Vital Brazil e o caso da Casa Armbrust, as relações entre a ciência, os cientistas e a gestão em saúde pública
PDF

Palavras-chave

Casa Armbrust
Instituto Butantan
Vital Brazil
Arthur Neiva
Saúde pública

Como Citar

Acosta, S. (2014). Vital Brazil e o caso da Casa Armbrust, as relações entre a ciência, os cientistas e a gestão em saúde pública. Cadernos De História Da Ciência, 10(1), 56–76. https://doi.org/10.47692/cadhistcienc.2014.v10.33905

Resumo

Este artigo aborda as relações entre cientistas e gestão pública em saúde no Estado de São Paulo, a partir de um estudo de caso – o contexto de um contrato entre o Instituto Butantan e a Casa Armbrust e Cia, uma empresa comerciária especializada em venda e comercio de produtos diversos. O Contrato foi firmado na gestão de Vital Brazil como diretor do Instituto Butantan e Arthur Neiva como Diretor do Serviço Sanitário do Estado de São Paulo no ano de 1917. Nesse período Vital Brazil deixa a direção do Instituto por não concordar com as políticas adotadas por Neiva, esses e outros acontecimentos são analisados neste artigo, procurando demonstrar posturas e entendimentos conflitantes dos dois cientistas que ocupavam lugares diferentes naquele momento, trazendo elementos significativos para a compreensão das relações entre política pública e produção científica. Os desdobramentos do contrato possibilitam a reflexão sobre os jogos de interesses envolvidos entre os cientistas e a gestão em saúde pública.

https://doi.org/10.47692/cadhistcienc.2014.v10.33905
PDF

Referências

Almeida M. República dos invisíveis: Emílio Ribas, microbiologia e saúde pública em São Paulo (1898-1917). Bragança Paulista: Editora Universitária São Franscisco, 2003. 370 p.
Benchimol JL. Origens e evolução do Instituto Oswaldo Cruz no período 1899-1937. In: Benchimol JL. (Org.). Manguinhos do sonho a vida: a ciência na belle époque. Rio de Janeiro: Fiocruz Casa de Oswaldo Cruz, 1990. p. 5-88.
Benchimol JL, Teixeira LA. Cobras, lagartos e outros bichos: uma história comparada dos institutos Oswaldo Cruz e Butantan. Rio de Janeiro: Ufrj, 1993. 225 p.
Bourdieu P. Os usos sociais da ciência: Por uma sociologia clínica do campo científico. São Paulo: Unesp, 2004. 86 p.
Brazil OV. Contribuição para a história da ciência no Brasil. Minas Gerais: Casa de Vital Brazil, 1989. 132 p.
Brazil OV. Vital Brazil e o Instituto Butantan. Campinas: Unicamp, 1996. 93 p.
Brazil V. - Memória histórica do Instituto Butantan. São Paulo: ElvinoPocai, 1941.
Camargo AM. Os impasses da pesquisa microbiológica e as políticas de Saúde Pública em São Paulo (1892-1934). 1984. Tese de Doutorado. Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Educação.
Dos Santos RM. História da Saúde Pública no Estado de São Paulo. Rev. Saúde Públ. 1973.
Ibañez N, Sant’ Anna OA. Instituto Butantan: a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico da Saúde em São Paulo. In 450 anos de História da Medicina Paulista Natalini G & Amaral JLG 450: 318-364.
Ibañez N, Wen FH, Fernandes SC. Instituto Butantan: história institucional. Desenho metodológico para uma periodização preliminar. Cadernos de História da Ciência, 2005, 1(1), 115-144.
Relatórios Anuais do Instituto Butantan. 1916 – 1922 e 1924. (Núcleo de Documentação do Instituto Butantan)
Stepan N. Gênese e evolução da ciência brasileira. Rio de Janeiro: Artenova, 1976. 188 p.
Teixeira LA, Dantes MAM. Repensando a história do Instituto Butantan. In: Dantes MAM (org.). Espaços da ciência no Brasil (1800-1930). Rio de Janeiro: Fiocruz, 2001, 159-184.
Vaz E. Fundamentos da História do Instituto Butantan: Seu Desenvolvimento. São Paulo: Empresa Gráfica da Revista dos Tribunais Ltda, 1949. 123 p.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...