Fraude em leite: Métodos de detecção e implicações para o consumidor
PDF

Palavras-chave

análises físico-químicas
fraude
leite

Como Citar

1.
Abrantes MR, Campêlo C da S, Silva JBA da. Fraude em leite: Métodos de detecção e implicações para o consumidor. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 30º de setembro de 2015 [citado 29º de março de 2024];73(3):244-51. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/33344

Resumo

A qualidade do leite consumido no Brasil é uma constante preocupação de técnicos e autoridades ligadas às áreas de saúde e de laticínios. Considerando-se a importância do leite na alimentação humana, é preciso ter conhecimento e fazer averiguação das metodologias empregadas para identificar as fraudes no leite, bem como realizar aperfeiçoamento das técnicas de detecção, com o intuito de garantir a sua autenticidade. Desta forma, este artigo tem por finalidade relatar as principais fraudes de leite evidenciadas, e de acordo com os métodos de detecção utilizados.
https://doi.org/10.18241/0073-98552014731611
PDF

Referências

1 Egito AS, Rosinha GMS, Laguna LE, Miclo L, Girardet JM, Gaillard JL. Método eletroforético rápido para detecção da adulteração do leite caprino com leite bovino. Arq Bras Med Vet Zootec.2006;58(5):932-9.

2. Cortez MAS, Dias VG, Maia RG, Costa CCA. Características físico-químicas e análise sensorial do leite pasteurizado adicionado de água, soro de queijo, soro fisiológico e soro glicosado. Rev Inst Latic Cândido Tostes.2010;65(376):18-25.

3. Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa Nº 68, de 12 de dezembro de 2006. Oficializa os Métodos Analíticos Oficiais Físico-Químicos, para Controle de Leite e Produtos Lácteos. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária. Diário Oficial [da] União, Brasília, DF, 14 dez. 2006.

4. Almeida TV. Detecção de adulteração em leite: análises de rotina e espectroscopia de infravermelho. Seminário apresentado ao Curso de Mestrado em Ciência Animal da Escola de Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Goiás, Goiania, 2013. 23p.

5. Sousa DDP. Consumo de produtos lácteos informais, um perigo para saúde pública. Estudo fatores relacionados a esse consumo no município de Jacareí, SP [dissertação de mestrado]. São Paulo (SP): Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo; 2005.

6. Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Operação Leite Adulterado I e II. Disponível em: http://www.agricultura.gov.br/animal/noticias/2014/08/operacao-leite-adulterado-i-e-ii>. Acesso em 20 de nov. de 2014.

7. Brasil. Ministério da Agricultura. Decreto n° 30.691 de 29/03/1952 e alterado pela última vez pelo Decreto nº 6.385, de 27 de fevereiro de 2008. Regulamento da inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal - RIISPOA. Diário Oficial [da] União, Brasília, DF, 27 fev. 2008. Seção 1, p. 10785.

8. Zhang J, Zhang X, Dediu L, Victor C. Review of the current application of fingerprinting allowing detection of food adulteration and fraud in China. Food Control.2011;22:1126-35.

9. Bhemer MLA. Tecnologia do leite: produção, industrialização e análise. 13a ed. São Paulo (SP):Nobel; 1999.

10. Brasil. Ministério da Agricultura. Instrução normativa n° 62 de 29 de dezembro de 2011. Regulamento Técnico de Produção, Identidade e Qualidade do Leite tipo A, o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de Leite Cru Refrigerado, o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de Leite Pasteurizado e o Regulamento Técnico da Coleta de Leite Cru Refrigerado e seu Transporte a Granel. Diário Oficial [da] União, Brasília, 29 dez. 2011.

11. Polegato EPS, Rudge AC. Estudo das características físico-químicas e microbiológicas dos leites produzidos por mini-usinas da região de Marília – São Paulo/ Brasil. Rev Hig Aliment.2003;17(110):56-63.

12. Agnese AP. Avaliação físico-química do leite cru comercializado informalmente no município de Seropédica, Rio de Janeiro. Rev Hig Aliment.2002;17(94):58-61.

13. Martins PF, Andrade HV. Identificação de resíduos de antibióticos na recepção de leite cru pré-beneficiado como perigo potencial para implantação do plano APPCC em laticínios. Cad Pós-Grad FAZU.2011; 2.

14. Martin JGP. Resíduos de antimicrobianos em leite – uma revisão. Seg Alim Nutr.2011;18(2):80-7.

15. Wanderley CH, Silva ACO, Silva FER, Mársico ET, Conte Junior CA. Avaliação da sensibilidade de métodos analíticos para verificar fraude em leite fluido. Rev de Ci Vida. 2013;33(1):54-63.

16. Mendes CG, Sakamoto SM, Silva JBA, Jácome CGM, Leite AI. Análises físico-químicas e pesquisa de fraude no leite informal comercializado no município de Mossoró, RN. Ci Anim Bras.2010;11(2):349-56.

17. Firmino FC, Talma SV, Martins ML, Leite MO, Martins ADO. Detecção de fraudes em leite cru dos tanques de expansão da região de Rio Pomba, Minas Gerais. Rev Inst Latic Cândido Tostes.2010;65(376)5-11.

18. Cavalcanti VR. Avaliação físico-química e microbiológica de leite cru recebido em tanques comunitários [dissertação de mestrado]. João Pessoa (PB): Universidade Federal da Paraíba; 2011.

19. Santos MV, Fonseca LFL. Estratégia para controle de mastite e melhoria da qualidade do leite. 2 a ed. Barueri (SP): Manole; 2007.

20. Guo M. Goat’s milk. In: Caballero B, Trugo L, Finglas P. (Eds.), Encyclopedia of Food Science and Nutrition.2003;2944-9.

21. Tronco VM. Controle Físico-Químico do Leite. In: Manual para Inspeção da Qualidade do Leite. 1997. Santa Maria (RS): UFMS,103-5.

22. Rosa-Campos AA, Rocha JES, Borgo LA, Mendonça MA. Avaliação físico-química e pesquisa de fraude em leite pasteurizado integral tipo C produzido na região de Brasília, Distrito Federal. Rev Inst Latic Cândido Tostes.2011;66(379):30-4.

23. Venturini KS, Sarcinelli MF, Silva SC. Características do Leite. Boletim Técnico, UFES, 2007.

24. Silva MCD, Silva JVL, Ramos CS, Melo RO, Oliveira JO. Características microbiológicas e físico-química de leite pasteurizado destinado ao programa do leite no Estado de Alagoas. Ciênc Tecnol Aliment. 2008;28(1):226-30.

25. Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuárias e Abastecimento. Instrução Normativa nº 51, de 18 de setembro de 2002. Regulamentos Técnicos de Produção, Identidade e Qualidade do Leite tipo A, do Leite tipo B, do Leite tipo C, do Leite Pasteurizado e do Leite Cru Refrigerado e o Regulamento Técnico da Coleta de Leite Cru Refrigerado e seu Transporte a Granel. Diário Oficial [da] União, Brasília, DF, 20 set. 2002.

26. Oliveira ENA, Santos DC. Avaliação da qualidade físico-química de leites pasteurizados. Rev Inst Adolfo Lutz.2012;71(1):193-7.

27. Behmer MLA. Tecnologia do leite: leite, queijo, manteiga, caseína, iogurte, sorvetes e instalações: produção, industrialização, análise. 15 a ed. São Paulo (SP): Nobel; 1987.

28. Pereira DBC, Silva PHF, Costa Júnior LCG, Oliveira LL. Físico-química do leite e derivados: métodos analíticos. 2a ed. Juiz de Fora (MG): EPAMIG, 2001.

29. Sharma K, Paradakar M. The melamine adulteration scandal. Food Security.2010;2:97-107.

30. Dracz S. Desenvolvimento de um método imunoenzimático para análise de queijo em leite [tese de doutorado]. Viçosa (MG): Universidade Federal de Viçosa; 1996.

31. Carvalho BMA, Carvalho LM, Alcântra LAP, Bonomo RCF. Métodos de detecção de fraude em leite por adição de soro de queijo. RedVet.2007;8(6):1695-7504.

32. Oliveira DT, Camera L, Noskoski L. Adulteração em leite fluído – Revisão Bibliográfica. XVI Seminário. Interinstitucional de ensino, pesquisa e extensão. UNICRUZ, Cruz Alta (RS), 2011.

33. Recio I, Garcia-Risco MR, Ramos M, López-Fandin R. Characterization of peptides produced by the action of psychrotrophic proteinases on k-casein. J Dairy Res.2000;67:625-30.

34. Oliveira GBO. Detecção da Adição Fraudulenta de Soro de Queijo em leite: Interferência da Atividade de Proteases Bacterianas [dissertação de mestrado]. Seropédica (RJ): Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro; 2009.

35. Fukuda SP, Roig SM, Prata LF. Correlation between acidic ninhydrin and HPLC methods to evaluate fraudulent addition of whey in milk. Lait.2004;84:501-12.

36. Bremer MCEG, Kemmers-Voncken AEM, Boers EAM, Frankhuizen R, Haasnoot W. Enzyme-linked immunosorbent assay for the detection of bovine rennet whey powder in milk powder and buttermilk powder. Int Dairy J.2008;18:294-302.

37. Montáñez CDA, Ramírez JR, Arango CJJ, Betancourt SDP. Detección de glucomacropéptido (GMP) como indicador de adulteración con suero de quesería en leche deshidratada. Vet Méx.2000;31(3):217-22.

38. Kang JH, Kondo F. Occurrence of false–positive results of inhibitor on milk samples using the Delvotest SP assay. J Food Prot.2001;64(8):1-5.

39. Tenório CGMSC, Cerqueira MMOP, Viegas RP, Resende MFS, Clinquart DL, Santos AKR, et al. Eficiência dos testes COPAN (Microplate e Single) na detecção de resíduos de antimicrobianos no leite. Arq Bras Med Vet Zootec.2009;61(2):504-10.

40. Costa AS, Lobato V. Avaliação da presença de resíduos de antimicrobianos em leite e bebida láctea UHT por teste de inibição microbiana comercial. Rev Inst Latic Cândido Tostes.2009;64:72-6.

41. Lawrence CA, Block SB. Disinfection, sterilization, and preservation. Lea of Febiger. Philadelphia, 1971.

42. Spreer E. Lactologia Industrial. 2 a ed. Zaragoza: Acribia, 1991.

43. Pelczar M, Reid R, Chan ECS. Microbiologia. v.2. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1981.

44. Paiva RMB. Avaliação físico-química e microbiológica de leite pasteurizado tipo c distribuído em programa social governamental [dissertação de mestrado]. Belo Horizonte (BH): Universidade Federal de Minas Gerais; 2007.

45. Silva JN, Sousa FC, Parente GDL, Silva LMM, Alves TTL. Avaliação da eficiência da pasteurização em leite tipo c através de parâmetros enzimáticos. Rev Verde.2011;6(3):6-9.

46. Veloso ACA, Teixeira N, Ferreira IMPLVO, Ferreira MA. Detection of adulterations in food products containing milk and/or milk proteins. Quím Nova.2002;25(4)609-15.

47. Dalmasso ACT, La Neve F, Bottero MT. Simultaneous detection of cow and buffalo milk in mozzarella cheese by Real-Time PCR assay. Food Chem.2011;124(1)362-6.

48. De S, Brahma B, Polley S, Mukherjee A, Banerjee D, Gohaina M, et al. Simplex and duplex PCR assays for species specific identification of cattle and buffalo milk and cheese. Food Control.2011;22:690-6.

49. Mafra I, Roxo A, Ferreira IMPLVO, Oliveira MBPP. A duplex polymerase chain reaction for the quantitative detection of cows’ milk in goats’ milk cheese. Int Dairy J.2007;17:1132-8.

50. López-Calleja Díaz I, Alonso IG, Fajardo V, Martín I, Hernández P, Lacarra TG, ET al. Application of a polymerase chain reaction to detect adulteration of ovine cheeses with caprine milk. J Dairy Sci.2007;225:345-9.

51. Chávez NA, Salinas E, Jauregui J, Palomares LA, Macas K. Detection of bovine milk adulterated with cheese whey by western blot immunoassay. Food Agric Immun.2008;19(4)265-72.

52. Molina E, Martin-Alvarez PJ, Ramos M. Analysis of cows’, ewes’ and goats’ milk mixtures by capillary electrophoresis: Quantification by multivariate regression analysis. Int Dairy J.1999;9:99-105.

53. Bordin G, Cordeiro Raposo F, Calle BL, Rodriguez AR. Identification and quantification of major bovine milk proteins by liquid chromatography. J Chromatogr.2001;928:63-76.

54. Lockley AK, Bardsley RG. DNA-based methods for food authentication. Int Dairy J.2000;9:99-105.

55. Brasil. Ministério da Justiça. Lei n° 8.137 de 27 de dezembro de 1990 – Define crimes contra a ordem tributária, econômicas e contra as relações de consumo e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 28 dez. 1990. Sec. 1, pt. 176.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2015 Maria Rociene Abrantes, Carla da Silva Campêlo, Jean Berg Alves da Silva

Downloads

Não há dados estatísticos.