Resumen
A comunicação da saúde ao público, seja na interrelação dual médico-paciente, através das interações nos grupos focais ou pela mídia, deve sempre ter o compromisso ético da comunicação, na forma mais adequada, da “verdade” ou, pelo menos, verossimilhança científi ca (no estado atualizado da arte) acerca da promoção da saúde, seja na forma de prevenção, tratamento ou cura das enfermidades. Como entender sob este ponto de vista, o “efeito placebo”, que também tem o objetivo de aliviar o ser humano do sofrimento causado pela perda da saúde, mas agora baseado na fi cção (na perspectiva da medicina hegemônica) que é a sua essência? Este artigo procura descrever alguns aspectos do entendimento científi co atual deste “efeito” explora sua natureza, características, limitações e possibilidades na promoção da saúde dentro de uma perspectiva ética, mas também pragmática. São mencionadas as várias explicações atuais para este “efeito: a psicológica (refl exo condicionado), antropológica (mediante descrições de procedimentos mágicos e curativos em culturas ditas “primitivas”), bases psiconeurofi siológicas do fenômeno placebo-nocebo etc. São tratadas também algumas das difi culdades que o “efeito placebo” causa nos ensaios “duplo cego” para determinar a efi cácia real de novos medicamentos no tratamento de determinadas enfermidades.
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