Resumo
O artigo aborda o projeto de formação em saúde coletiva que alavancou o movimento de reforma sanitária brasileira e que possibilitou a definição de uma nova política pública de saúde a partir da Constituição Federal de 1988. Discute as inflexões e constrangimentos que tal projeto sofreu com a consolidação das políticas de Saúde, Ciência e Tecnologia e do Sistema de Pós-Graduação, a partir da década de 1990. Aponta para os desafios da saúde coletiva como campo de conhecimento bem como os desafios como campo de prática, trazendo elementos da conjuntura para a sustentação da política pública de saúde na perspectiva da reforma sanitária.
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