Perfil sociodemográfico, clínico e epidemiológico da hanseníase em menores de quinze anos, Mato Grosso, Brasil

Autores

  • Bruna Hinnah Borges Martins De Freitas Mestre em Enfermagem. Docente da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá-MT, Brasil.
  • Denise Da Costa Boamorte Cortela Doutora em Ciências da Saúde. Docente da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de Mato Grosso, Cáceres-MT, Brasil.
  • Silvana Margarida Benevides Ferreira Pós-doutora em Ciências. Docente colaboradora do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Mato Grosso e Faculdade de Enfermagem da Universidade de Cuiabá, Cuiabá-MT, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.47878/hi.2017.v42.34969

Palavras-chave:

Hanseníase, Criança, Adolescente, Epidemiologia

Resumo

O estudo objetiva caracterizar o perfil sociodemográfico, clínico e epidemiológico da hanseníase em menores de quinze anos registrados em Mato Grosso, no período de 2001 a 2013, por meio de um estudo transversal. Houve uma incidência média de 22,7 casos por 100 mil habitantes no período. A maior proporção de entradas foi do sexo masculino (51,6%), da faixa etária de 10 a 14 anos (65%). Dentre as características clínicas, 67,3% foram classificados como paucibacilares e 45,8% com lesão única. Quanto ao modo de detecção, 46,2% das entradas foram por demanda espontânea. A hanseníase em menores de quinze anos foi hiperendêmica no estado.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

1. Opromolla DVA. Noções de hansenologia [Internet]. Bauru: Centro de Estudos Dr. Reynaldo Quagliato; 2000 [cited 2017 Jan 31]. Manifestações clínicas e reações; p.51-8. Available from: http://hansen.bvs.ilsl.br/textoc/livros/OPROMOLLA_DILTOR_nocoes/PDF/manisfes_rea.pdf.
2. World Health Organization. Global leprosy update, 2016: accelerating reduction of disease burden. Wkly Epidemiol Rec [Internet]. 2017 [cited 2017 Jan 31]; 92(35):501-20. Available from: http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/258841/1/WER9235.pdf?ua=1.
3. Hacker MA, Sales AM, Albuquerque EC, Rangel E, Nery JA, Duppre NC, et al. Pacientes em centro de referência para Hanseníase: Rio de Janeiro e Duque de Caxias, 1986-2008. Ciênc Saúde Coletiva. 2012;17(9):2533-41. doi: 10.1590/S1413-81232012000900033.
4. Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância em Doenças Transmissíveis. Plano integrado de ações estratégicas de eliminação da hanseníase, filariose, esquistossomose e oncocercose como problema de saúde pública, tracoma como causa de cegueira e controle das geohelmintíases: plano de ação 2011-2015 [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde, 2012 [cited 2017 Jan 31]. Available from: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/plano_integrado_acoes_estrategicas_2011_2015.pdf.
5. Barreto JG, Bisanzio D, Guimarães LS; Spencer JS, Vazquez-Prokopec GM, Quitrom U, et al. Spatial analysis spotlighting early childhood leprosy transmission in a hyperendemic municipality of the Brazilian Amazon region. PLOS Negl Trop Dis. 2014;8(2):e2665. doi: 10.1371/journal.pntd.0002665.
6. Haroun OMOH. Neuropathic pain in leprosy: deep profiling and stratification of patient groups [thesis].London: London School of Hygiene & Tropical Medicine; 2015. doi: 10.17037/PUBS.02030956.
7. Vieira MA, Lima RAG. Crianças e adolescentes com doença crônica: convivendo com mudanças. Rev Lat Am Enfermagem. 2002;10(4):552-60. doi: 10.1590/S0104-11692002000400013.
8. Coriolano-Marinus MWL, Pacheco HF, Lima FT, Vasconcelos EMR, Alencar EN. Saúde do escolar: uma abordagem educativa sobre hanseníase. Sau & Transf Soc [Internet]. 2012 [cited 2017 Mar 05];3(1):72-8. Available from: http://stat.intraducoes.incubadora.ufsc.br/index.php/saudeetransformacao/article/view/1378/1700
9. Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Vigilância em Saúde. Situação epidemiológica da hanseníase no Brasil – análise de indicadores selecionados na última década e desafios para a eliminação. Bol Epidemiol [Internet]. 2013 [cited 2017 Mar 05];44(11):1-12. Available from: http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2014/junho/11/BE-2013-44--11----Hanseniase.pdf.
10. Imbiriba EB, Hurtado-Guerrero JC, Garnelo L, Levino A, Cunha MG, Pedrosa V. Perfil epidemiológico da hanseníase em menores de quinze anos de idade, Manaus (AM), 1998-2005. Rev de Saúde Pública [Internet]. 2008 [cited 2017 Mar 05];42(6):1021-6. Available from: https://www.scielosp.org/article/rsp/2008.v42n6/1021-1026/pt/
11. Chaitra P, Bhat RM. Postelimination status of childhood leprosy: Report from a tertiarycare hospital in South India. Biomed Res Int. 2013;2013:328673. doi: 10.1155/2013/32867.
12. Lana FCF, Fabri ACOC, Lopes FN, Carvalho AOM, Lanza FM. Deformities due to leprosy in children under fifteen years old as indicator of quality of the leprosy control programme in brazilian municipalities. Am J Trop Med Hyg. 2013:812793.
doi: 10.1155/2013/812793.
13. Scheelbeek PF, Balagon MV, Orcullo FM, Maghanoy AA, Abellana J, Saunderson PR. A retrospective study of the epidemiology of leprosyin Cebu: an eleven-year profile. PLoS Negl Trop Dis. 2013;7(9):e2444. doi: 10.1371/journal.pntd.0002444.
14. Ferreira IN, Evangelista MSN, Alvarez RRA. Distribuição espacial da hanseníase na população escolar em Paracatu – Minas Gerais, realizada por meio da busca ativa (2004 a 2006). Rev Bras Epidemiol. 2007;10(4):555-67. doi: 10.1590/S1415--790X2007000400014.
15. Miranzi SSC, Pereira LHM, Nunes AA. Perfil epidemiológico da hanseníase em um município brasileiro, no período de 2000 a 2006. Rev Soc Bras Med Trop. 2010;43(1):62-7. doi: 10.1590/S0037-86822010000100014.
16. Rao AG. Study of leprosy in children. Indian J Lepr [Internet]. 2009 [cited em 2017 Mar 05];81:195-
7. Available from: http://www.ijl.org.in/PDF%20 (Journal%20Oct-Dec%202009)/4_Abst%20 (Study%20of%20leprosy)195-197.pdf.
17. Shetty VP, Ghate SD, Wakade AV, Thakar UH, Thakur DV, D’souza E. Clinical, bacteriological, and histopathological characteristics of newly detected children with leprosy: a population based study in a defined rural and urban area of Maharashtra, Western India. Indian J Dermatol Venereol Leprol. 2013;79(4):512-7. doi: 10.4103/0378-6323.113081.
18. Singal A, Sonthalia S, Pandhi D. Childhood leprosy in a tertiary-care hospital in Delhi, India: a reappraisal in the post-elimination era. Lepr Rev [Internet]. 2011 [cited em 2017 Mar 05];82(3):259-69. Available from: https://www.lepra.org.uk/platforms/lepra/files/lr/Sept11/1619.pdf.
19. Moschioni C, Antunes CMF, Grossi MAF, Lambertucci JR. Risk factors for physical disability at diagnosis of 19,283 new cases of leprosy. Rev Soc Bras Med Trop. 2010;43,(1):19-22. doi: 10.1590/ S0037-86822010000100005.
20. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [Internet]. [place unkown]: IBGE; [date unkown] [cited 2015 Mar 05]. Censos demográficos; [2010]. Available from: https://www.ibge.gov.br/estatisticas-novoportal/sociais/populacao/9662-censo-demografico-2010.html?=&t=o-que-e
21. Sardinha JFJ, Fava VM, Ramos GB, Schriefer NAB, Talhari S, Tarlé RG, et al. Genetic risk factors for human susceptibility to infections of relevance in dermatology. An Bras Dermatol. 2011;86(4):708-15. doi: 10.1590/S0365-05962011000400013.
22. Masaki T, Mcglinchey A, Cholewa-Waclaw J, Qu J, Tomlinson SR, Rambukkana A. Innate immune response precedes Mycobacterium leprae - induced reprogramming of adult Schwann cells. Cell Reprogram. 2014;16(1):9-17. doi: 10.1089/cell.2013.0064.
23. Pires CAA, Malcher CMSR, Abreu Júnior JMC, Albuquerque TG, Corrêa IRS, Daxbacher ELR. Hanseníase em menores de 15 anos: a importância do exame de contato. Rev Paul Pediatr [Internet]. 2012 [cited em 2017 Mar 05];30(2):292-5. Available from: http://www.scielo.br/pdf/rpp/v30n2/22.pdf
24. Romero DE, Cunha CB. Avaliação da qualidade das variáveis sócio-econômicas e demográficas dos óbitos de crianças menores de um ano registrados no Sistema de Informação sobre Mortalidade do Brasil (1996/2001). Cad de Saude Pública. 2006;22(3):673-84. doi: 10.1590/S0102--311X2006000300022.
25. Barbosa DA, Barbosa AMF. Avaliação da completitude e consistência do banco de dados das hepatites virais no Estado de Pernambuco, Brasil, no período de 2007 a 2010. Epidemiol Serv Saúde. 2013;22(1):49-58. doi: 10.5123/S1679-49742013000100005.

Downloads

Publicado

30-11-2017

Como Citar

1.
Freitas BHBMD, Cortela DDCB, Ferreira SMB. Perfil sociodemográfico, clínico e epidemiológico da hanseníase em menores de quinze anos, Mato Grosso, Brasil. Hansen. Int. [Internet]. 30º de novembro de 2017 [citado 28º de março de 2024];42(1/2):12-8. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/34969

Edição

Seção

Artigos de investigação científica