Prevalência de transtornos mentais comuns auto-referidos e sua relação com os serviços de saúde em municípios da Baixada Santista - SP
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Palavras-chave

Transtornos mentais comuns
Baixada Santista
Serviços de saúde

Como Citar

Morais, M. de L. S. e, & Segri, N. J. (2011). Prevalência de transtornos mentais comuns auto-referidos e sua relação com os serviços de saúde em municípios da Baixada Santista - SP. Boletim Do Instituto De Saúde - BIS, 13(2), 141–146. Recuperado de https://periodicos.saude.sp.gov.br/bis/article/view/33675

Resumo

O trabalho objetivou identificar, em municípios da Baixada Santista, a prevalência de transtornos mentais comuns (TMC) – entendidos como relatos dos entrevistados de sofrerem depressão, ansiedade ou problemas emocionais – e investigar a relação das pessoas que relataram
tais problemas com o acesso aos serviços de saúde. Os dados foram obtidos em inquérito realizado em Cubatão, São Vicente, Praia Grande, Guarujá e Santos, tendo sido entrevistadas 6.804 pessoas. O município com menor prevalência de TMC foi São Vicente. A prevalência total de TMC foi 17,77%. Verificou-se maior prevalência em mulheres, pessoas mais velhas, separadas ou viúvas. 54,14% dos entrevistados afirmaram ter recebido o diagnóstico de profissionais de saúde, e 42,70% se autorreferiram como tendo os problemas citados. 41,37% dos informantes declararam nunca ter procurado serviços de saúde em decorrência de tais problemas. Os principais motivos alegados para a não procura de serviços de saúde em razão de TMC foram: não achar necessário, não ter tempo e dificuldades de acesso. Os achados do estudo indicam que muitas pessoas não reconhecem os TMC como problemas de saúde, a “invisibilidade” desses transtornos para diversos serviços de saúde e a
necessidade de qualificar os profissionais para a escuta e acolhimento de pessoas com sofrimento psíquico.

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