Série histórica dos casos de hanseníase em menores de 15 anos em um estado do nordeste brasileiro

Autores

  • Adehilde Maria Santos Kessels Mestre em Saúde da Criança Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Vinculada a Secretaria Estadual de Saúde - SESAU.
  • Clodis Maria Tavares Doutora em Ciências – Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Professora Adjunta da Universidade Federal de Alagoas.
  • Tâmyssa Simões dos Santos Mestre em Educação em Ciências da Saúde - Instituto Universitário Italiano de Rosário, Argentina.Professora titular do Centro Universitário Mauricio de Nassau.
  • Karen da Silva Santos Mestre em Ciências pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Mestre em Ciências da Educação pela Universidade de Limoges, França.
  • Lucyo Wagner Torres de Carvalho Professor titular da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas-(UNCISAL).
  • Josefa Cláudia Gomes Figueiredo Graduada em Enfermagem pela Universidade Integrada Tiradentes (UNIT). Especialização em Gestão em Saúde Pública. Instituto Brasileiro de Pesquisa e Extensão, IBPEX. Vinculada a Secretaria Estadual de Saúde – SESAU.

DOI:

https://doi.org/10.47878/hi.2016.v41.34976

Palavras-chave:

Hanseníase, Saúde Pública, Epidemiologia, Sistemas de Informação

Resumo

Objetivo: Analisar a série histórica dos casos de hanseníase em menores de 15 anos em Alagoas, no período de 1995 a 2013. Materiais e Métodos: Tratase de estudo descritivo com abordagem quantitativa, no qual foram utilizados dados secundários a partir do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). As análises foram trabalhadas através do programa estatístico Bioestat 5.0 e utilizado o Teste estatístico Qui-Quadrado. Resultados: Foram notificados 534 casos de hanseníase em menores de 15 anos, sendo, a maioria do sexo feminino (53,74%). Os dados nos revelam que em 1995 o coeficiente de detecção da hanseníase em menores de 15 anos foi de 2,31 por 100.000/hab, ao comparar com o ano de 2003 foi encontrado um coeficiente de 4,1 por 100.000/ hab, após este período pode ser visto oscilações na detecção dos casos, e em 2008 houve uma queda significativa para 2,0 por 100.000/hab. Ao relacionar o percentual das formas clínicas, mereceu destaque a forma tuberculóide com 35%. Conclusões: As crianças e adolescentes com hanseníase constituem um grupo significativo na cadeia epidemiológica, visto que, os contatos intradomiciliares representam um rol importante no desenvolvimento da doença.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

1. Eichelmann K, Gonzáles González SE, Salas--Alanis JC, Ocampo-Candiani J. Leprosy. An Update: definition, pathogenesis, classification, diagnosis, and treatment. Actas Dermo-Sifiliográficas. 2013 Sept;104(7):554-63.doi:10.1016/j. ad.2012.03.003.
2. Ministério da Saúde (BR) [Internet]. Alerta para diagnóstico precoce de hanseníase; 2015. [cited 03 Fev 2015]. Ministério da Saúde; [about 3 screens]. Available from: http://portalsaude.saude. gov.br/index.php/cidadao/principal/agencia--saude/16302-ministerio-da-saude-alerta-para--diagnostico-precoce-de-hanseniasel.
3. Tavares CM, Bomfim, EO, Sales MLDH, Araújo EM, Medeiros LMSR. Avaliação das ações de controle da Hanseníase em Alagoas de 2001 a 2008 [Internet]. In: Congresso Brasileiro de Enfermagem: Anais do 61º Congresso Brasileiro de Enfermagem; 2009 Dez 7-10; Fortaleza. Fortaleza: ABEn; 2009. p. 3642-4. [cited 2016 Jun 13] Available from: http://www.abeneventos.com.br/anais_61cben/files/01091.pdf.
4. Flach DMAM, Pimentel MIF, Andrade M, Gallo MEN. Análise do protocolo complementar de
investigação diagnóstica dos casos de hanseníase em menores de 15 anos nos municípios prioritários do estado do Rio de Janeiro em 2009 e 2010. Hansenol Int [Internet].2011[cited 14 Jan 2016];36(2):25-36. Available from:http://www.ilsl.br/revista/detalhe_artigo.php?id=11763.
5. BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria n° 3125, de 7 de outubro de 2010. Aprova as diretrizes para vigilância, atenção e controle da hanseníase. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 15 out. 2010. Seção 1, p.55. [acesso 2015 set 18]. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2010/prt3125_07_10_2010.html>.
6. Rocha MCN, Lima RB, Stevens A, Gutierrez MMU, Garcia LP. Óbitos registrados com causa básica hanseníase no Brasil: uso do relacionamento de bases de dados para melhoria da informação. Ciênc Saúde Coletiva. 2015;20(4):1017-26. doi: 10.1590/1413-81232015204.20392014.
7. Carvalho MAJ, Lopes NTB, Santos TS, Santos KS, Farnocchi PG, Tavares CM. Avaliação das incapacidades físicas em ex-portadores de hanseníase da época do isolamento compulsório. Hansen Int[Internet]. 2013 [cited 21 Mar 2015];38(1-2):47-55. Available from: http://www.ilsl.br/revista/imageBank/v38n1-2a06.pdf.
8. Souza CDF, Rodrigues M. Magnitude, tendência e espacialização da hanseníase em menores de 15 anos no Estado da Bahia, com enfoque em áreas de risco: um estudo ecológico. Hygeia [Internet]. 2015 [cited 28 Abr 2016];11(20):201-12. Available from:http://www.seer.ufu.br/index.php/hygeia/article/viewFile/28914/16907.
9. Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância em Doenças Transmissíveis. Plano integrado de ações estratégicas de eliminação da hanseníase, filariose, esquistossomose e oncocercose como problema de saúde pública, tracoma como causa de cegueira e controle das geohelmintíases: plano de ação 2011-2015. Brasília: Ministério da Saúde; 2012.
10. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [Internet]. Estados@: Alagoas [cited 2014 Jun 28]. Available from: http://www.ibge.gov.br/estadosat/perfil.php?sigla=al.
11. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Guia de acesso a informações para a gestão do SUS. Nota técnica. Hanseníase: indicadores epidemiológicos [Internet].Brasília:CONASS; 2015. [cited 2015Abr18]. Available from:http://www.conass.org.br/guiainformacao/notas_tecnicas/NT12-HANSENIASE-Indicadores-epidemiologicos.pdf.
12. Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância em Saúde. Brasília: Ministério da Saúde; 2014.
13. World Health Organization. Guide to eliminate leprosy as a public health problem [Internet]. Geneva: WHO; 2000. [cited 2017 Abr 20]. Available from: http://www.searo.who.int/LinkFiles/Tools_and_Guidelines_GuidetoEliminateprev.pdf.
14. Franco MCA, Macedo GMM, Menezes BQ, Jucá Neto FOM, Franco ACA, Xavier MB. Perfil de casos e fatores de risco para hanseníase, em menores de quinze anos, em município hiperendêmico da região norte do Brasil. Rev Para Med [Internet].2014 [cited 2016 Jan 08]; 28(4):29-40. Available from: http://files.bvs.br/upload/S/0101-5907/2014/v28n4/a4635.pdf.
15. Monteiro LD, Martins-Melo FR, Brito AL, Alencar CH, Heukelbach J. Padrões espaciais da hanseníase em um estado hiperendêmico no Norte do Brasil, 2001-2012. Rev Saúde Pública. 2015;49:84. doi:10.1590/S0034-8910.2015049005866.
16. Luna ICF, Moura LTR, Vieira MCA. M. Perfil clínico-epidemiológico da hanseníase em menores de 15 anos no município de Juazeiro-BA. Rev Bras Promoc Saude. 2013;26(2):208-15.doi:10.5020/18061230.2013.p208.
17. Ribeiro GC, Fabri ACOC, Amaral EP, Machado IE, Lana FCF. Estimativa da prevalência oculta da hanseníase na microrregião de Diamantina - Minas Gerais. Ver Eletr Enf. 2014;16(4):728-35. doi:10.5216/ree.v16i4.22371.
18. Sousa NP, Silva MIB, Lobo CG, Barboza MCC, Abdon APV. Análise da qualidade de vida em pacientes com incapacidades funcionais decorrentes de hanseníase. Hansenol Int [Internet]. 2011 [cited 2016 Jan 10];36(1):11-6. Available from: http://www.ilsl.br/revista/detalhe_artigo.php?id=11557.
19. Chopra A. Rheumatic and other musculoskeletal manifestations and autoantibodies in childhood and adolescent leprosy: significance and relevance. J Pediatria. 2014;90:431-6. doi:10.1016/j. jped.2014.06.003.
20. Taquez AE, Cerón CA, Chaparro MA, Sales AM, Nery JA, Miranda A, et al. Lepra em la infância: desafío diagnóstico. Rev Argent Dermatol [Internet]. 2011 [cited 2016 Jan 14];92(4):2-10. Available from: http://www.scielo.org.ar/scielo.php?cript=sci_arttext&pid=S1851-300X2011000400002&lng=es&nrm=iso.
21. Dogra S, Narang T, Khullar G, Kumar R, Saikia UN. Childhood leprosy through the post-leprosy elimination era: a retrospective analysis of epidemiological and clinical characteristics of disease over eleven years from a tertiary care hospital in North India. Lepr Rev [Internet]. 2014[cited 2016 Jun 23];85(4):296-310. Available from: Hansen Int 2016; 41(1-2):4-13. Hansenologia Internationalis: hanseníase e outras doenças infecciosas | 13 http://www.lepra.org.uk/platforms/lepra/files/lr/Dec14/Lep296-310.pdf.
22. Ortiz BDM, Masi MR, Knopfelmacher O, Lezcano LB. Lepra infantile: presentación de un caso (Childhood leprosy: report of a case). Dermatology Online Journal. 2011 [cited 2016 Jan 14];17(1):13. Available from: http://escholarship. org/uc/item/4gr554g2.
23. Sousa BRM, Moraes FHA, Andrade JS, Lobo ES, Macedo EA, Pires CAA, et al. Educação em saúde e busca ativa de casos de hanseníase em uma Autor para correspondência Karen da Silva Santos karen-web@hotmail.com Av. Bandeirantes, 3900 CEP: 14040-902 Campus Universitário – Bairro Monte Alegre Ribeirão Preto- São Paulo escola pública em Ananindeua, Pará, Brasil. Rev Bras Med Fam Comunidade. 2013;8(27):143-9. doi:10.5712/rbmfc8(27)467.
24. Fundora PF, RomoEM, Albajés CRR. Caracterización de los casos de Lepra Infantil atendidos em el Hospital Pediátrico Universitario Juan Manuel Márquez. Folia Dermatológica Cubana [Internet]. 2008 [cited 2016 Ago 29 ];2(2):[about 6 screens].
Available from: http://bvs.sld.cu/revistas/fdc/vol2_2_08/fdc06208.htm.

Downloads

Publicado

30-11-2016

Como Citar

1.
Kessels AMS, Tavares CM, Santos TS dos, Santos K da S, Carvalho LWT de, Figueiredo JCG. Série histórica dos casos de hanseníase em menores de 15 anos em um estado do nordeste brasileiro. Hansen. Int. [Internet]. 30º de novembro de 2016 [citado 20º de abril de 2024];41(1/2):4-13. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/34976

Edição

Seção

Artigos originais

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)