Resumo
Este artigo apresenta um relato sobre a experiência de construção e implementação da Linha de Cuidado para a Saúde na Adolescência e Juventude para o Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado de São Paulo (SP) - a LCA&J. Elaborada entre os anos de 2014 e 2018, a LCA&J tem por referencial teórico a integralidade do cuidado nos encontros em serviços e articulação da rede de saúde. Trata-se de uma política pública com o objetivo de garantir o cuidado integral à saúde de adolescentes e jovens em serviços ambulatoriais do SUS, em SP. De 2019 a 2022, foi desenvolvido um projeto que visou contribuir para a implementação da LCA&J, por meio de uma pesquisa-ação, com atividades de divulgação, educação permanente e apoio à gestão. As fases do ciclo de políticas – formação da agenda, formulação, implementação e avaliação – são tomadas como caminho para a discussão, a partir de perspectivas construtivistas. A LCA&J é considerada um processo em construção, de modo participativo, que busca a transformação para que outro mundo seja possível para adolescentes, jovens e suas comunidades.
Referências
1. Nasser MA. A construção participativa de uma política pública para adolescentes e jovens no Sistema Único de Saúde do estado de São Paulo. In: Abreu JM, Padilha PR, organizadores. Paulo Freire e a educação popular. São Paulo: Instituto de Educação e Direitos Humanos Paulo Freire; 2022. v. 1, p. 318-332.
2. Ayres JRCM. Organização das ações de atenção à saúde: modelos e práticas. Saúde e Sociedade, São Paulo. 2009;18(supl. 2):11-23.
3. Nasser MA, Takiuti AD, Sala A, Pimenta AL, Billand JSJ, Ayres JRCM, Garcia SM, Oliveira A. (Orgs.). Kfouri C (Ilustração). Linha de Cuidado para a Saúde na Adolescência e Juventude para o Sistema Único de Saúde no Estado de São Paulo. São Paulo: LCA&J, 2021[acesso em 07 out 2025]. Disponível em: https://saudeadolescentesejovens.net.br/
4. Thiollent M. Metodologia da pesquisa-ação. São Paulo: Cortez; 2008.
5. Cecilio LCO. A questão do duplo/tríplice estatuto nos estudos sobre gestão e organizações de saúde no Sistema Único de
Saúde no Brasil. Forum Sociológico; 2014. (Série II; 24).
6. Brasil. Lei No 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências.
7. Mendes-Gonçalves RB. Práticas de Saúde: processos de trabalho e necessidades. São Paulo: Centro de Formação dos Trabalhadores em Saúde da Secretaria Municipal da Saúde, 1992.
8. Mattos RA, Baptista TWB. Sobre política (ou o que achamos pertinente refletir para analisar políticas). In: Mattos RA, Baptista TWB, organizadores. Caminhos para análise das políticas de saúde. Porto Alegre: Rede Unida; 2015. p. 83-149.
9. Baptista TWF, Rezende M. A ideia de ciclo na análise de políticas públicas. In: Mattos RA, Baptista TWF, organizadores. Caminhos para análise das políticas de saúde. Porto Alegre: Rede Unida; 2015. p. 221- 272.
10. Franzese C. Administração Pública em contexto de mudança: desafios para o gestor de políticas públicas. In: Ibañez N, Elias PEM, Seixas PHA, organizadores. Política e Gestão Pública em Saúde. São Paulo: Hucitec, CEALAG; 2011.
11. Brandão CR. Educar para transformar fragmentos da vida, das práticas e das ideias de Paulo Freire. In: Caderno de Formação São Paulo: EAD Freiriana; 2021.
12. Ayres JRCM, França-Júnior I. Saúde do adolescente. In: Schraiber LB, et al, organizadores. Saúde do adulto: programas e ações na unidade básica. São Paulo: Hucitec; 2000, p.66-85.
13. Franco TB, Magalhães-Junior HM. Integralidade na assistência à saúde: a organização das linhas do cuidado. In: Merhy EE, et al, organizadores. O trabalho em saúde: olhando e experienciando o SUS no cotidiano. São Paulo: Hucitec; 2004.
14. Freire PF. Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido: Editora Paz e Terra; 2014.
15. Rocha JCC, et al. Ações de educação em saúde para o fortalecimento da cidadania na adolescência e juventude enquanto construção participativa de uma política pública de saúde. In: Lima LO, organizador. Democracia, participação e controle social na saúde. João Pessoa: Editora do CCTA; 2020. v. 1, p. 1-198.
16. Sobrinho A, Abramo H. A juventude na mira da pandemia - agravos à saúde devem ser lidos por duplo registro: epidemiológico e social. Folha de São Paulo; 2021.
17. Santos NR. SUS e Estado de bem-estar social: perspectivas pós-pandemia. Bonfim JRA, editor. São Paulo: Hucitec; 2022. v. 337.
18. Freire PF. Pedagogia do Oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra; 1987.
19. Rodrigues JL, et al. Percepções e modos de atuações para implementação da linha de cuidado para a saúde na adolescência e juventude para o sistema único de saúde no estado de São Paulo. In: Anais do 13º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, 2022, Salvador. Anais eletrônicos [internet]. Campinas, Galoá, 2022 [acesso em 20 jan 2025]. Disponível em: https://proceedings.science/abrascao-2022/trabalhos/percepcoes-e-modos-de-atuacoes-para-implementacao-da-linha-de-cuidado-para-a-sau?lang=pt-br.
20. Chaves LR. Ciência a serviço da saúde pública. Ciência, cultura e desenvolvimento [internet]. [acesso em 20 jan 2025]. Disponível em: https://60anos.fapesp.br/livro/#/fasciculo05/ciencia-a-servico-da-saude-publica.
21. Leandro B, sobrinho A, Abramo H, organizadores. Panorama da Situação de Saúde de Jovens Brasileiros - 2016 a 2022: intersecções entre juventude, saúde e trabalho. Coordenação de Cooperação Social; 2023.
22. Ministério da Saúde (BR). Resolução 756, de 15 de agosto de 2024. Dispõe sobre a aprovação da Política Nacional de
Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens (PNAISAJ) [internet]. Diário Oficial da União. 24 out 2024 [acesso em 20 jan 2025]. Disponível em: https://www.gov.br/conselho-nacional-de-saude/pt-br/acesso-a-informacao/legislacao/resolucoes/2024/reso756-dispoe-sobre-a-aprovacao-da-pnaisaj.pdf

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2025 Mariana Arantes Nasser