Resumo
Por meio de iniciativas independentes, pacientes manifestam-se de acordo com três diferentes grupos comportamentais: cativos, fleumáticos e ativistas. O presente ensaio discute a importância dos pacientes ativistas no ecossistema da saúde pública e privada do Brasil. Os pacientes oncológicos ativistas e seus projetos geram impacto em outros pacientes, em toda a cadeia dos profissionais de saúde e na consciência da população. A participação dos pacientes ativistas em iniciativas, como microcanais de conteúdo em redes sociais, campanhas e participação em Organizações Não Governamentais, também é essencial para a conscientização, desde que ofereçam representatividade e responsabilidade. O
ativismo dos pacientes não está ligado a um perfil específico, mas sim a um grande desejo de conexão com outras pessoas, que
estejam vivendo experiências ou dificuldades similares. O ativismo pode ser encarado como uma atividade recorrente, voluntária e o
desejo de construir mudanças de comportamento. As biografias e projetos dos pacientes ativistas são transformados em legado,
quebrando o estereótipo de uma pessoa doente para uma pessoa que protagoniza seu tratamento, disseminando sua experiência. Tornam-se necessários novos diálogos sobre a relação dos profissionais de saúde com seus pacientes e da responsabilidade dos pacientes ativistas com suas audiências.
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