Trajetórias e memórias sobre a saúde dos soldados da borracha em seringais do Acre
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Como Citar

Negreiros, M. A. M. P. de. (2012). Trajetórias e memórias sobre a saúde dos soldados da borracha em seringais do Acre. Cadernos De História Da Ciência, 8(1), 169–170. https://doi.org/10.47692/cadhistcienc.2012.v8.35829

Resumo

O Acre testemunhou dois momentos históricos fundamentais para a sua colonização, ambos relacionados à extração da borracha, sendo o segundo patrocinado pelos Estados Unidos da América que, na Segunda Guerra Mundial, através dos Acordos de Washington, encontrou, no Brasil, a fonte do látex, matéria prima necessária para a produção bélica, uma vez que a Malásia, fornecedora até então, não mais o fazia por imposição do governo japonês, que tomou seus campos de produção. Esse processo migratório  campanhista brasileiro levou aos seringais amazônicos, no início da década de 40 do século passado, mais de 75 mil jovens, que trocaram a seca do sertão nordestino pela úmida e tropical Floresta Amazônica, enfrentando dificuldades de adaptação dramáticas, atestadas pela morte de cerca de 25 mil Soldados da Borracha ao final da guerra. O objetivo foi o de resgatar as memórias e histórias sobre o cuidado da saúde desses brasileiros, submetidos a vulnerabilidades e traumas culturais, sociais, familiares e de saúde, em prol de acordo que rendeu ao governo brasileiro pouco mais que o Banco da Amazônia e a Usina de Aço de Volta Redonda (RJ). O estudo foi quali-quantitativo, através de entrevistas gravadas e transcritas, de jovens naturais e precedentes de diversas partes do nordeste brasileiro que trabalharam no seringais da Amazônia, e que, posteriormente, migraram para a capital do Acre, Rio Branco, entre as décadas de 40 e 60. Para análise das entrevistas foi utilizada a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo, por meio do programa QualiQuantiSoft ®. Os relatos mostraram situações de desamparo e descreveram a luta pela sobrevivência diante das adversidades desses trabalhadores que, se hoje ainda estão vivos para relatar esses fatos, provavelmente ainda o fazem por terem se transformado, em algum momento logo após a chegada, em amazônidas e não pelo apoio de gerência em saúde ofertado.
https://doi.org/10.47692/cadhistcienc.2012.v8.35829
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Referências

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