Abiraterona para tratamento de câncer de próstata resistente à castração
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Palavras-chave

Abiraterona
Câncer de próstata
Avaliação de tecnologias de saúde

Como Citar

Setsuko Toma, . T., Nascimento, A. de F., Isoyama Venancio, S., & Nieri Martins, P. (2015). Abiraterona para tratamento de câncer de próstata resistente à castração: evidências sobre a eficácia e segurança. Boletim Do Instituto De Saúde - BIS, 16(2), 117–123. https://doi.org/10.52753/bis.v16i2.35685

Resumo

O câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais frequente em homens. Aproximadamente 62% dos casos de câncer da próstata diagnosticados no mundo referem-se a homens com idades igual ou superior a 65 anos, sendo 1,6 vez mais comum em homens negros do que em brancos. O câncer de próstata pode ser considerado de bom prognóstico se diagnosticado e tratado oportunamente. Há um tipo de câncer denominado câncer de próstata metastático resistente à castração para o qual tem sido utilizado um novo fármaco, o acetato de abiraterona, associado à prednisona ou prednisolona. De janeiro a outubro de 2013, a Secretaria de Estado da Saúde gastou R$ 2.278.708,00 com abiraterona para atender 66 pacientes em ações judiciais. Este estudo foi realizado para analisar as evidências científicas sobre a eficácia e segurança da abiraterona. A busca de artigos em várias bases de dados foi realizada em março de 2014. A seleção limitou-se a revisões sistemáticas publicadas em inglês, espanhol e português. Qualidade e rigor metodológico dos estudos selecionados foram avaliados por meio do instrumento AMSTAR, e a extração dos dados de cada estudo foi realizada por dois pesquisadores de forma independente. Na análise foram consideradas apenas quatro revisões sistemáticas, cujos resultados favoreceram a abiraterona, quando comparada a prednisona apenas, com relação à sobrevida global, sobrevida livre de progressão radiológica e tempo de progressão do PSA. A ocorrência de eventos adversos foi semelhante para ambos os grupos, no entanto, no grupo tratado com abiraterona houve aumento no risco de distúrbios cardíacos importantes.

https://doi.org/10.52753/bis.v16i2.35685
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Copyright (c) 2015 Tereza Setsuko Toma, Andreia de Fátima Nascimento, Sonia Isoyama Venancio, Patricia Nieri Martins

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