Relato de experiência de um grupo lúdico terapêutico de crianças com incongruência de gênero
pdf

Palavras-chave

Grupo terapêutico
Crianças
Incongruência de gênero

Como Citar

Barbosa Fejgelman, B., Lima, L., Ribeiro Fernandes, P., Amorosino, S. L., Rosa , M. C., de Albuquerque Cavalcanti Ferreira Novo, A. C., Gonzalez Valle, L., Mori Gagliotti, D. A., & Saadeh, A. (2022). Relato de experiência de um grupo lúdico terapêutico de crianças com incongruência de gênero. Boletim Do Instituto De Saúde - BIS, 23(1), 124–132. https://doi.org/10.52753/bis.v23i1.39649

Resumo

Relato sobre proposta inovadora, que se sustenta como ato terapêutico, lúdico e sequencial, objetivando encontros específicos para trabalhar de maneira psicoterápica questões ligadas às vidas e identidades, inclusive de gênero, dessas crianças. Em 2019, os pacientes de até 12 anos do Ambulatório Transdisciplinar de Identidade de gênero e Orientação Sexual (AMTIGOS) do Ipq/HC/FM/USP foram convidados a participar do Grupo de Brincar. O grupo foi acompanhado por uma equipe transdisciplinar e mediado por psicólogos  que apresentaram atividades estruturadas de forma a favorecer a exploração por parte das crianças e compartilhamento de suas experiências de forma lúdica. Participaram 45 crianças de 4 a 12 anos, ao longo de dez encontros. Foram trabalhados temas como o corpo, a expressão de gênero, a família e preconceitos. Foi possível observar e acompanhar estas crianças no processo lúdico e terapêutico, bem como acolher as demandas espontâneas sem preconceitos, estigmas, ideologias ou enviesamentos comumente ditados pelas normas sociais vigentes relacionadas a gênero. Realizar atendimento de grupo com crianças nesta proposta demonstrou ter potencial ainda mais transformador para essa população, que muitas vezes sente-se solitária no que diz respeito à incongruência de gênero apresentada.

https://doi.org/10.52753/bis.v23i1.39649
pdf

Referências

WHO - World Health Organization. International Statistical Classification of Diseases and Related Health Problems [internet]. 11. ed. Brasília (DF); 2019 [acesso em 9 fev 2022]. Disponível em: https://icd.who.int/

American Psychiatric Association. Diagnostic and statistical manual of mental disorders. 5. ed. Virginia; 2013.

Saadeh A. Colo lidar com a disforias de gênero (transsexualidade), guia prático para pacientes, familiares e profissionais de saúde. São Paulo: Hogrefe; 2019.

Lobato MIR, Saadeh A, Cordeiro DM, Gagliotti DAM, Brandelli Ac, et al. Gender incongruence of childhood Diagnosis and its impact on Brazilian Healthcare access. Arch SexBehav [internet]. 2017;46(8):2511. doi: 10.1007/s10508-016-0864-6.

Silva AL, Oliveira AAS. Transexualização em narrativas de histórias de vida sobre a infância . Est. Pesq. Psicol.. 2015;5(2):484-508.

CFM - Conselho Federal de Medicina . Resolução CFM nº 2.265, de 20 de setembro de 2019. Diário Oficial da União [internet]. 09 jan 2020; [acesso em 9 fev 2022]. Seção 1:96. Disponível wm: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-n.2.265-de-20-de-setembro-de-2019-237203294

Rocha R. Bom dia todas as cores. São Paulo: Salamandra;2013.

Lenain T. Ceci e o vestido do Max. Rio de Janeiro: Companhia das Letras;2013.

Parr T. Tudo bem ser diferente. São Paulo: Panda Books;2002.

Parr T. O livro da família. São Paulo: Panda Books; 2003.

Winter S, Diamond M, Green J. Karasic D. Reed T, et al. Transgender people: health at the marginsof society. Lancet. 2016;10042(388):390-400.

Soll BM, Robles-Garcia R. Brandelli-Costa A, Mori D, Mueller A, et al. Gender incongruence: a comparative study using ICD-10 and DSM 5 diagnostic criteria. Rev Bras. Psiquiatr. 2018;40(2):174-180.

CNJ - Conselho Nacional de Justiça. Resolução nº 270. Dispõe sobre o uso do nome social pelas pessoas trans, travestis e transexuais usuárias dos serviços judiciários, membros, servidores, estagiários e trabalhadores terceirizados dos tribunais brasileiros [internet]. Brasília (DF); 2018 [acesso em 14 fev 2022]. Disponível em: https://www.tjmsp.jus.br/wp-content/uploads/2019/11/resolucao_270_11122019_121x22018112523.pdf.

Brasil. Decreto nº 8.727. Dispõe sobre o uso do nome social e o reconhecimento da identidade de gênero de pessoas travestis e transexuais no âmbito da administração pública federal direta, autárquica e fundacional [internet]. Brasília (DF); 2016 [acesso em 14 fev 2022]. Disponível em: http://planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/decreto/d8727.htm

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2023 Beatriz Barbosa Fejgelman, Lunna Lima, Patrícia Ribeiro Fernandes, Suzana Luisa Amorosino, Marileia Catarina Rosa , Ana Carolina de Albuquerque Cavalcanti Ferreira Novo, Luciane Gonzalez Valle, Daniel Augusto Mori Gagliotti, Alexandre Saadeh

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...