Isolamento e identificação microscópica de elementos histológicos vegetais: contribuições para o controle de qualidade e segurança dos alimentos
pdf

Palavras-chave

Microscopia
Vigilância
Segurança dos Alimentos
Qualidade dos Alimentos
Fraude

Como Citar

1.
de Pauli Yamada LF, Nogueira Dimov M, Mendes da Silva A, Sorrentino Minazzi Rodrigues R, Moraes Marciano MA. Isolamento e identificação microscópica de elementos histológicos vegetais: contribuições para o controle de qualidade e segurança dos alimentos. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 30º de dezembro de 2021 [citado 28º de março de 2024];80:1-12,e36747. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/36747

Resumo

A microscopia alimentar atua no controle da qualidade e identidade dos alimentos utilizando recursos microscópicos para a identificação de elementos histológicos vegetais e de matérias estranhas. O objetivo do estudo foi apresentar as principais contribuições da análise microscópica de isolamento e identificação de elementos histológicos vegetais na vigilância dos alimentos analisados no Instituto Adolfo Lutz Central (IAL), de 2016 a 2020. Os dados das análises realizadas no período do estudo foram tabulados para categorização e avaliação dos resultados. Foram analisadas 4.189 amostras de alimentos e água, sendo 1.096 para pesquisa e identificação de elementos histológicos vegetais, com maior demanda para as análises de controle. As categorias de alimentos mais analisadas foram as misturas para o preparo de alimentos e alimentos prontos para consumo; café, cevada, chá, erva-mate e produtos solúveis; e os suplementos alimentares. Dentre as amostras analisadas, 5% não estavam de acordo com a rotulagem, principalmente devido à adição de ingrediente, com destaque para os açúcares e produtos para adoçar; as especiarias, temperos, molhos; e os suplementos alimentares. Por meio da análise microscópica foram verificadas adulterações em diversas categorias de produtos, demonstrando a sua contribuição às ações de vigilância na prevenção de fraudes e na segurança dos alimentos.

https://doi.org/10.53393/rial.2021.v80.36747
pdf

Referências

1. Rodrigues RMM, Nogueira MD. Fiscalização de alimentos por análise microscópica. In: Almeida-Muradian LB, Penteado MVC. Vigilância sanitária. Tópicos sobre legislação e análise de alimentos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2015. p.55-61.

2. Mattos EC, Marciano MAM, Nogueira MD, Soares JS, Silva AM. Avaliação microscópica de alimentos: fundamentos e aplicações no controle de qualidade. In: Granato D, Nunes DS. Análises químicas, propriedades funcionais e controle da qualidade de alimentos e bebidas. Rio de Janeiro: Elsevier; 2016. p.481-99.

3. Silveira NVV, Zamboni CQ, Takahashi MY. Fraudes da pimenta-do-reino preta (Piper nigrum) moída. Rev Inst Adolfo Lutz. 1983;43(1/2):69-79. Disponível em:

https://periodicos.saude.sp.gov.br/index.php/RIAL/article/view/36809

4. Zamboni CQ, Alves HI, Rodrigues RMMS, Spiteri N, Atuí MB, Batistic MA. Sujidades e fraudes em chocolates. Rev Inst Adolfo Lutz. 1988;48(1/2):37-41. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/index.php/RIAL/article/view/36904

5. Zamboni CQ, Alves HI, Rodrigues RMMS, Spiteri N, Atuí MB, Santos MC. Fraudes e sujidades em condimentos comercializados na cidade de São Paulo. Rev Inst Adolfo Lutz. 1991;51(1/2):19-22. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/index.php/RIAL/article/view/35188

6. Marques CA, Nascimento XP, França LB, Freitas ACL, Rocha LS, Nery IA. Análise microscópica em amostras de doces comercializados no estado do Rio de Janeiro. Rev Eletron Perspect Cienc Tecnol. 2016;8(2):29-35. Disponível em:

https://revistascientificas.ifrj.edu.br/revista/index.php/revistapct/article/view/691/471

7. Rodrigues ML, Aquino CI, Iha MH, Prado SPT. Pesquisa de matérias estranhas e adulterações em cúrcuma e noz-moscada comercializadas no estado de São Paulo. 7º Simpósio de segurança alimentar; outubro de 2020; online: Anais [Trabalho 328]. Disponível em: http://schenautomacao.com.br/ssa7/envio/files/trabalho3_328.pdf

8. Pauli-Yamada LF, Aquino CI, Silva AM, Marciano MAM, Mattos EC, Nogueira MD. Estudo microscópico de páprica (Capsicum annuum L.): detecção de fraudes e matérias estranhas. Vigil. Sanit. Debate. 2021;9(1):123-8. https://doi.org/10.22239/2317-269x.01431

9. Pauli-Yamada LF, Aquino CI, Marciano MAM, Silva AM, Dimov MN. Parâmetros microscópicos de açúcar de coco comercializados na cidade de São Paulo, Brasil: identidade e qualidade. Rev Inst Adolfo Lutz. 2020;79:e1791. Disponível em:

https://periodicos.saude.sp.gov.br/index.php/RIAL/article/view/36025

10. Daros VSMG, Prado SPT, Martini MH, Graciano RAS, Stancari RCA, Gonzaga ZM et al. Alimentos embalados que compõem as cestas básicas: avaliação microscópica e da rotulagem. Rev Inst Adolfo Lutz. 2010;69(4):525-30.

https://periodicos.saude.sp.gov.br/index.php/RIAL/article/view/32611

11. Menezes Junior JBF. Investigações sobre o exame microscópico de algumas substâncias alimentícias. Rev Inst Adolfo Lutz. 1949;9(1-2):18-77. Disponível em:

https://periodicos.saude.sp.gov.br/index.php/RIAL/article/view/33185

12. Menezes Junior JBF. A estrutura microscópica de sementes oleaginosas comestíveis. Rev Inst Adolfo Lutz. 1958;18(1-2):5-44. Disponível em:

https://periodicos.saude.sp.gov.br/index.php/RIAL/article/view/33316

13. Winton AI, Winton KB. The structure and composition of foods. London (UK): Wiley; 1932.

14. Rodrigues MMS, Atuí MB, Correia M. Métodos de análise microscópica de alimentos: isolamento de elementos histológicos. São Paulo (SP): Letras & Letras; 1999.

15. Ministério da Saúde (BR). Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 259, de 20 de setembro de 2002. Aprova o Regulamento Técnico sobre Rotulagem de Alimentos Embalados. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 23 set 2002. Seção 1(184):33-4.

16. Brasil. Atos do Poder Legislativo. Lei nº 8.078, de 11 de novembro de 1990. Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 12 set 1990. Seção 1(176-Supl.):1-12.

17. Instituto Adolfo Lutz – IAL. Ensaios – Produtos e serviços. [acesso 2021 Mar 25]. Disponível em: http://www.ial.sp.gov.br/ial/servicos/ensaios-produtos-e-servicos

18. Coordenadoria de Controle de Doenças. (SP). Portaria Conjunta CVS-IAL nº 9, de 12 de novembro de 2004. Aprova o manual de procedimentos operacionais padronizados para análise fiscal de produtos da área de alimentos. Diário Oficial do Estado. São Paulo, SP, 17 mar 2005. Seção 1(115):25-31.

19. Ministério da Saúde (BR). Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 240, de 26 de julho de 2018. Dispõe sobre as categorias de alimentos e embalagens isentos e com obrigatoriedade de registro sanitário. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 27 jul 2018. Seção 1(144):96.

20. Brasil. Decreto-Lei nº 986, de 21 de outubro de 1969. Institui normas básicas sobre alimentos. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 21 out 1969. Seção 1:8935. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0986.htm

21. Ministério da Saúde (BR). Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde. Análise de Controle. [acesso 2021 Mar 25]. Disponível em:

https://www.incqs.fiocruz.br/images/stories/incqs/legislacao/3CONTROLE.pdf

22. Ministério da Saúde (BR). Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 23, de 15 de março de 2000. Dispõe sobre o Manual de Procedimentos Básicos para Registro e Dispensa da Obrigatoriedade de Registro de Produtos Pertinentes à Área de Alimentos. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 16 mar 2000. Seção 1(52):125-31. Disponível em:

https://www.jusbrasil.com.br/diarios/1084609/pg-125-secao-1-diario-oficial-da-uniao-doude-16-03-2000

23. Johnson R. Food fraud and economically motivated adulteration of food and food ingredients. Congressional Research Service; 2014. [acesso 2020 Mar 2]. Disponível em: http://www.fredsakademiet.dk/ORDBOG/lord/food_fraud.pdf

24. Food and Agriculture Organization of the United Nations (FAO), World Trade Organization (WTO). Trade and food standards; 2017. Disponível em:

https://www.wto.org/english/res_e/booksp_e/tradefoodfao17_e.pdf

25. Spink J, Moyer DC. Defining the public health threat of food fraud. J Food Sci. 2011;76(9):157-63. https://doi.org/10.1111/j.1750-3841.2011.02417.x

26. Tibola CS, Silva SA, Dossa AA, Patrício DI. Economically motivated food fraud and adulteration in Brazil: incidents and alternatives to minimize occurrence. J Food Sci. 2018;83(8):2028-38. https://doi.org/10.1111/1750-3841.14279

27. Santos JMD, Pires BAD, Marin VA, Godoi BKB, Luiz RA, Morais CMQDJ et al. Proposta de método de triagem por microscopia na pesquisa de amido em alimentos industrializados rotulados como “não contém glúten e contém glúten”. Rev Analytica. 2017;15(88):16-30. Disponível em: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/18991

28. Saputro AD, Van de Walle D, Dewettinck K. Palm sap sugar: a review. Sugar Tech. 2019;21(6):862-7. https://doi.org/10.1007/s12355-019-00743-8

29. Wrage J, Burmester S, Kuballa J, Rohn S. Coconut sugar (Cocos nucifera L.): Production process; chemical characterization, and sensory properties. LWT - Food Sci Tecnol. 2019;112:108227. https://doi.org/10.1016/j.lwt.2019.05.125

30. Ministério da Agricultura e Abastecimento (BR). Instrução Normativa (IN) nº 11, de 20 de outubro de 2000. Aprova o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do Mel. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 23 out 2000. Seção 1(204):160-1[versão online].

31. Cano CB, Zamboni CQ, Alves HI, Spiteri N, Atuí MB, Santos MC et al. Mel: fraudes e condições sanitárias. Rev Inst Adolfo Lutz. 1992;52(1/2):1-4.

https://periodicos.saude.sp.gov.br/index.php/RIAL/article/view/35956

32. Richter W, Jansen C, Venzke TSL, Mendonça CRB, Borges CD. Physical-chemical quality evaluation of honey produced in the municipality of Pelotas/RS. Aliment Nutr. 2011;22(4):547-54. Disponível em:

http://serv-bib.fcfar.unesp.br/seer/index.php/alimentos/article/viewFile/1586/1166

33. Martins VC, Aquino GAS, Marques CA, Torres JC. Avaliação da qualidade de méis comercializados no município de São João de Meriti, RJ. Rev Eletron Perspect Cienc Tecnol. 2014;6(1-2):14-21. Disponível em:

https://revistascientificas.ifrj.edu.br/revista/index.php/revistapct/article/view/415

34. Moore JC, Spink J, Lipp M. Development and application of a database of food ingredient fraud and economically motivated adulteration from 1980 to 2010. J Food Sci. 2012;77(4):118-26. https://doi.org/10.1111/j.1750-3841.2012.02657.x

35. Ministério da Saúde (BR). Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 243 de 26 de julho de 2018. Dispõe sobre os requisitos sanitários dos suplementos alimentares. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 27 jul 2018. Seção 1(144):100-1.

36. Silva AM, Pauli LF, Dimov MN, Aquino CI, Soares JS, Marciano MAM. Pesquisa de matérias estranhas e fraudes em suplementos vitamínico e minerais e alimentos para atletas. XXI Congresso Brasileiro de Nutrologia; setembro de 2017; São Paulo: Int. J Nutr. p.428-9 [trab. 651].

37. Ministério da Saúde (BR). Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Instrução Normativa IN nº 76, de 5 de novembro de 2020. Dispõe sobre a atualização das listas de constituintes, de limites de uso, de alegações e de rotulagem complementar dos suplementos alimentares. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 11 nov 2020. Seção 1(215):75-7.

38. Englyst HN, Kingman SM, Cummings JH. Classification and measurement of nutritionally important starch fractions. Eur J Clin Nutr. 1992;46(Suppl 2):533-50. Disponível em: https://europepmc.org/article/med/1330528

39. Genovese MI, Pinto MS, Barbosa ACL, Lajolo FM. Avaliação do teor de isoflavonas de “suplementos nutricionais à base de soja”. Rev Bras Cienc Farm. 2003;39(2):159-67. http://dx.doi.org/10.1590/S1516-93322003000200006

40. Crivelin VX, Chaves RRS, Pacheco MTB, Capitani CD. Suplementos alimentares: perfil do consumidor e composição química. Rev Bras Nutr Esportiva. 2018;12(69):30-6. Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=6306088

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2021 Laís Fernanda de Pauli Yamada, Márcia Nogueira Dimov, Augusta Mendes da Silva, Regina Sorrentino Minazzi Rodrigues, Maria Aparecida Moraes Marciano

Downloads

Não há dados estatísticos.