Resumo
O município de Catanduva até o ano de 2012 centralizava todas as ações de saúde mental no hospital psiquiátrico e ambulatório de saúde mental. Nesse cenário, a fila de espera para consulta médica em psiquiatria contabilizava 1.224 pacientes, com previsão para primeira consulta em 17 meses. Da mesma forma, os indicadores de saúde apontavam para um sistema fragmentado, pouco resolutivo e de baixa qualidade, evidenciado por uma taxa de 32,5 internações por 10.000 habitantes, sendo superiores à média DRS-XV (20,08) e Estado de São Paulo (17,5). O objetivo foi reorganizar, qualificar e ampliar a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), fomentando a redução das internações por transtornos mentais e comportamentais. Para tanto, foram realizados encontros mensais, com a participação intersetorial de diversas instituições, profissionais e gestores. Mediante os encontros foi possível repensar e propor importantes mudanças na formatação da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) municipal. Após implantação das estratégias pactuadas com foco na atenção básica, foi possível a redução 50% das internações psiquiátricas, assim como o fim da fila de espera para atendimentos em saúde mental.
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