piedade, Minas Gerais, Brasil. Em 2015, o paciente procurou a Policlínica Central Municipal de Governador Valadares e foi encaminhado ao Centro de Referência em Doenças Endêmicas e Programas Especiais Dr. Alexandre Castelo Branco (CREDEN-PES) para dar início ao tratamento, porém ele não aderiu à terapêutica alegando dificuldade de acesso ao Centro de tratamento. Em 2017, o indivíduo retornou ao CREDEN-PES, onde não só foi examinado, mas também foi coletado material para baciloscopia e para qPCR. Por conseguinte, o resultado do índice baciloscópico (IB) foi zero e positivo para qPCR. Dessa forma, o paciente foi encaminhado para tratamento no município de origem e aderiu a duas doses de poliquimioterapia multibacilar (PQT-MB). No ano de 2021, voltou ao Centro de Referência para novas avaliações e essas resultaram em IB igual a 1,5 e diminuição da sensibilidade plantar. Em seguida, iniciou o uso do esquema único de tratamento para hanseníase (MDT-U). Em 2023, mudou-se para o Paraná e recentemente relatou o quadro subsequente: estado de saúde regular, alteração de equilíbrio, quedas frequentes, perda de força nos joelhos, pele seca e edema atrás da orelha. A positividade da reação qPCR motivou a equipe a procurar e a acompanhar esse paciente, que inicialmente não aderiu ao tratamento. Conclusão: acredita-se que o uso de ferramentas laboratoriais para auxiliar e para reforçar o diagnóstico, assim como o tratamento, tem contribuído para um controle mais eficaz da hanseníase.</p>2024-08-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Marcos Daniel Silva Pinheiro, Maisa Pereira Vieira, Daisy Cristina Monteiro dos Santos, Alexandre Castelo Branco, Lorena Bruna Pereira de Oliveira, Lucia Alves de Oliveira Fragahttps://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/40759Um chamado por mudanças na hanseníase2024-08-05T11:35:18-03:00Marco Andrey Cipriani Frademandrey@fmrp.usp.brVania Nieto Brito de Souzavanianbrito@gmail.com<p>Nessa entrevista, o médico dermatologista, hansenólogo e professor universitário Marco Andrey Cipriani Frade relata sua trajetória como profissional e sua experiência à frente da Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH). Em sua fala contundente, aponta caminhos para reverter os principais desafios atuais no tratamento da hanseníase, tais como: queda nos diagnósticos, falta de profissionais qualificados e de crescente número de casos de refratários ao tratamento convencional, além disso revela como seu próprio diagnóstico contribuiu para uma mudança de paradigma sobre as manifestações clínicas da hanseníase. </p>2024-08-22T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Marco Andrey Cipriani Frade, Vania Nieto Brito de Souzahttps://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/40765Relatos de casos em hanseníase2024-08-28T11:47:35-03:00Dejair Caitano do Nascimentodejair.nascimento@ilsl.brLaila de Laguichelaila.delaguiche@aal.org.br<p>O relato de caso é uma modalidade de divulgação científica resultante de estudos observacionais descritivos cuja finalidade é relatar um fato raro, às vezes inédito, ou ainda que apresenta aspectos peculiares no que concerne à história clínica, à sintomatologia, à epidemiologia, à população alvo, às técnicas de diagnóstico e à conduta terapêutica.</p>2024-08-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Dejair Caitano do Nascimento, Laila de Laguichehttps://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/40913Case reports on leprosy2024-08-28T11:47:35-03:00Dejair Caitano do Nascimentodejair.nascimento@ilsl.brLaila de Laguichelaila.delaguiche@aal.org.br<p>A case report is a type of scientific publication resulting from descriptive observational studies whose purpose is to report a rare event, sometimes unprecedented, with peculiar aspects in terms of clinical history, symptoms, epidemiology, target population, diagnostic techniques, and therapeutic approach.</p>2024-08-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Dejair Caitano do Nascimento, Laila de Laguichehttps://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/40288Ferramentas tecnológicas aplicadas no campo da hanseníase 2024-08-02T13:53:18-03:00Rafael Everton Assunção Ribeiro da Costarafaelearcosta@gmail.comFergus Tomas Rocha de Oliveiraf.tomasrocha@hotmail.comVitoria Neris Rebelo Verasvitorianerisrebelo@gmail.comJuliana do Nascimento Sousajulianasousans@gmail.comSandra Marina Gonçalves Bezerrasandramarina20@hotmail.comDario Brito Calçadadariobcalcada@frn.uespi.br<p>Introdução: a hanseníase é uma doença infectocontagiosa causada pela bactéria Mycobacterium leprae, permanecendo importante causa de morbimortalidade em países como Índia, Brasil e Indonésia. Objetivo: realizar um mapeamento sistemático das pesquisas primárias disponíveis na literatura sobre o uso de ferramentas tecnológicas aplicadas no campo da hanseníase. Metodologia: a questão de pesquisa foi: “Quais ferramentas existem para estudo remoto da hanseníase?”. Aplicou-se estratégia de busca específica nas bases PubMed, Scopus e Web of Science, tendo sido incluídos todos os artigos científicos publicados em inglês, português ou espanhol, no período entre 2015 e 2021, e que estivessem no escopo da pesquisa. Os dados foram extraídos com uso de questionário estruturado e avaliou-se o risco de viés dos estudos incluídos. Resultados: a metodologia empregada permitiu a seleção de 15 artigos científicos. Predominaram estudos realizados no Brasil, na Índia e na Indonésia, indexados no PubMed e publicados entre 2020 e 2021. Os estudos avaliados mostraram o uso de ferramentas tecnológicas na hanseníase nas mais diversas plataformas, com resultados promissores para a saúde primária, condução dos casos e pesquisa. Contudo, ainda de forma incipiente. Conclusão: este mapeamento sistemático indica a necessidade de mais estudos, com maior robustez, acerca do uso de ferramentas tecnológicas no enfrentamento da hanseníase em nível de saúde e pesquisa.</p>2024-08-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Rafael Everton Assunção Ribeiro da Costa, Fergus Tomas Rocha de Oliveira, Vitoria Neris Rebelo Veras, Juliana do Nascimento Sousa, Sandra Marina Gonçalves Bezerra, Dario Brito Calçada