Resumo
São inegáveis os benefícios da brincadeira e do humor para a saúde humana. Dada a extensa dimensão do fenômeno da ludicidade, pretendo ater-me aqui ao brincar na criança, especificamente até os seis anos de idade. Brown (1998), tratando de evidências clínicas do brincar, aponta duas situações que atestam sua importância na infância e suas repercussões na vida adulta: (1) estudando a vida de alguns assassinos em série, evidencia que, em comum, foram impedidos de brincar livremente na infância; (2) antes mesmo de outros indícios advindos de exames clínicos e laboratoriais de crianças gravemente enfermas, o primeiro sinal de melhora de seu estado de saúde é comportamental, manifesto através da retomada do brincar, interrompido durante as fases críticas da doença. A partir dessas evidências, Brown conclui sobre a função reparadora do brincar que, assim como o sono e o sonho, funcionaria como um superorganizador da experiência.
Referências
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