Pessoas inteiras
pdf (Português (Brasil))

Palabras clave

População em situação de rua
Políticas públicas
Intersetorialidade

Cómo citar

Cinacchi, G. B. (2024). Pessoas inteiras: a intersetorialidade no atendimento à complexidade e multideterminação da situação de rua. Boletim Do Instituto De Saúde - BIS, 25(1), 165–173. https://doi.org/10.52753/bis.v25i1.41080

Resumen

Este artigo tem como objetivo analisar os determinantes que induzem a à rualização, explicitar a importância de políticas públicas intersetoriais que abranjam as múltiplas necessidades da população em situação de rua, sua heterogeneidade, bem como identificar alguns desafios para a consolidação da intersetorialidade. A análise combina métodos qualitativos com análise quantitativa descritiva e estatística, examinando dados obtidos por meio do Projeto UFF/ FEC/PDPA 4410, “Niterói Inclusiva e Sustentável: construindo políticas intersetoriais para população em situação de rua” (2020-2023). Buscamos compreender as dinâmicas locais de Niterói (RJ) e suas implicações nas políticas públicas, visando identificá-las e contribuir para o corpo de pesquisa acadêmica em políticas direcionadas à população de rua. Os resultados indicam que há prevalência de pessoas negras, do gênero masculino, com baixa escolaridade em idade laborativa nas ruas de Niterói, e que conflitos familiares, desemprego e uso abusivo de álcool e outras drogas se interrelacionam conformando a multideterminação do processo de rualização. Quanto à intersetorialidade, mesmo sendo compreendida como paradigma a ser seguido, há fragmentação nas articulações entre os setores, o que se reflete na execução dos serviços.

https://doi.org/10.52753/bis.v25i1.41080
pdf (Português (Brasil))

Citas

1. Cinacchi GB. População em situação de rua: avaliação de serviços e ações no município de Niterói [tese]. Niterói: Universidade Federal Fluminense; 2023.

2. Ouriques CQ. A pedra angular: fundamentos utilizados pelo serviço social sobre população em situação de rua [tese]. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina; 2016.

3. Prates JC, Prates FC, Machado S. Populações em situação de rua: os processos de exclusão e inclusão precária vivenciados por esse segmento. Temporalis (Brasilia) [internet]. 2011 [acesso em 20 abr 2024];11(22):191-215. Disponível em: <https://periodicos.ufes.br/temporalis/article/view/1387>

4. Brasil. Decreto nº 7.053, de 23 de dezembro de 2009. Institui a política nacional para a população em situação de rua. Diário Oficial da União [internet]. 24 dez 2009. Seção 1:2. [acesso em 20 abr 2024]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007 2010/2009/Decreto/D7053.htm.

5. Silva Filho, DSE. A pobreza desigual entre a população de rua do Rio de Janeiro: formação de redes e critérios subjetivos de estratificação e ocupação. In: XXVII Encontro Anual da ANPOCS, 2003, Caxambu. Anpocs; 2003 [internet]. [acesso em 20 abr 2024]. Disponível em:

www.anpocs.com/index.php/papers-27-encontro-2/gt-24/gt07-9/4173-dsilvafilho-a-Pobreza/file>.

6. IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Panorama: indicadores sociais do Distrito Federal pelo censo 2022 [internet]. 2022b [acesso em 20 abr 2024]. Disponível em: https://censo2022.ibge.gov.br/panorama/indicadores.html?localidade=5300108&tema=1.

7. IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Desigualdades sociais por cor ou raça no Brasil [internet]. 2. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2022ª [acesso em 20 abr 2024]. (Estudos e pesquisas. Informação demográfica e socioeconômica;48). Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101972_informativo.pdf.

8. Escorel S. Vidas ao léu: trajetórias de exclusão social [internet]. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz; 1999 [acesso em 20 abr 2024]. Disponível em: <https://portal.fiocruz.br/livro/vidas-ao-leutrajetorias-de-exclusao-social>.

9. Farias LO. Possibilidades de inserção/reinserção produtiva dos moradores de rua do município de Porto Alegre [dissertação]. Porto Alegre: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul; 2007.

10. Carmo ME, Guizardi FL. Desafios da intersetorialidade nas políticas públicas de saúde e assistência social: uma revisão do estado da arte. Physis [internet]. 2017 [acesso em 20 abr 2024]; 27(4): 1265-1286. Disponível em: .

11. Junqueira LAP. A gestão intersetorial das políticas sociais e o terceiro setor. Saúde Soc. 2004;13:25-36.

12. Bronzo C. Intersetorialidade, autonomia e território em programas municipais de enfrentamento da pobreza: experiências de Belo Horizonte e São Paulo. Planejamento e Políticas Públicas (PPP). 2010 [acesso em 20 abr 2024];35. Disponível em:

ipea.gov.br/ppp/index.php/PPP/article/view/200>.

13. Bichir R. Novas agendas, novos desafios reflexões sobre as relações entre transferência de renda e assistência social no Brasil. Novos estud [internet]. 2016 [acesso em 20 abr 2024];35(1):111-136. Disponível em: https://www.scielo.br/j/nec/a/ M5XFdvfntQWHTHFZk7FKwwJ/abstract/?lang=pt

14. Senna M. Ações intersetoriais envolvendo assistência social e saúde: o programa bolsa família em questão. O Social em questão [internet].2013 [acesso em 20 abr 2024];XVII(30):245-272. 2013. Disponível em: http://osocialemquestao.ser.puc-rio.br/media/

OSQ_30_Senna_12.pdf

15. Cunnil-Grau N. La intersectorialidad en las nuevas políticas sociales: um acercamiento analítico-conceptual. Gestión y política pública [internet]. 2014 [acesso em 20 abr 2024];23(1):5-46, 2014. Disponível em: <https://www.scielo.org.mx/pdf/gpp/v23n1/v23n1a1.pdf>.

Creative Commons License

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.

Derechos de autor 2024 Giovanna Bueno Cinacchi

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Métricas

Cargando métricas ...