Estudo epidemiológico da hanseníase em Patrocínio/MG, no período 2001 a 2014

Autores

  • Marlice Fernandes de Oliveira Fonoaudióloga. Mestre em Ciências. Docente do Centro Universitário do Cerrado - Patrocínio (UNICERP) - Departamento de Fonoaudiologia - Patrocínio, Minas Gerais, Brasil.
  • Natália Cristina de Oliveira Discente do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário do Cerrado - Patrocínio (UNICERP) - Patrocínio, Minas Gerais, Brasil.
  • Kaique Ferreira Caixeta Fonoaudiólogo - Patrimônio, Uberlândia, Minas Gerais, Brasil.
  • Gisélia Gonçalves de Castro Fisioterapeuta. Mestre em Promoção em Saúde. Docente do Centro Universitário do Cerrado - Patrocínio (UNICERP) - Departamento de Fisioterapia - Patrocínio, Minas Gerais, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.47878/hi.2015.v40.36171

Palavras-chave:

Hanseníase, Epidemiologia, Detecção

Resumo

A hanseníase é uma doença infectocontagiosa de evolução crônica caracterizada por sinais e sintomas dermatoneurológicos. Os clusters consistem em aglomerados com maior risco de adoecimento. A região do Triângulo Mineiro pertence ao cluster9 de hanseníase do Brasil, sendo o município de Patrocínio/MG considerado de alta endemia. Este estudo teve como objetivo determinar ataxa de detecção de casos e identificar características epidemiológicas da hanseníase no município de Patrocínio/MG. Tratou-se de um estudo epidemiológico observacional, descrito e retrospectivo no período de 2001 a 2014. Os dados foram coletados na Vigilância Epidemiológica de Patrocínio/MG e analisados por meio de medidas estatísticas descritivas, como frequências absolutas, percentuais, médias, correlação de Pearson e o indicador epidemiológico de Coeficiente de Prevalência do Ministério da Saúde para a taxa de detecção de casos. Observou-se uma correlação significativa a de 1% pelo teste t, ou seja, à medida que aumenta a taxa de detecção da hanseníase nacional aumenta também a taxa de detecção em Patrocínio/MG. Na análise temporal, 50% dos anos analisados apresentaram taxa alta de detecção de casos novos, seguido da taxa média com 35,7% e taxa muito alta com 24,3%. O estudo epidemiológico da hanseníase em Patrocínio/MG evidenciou predominância do sexo masculino (64,82%), da raça caucasiana (62,06%), da forma clínica dimorfa (32,4%), da idade entre 31 e 40 anos (23,4%) e da zona urbana (97,59%). A realização deste estudo mostrou, de forma sucinta, dados de distribuição e características da população com hanseníase em Patrocínio/MG e podem ser usados para investigações futuras e direcionamento de estratégias e ações em saúde.

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Publicado

30-11-2015

Como Citar

1.
Oliveira MF de, Oliveira NC de, Caixeta KF, Castro GG de. Estudo epidemiológico da hanseníase em Patrocínio/MG, no período 2001 a 2014. Hansen. Int. [Internet]. 30º de novembro de 2015 [citado 28º de março de 2024];40(2):24-35. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/36171

Edição

Seção

Artigos originais