Resumen
Este artigo pretende apontar elementos que introduzam a questão da modernidade e da sua quase invisível presença na arquitetura do Instituto Butantan, evidenciando os anos de 1960 como o período em que se manifestam propostas modernas, não executadas, para a Instituição. Em razão de o tema constituir parte de uma pesquisa em andamento pretende-se, mais que cravar conclusões definitivas, abrir a discussão a respeito da escassez modernista no Butantan num momento em que a arquitetura moderna brasileira encontrava seu auge, seus projetos se concretizavam – a exemplo da inauguração de Brasília – e a euforia pela modernização permeava o imaginário nacional. Para tanto, será traçado um breve histórico dos aspectos culturais e da produção arquitetônica no Brasil pós-guerra, da modernização no Estado de São Paulo e das relações deste período com as propostas modernas elaboradas para o Instituto Butantan em 1960, esboçando hipóteses que fundamentem a razão da não realização destes projetos.
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