Resumo
Este artigo é fruto de refl exões sobre pesquisa empreendida pela segunda autora e orientada pelo primeiro que resultou em dissertação de mestrado em Saúde Coletiva defendida em novembro de 20134. Naquele trabalho o objetivo geral foi analisar a implantação do Serviço Residencial Terapêutico vinculado ao “Serviço de Saúde Dr. Cândido Ferreira”- Campinas/SP e compreender e avaliar estratégias elaboradas no enfrentamento de questões atinentes ao processo de transformação do modo manicomial para outro que prioriza cuidar de maneira singular do sofrimento psíquico, composta por saberes múltiplos e inserção à vida comunitária, família e trabalho. Trata-se de exercício reflexivo sobre injunções e questões emergentes na implantação da Política de Saúde Mental e do SRT no SUS, destacando desafios incrementais à política setorial e aos serviços em saúde mental na esfera municipal. A discussão aponta brechas entre o plano normativo, processos político-administrativos e a gestão do setor e serviços de saúde. Sugere a necessidade de aprofundar e institucionalizar mecanismos e estratégias dos profi ssionais do SRT articulando-os aos demais equipamentos, níveis de atenção e setores sociais. Indica a necessidade da articulação no planejamento, provisão e execução de ações necessariamente intersetoriais e interfederativas tendo em vista a emergência paradoxal de novas demandas e novos sujeitos.
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