O envelhecimento ativo no SUS: comunicação e produção de (não)sentidos em usuárias idosas de uma UBS

Autores

  • Tereza Etsuko da Costa Rosa é psicóloga, doutora em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo (USP) e pesquisadora científica do Instituto de Saúde da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.
  • Giuliana Fregonezi Raia é fonoaudióloga, aluna do Programa de Aprimoramento em Pesquisa em Saúde Coletiva do Instituto de Saúde 2006-2007.

Palavras-chave:

Envelhecimento, desigualdade, diferenças socioculturais

Resumo

Trata-se de uma reflexão, tomando o cartaz/aviso nos corredores de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) como paradigma de uma comunicação que (não) se estabelece entre uma unidade de saúde e os seus usuários. O cartaz refere-se à divulgação de atividades em grupo de idosos que é ofertada na UBS, localizada na periferia de São Paulo. Discutimos o processo de circulação ou não, de informações, dos significados culturais e da desigualdade no acesso a informações, a partir da constatação de que a população a quem se destinaria o grupo não participa dele. O raciocínio traçado nos leva a crer que a UBS acaba por reproduzir e manter circulante um capital simbólico hegemônico e sem sentido para determinados segmentos sociais, historicamente em desvantagem. De alguma forma a comunicação e os processos de circulação das informações acabam por
favorecer certos segmentos sociais e excluir outros que não conseguem fazer circular os sentidos relacionados com suas necessidades e aspirações. Registramos algumas pistas para a superação da situação e enfatizamos a necessidade de refutar a ideia de que com o avançar da idade, as diferenças socioculturais que marcaram todas as etapas anteriores da vida se dissipam automaticamente.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

1. Araújo IS, Cardoso J. Circulação polifônica: comunicação e integralidade na saúde. In: Pinheiro R, Mattos RA. Construção social da demanda. Rio de Janeiro: IMS/UERJ/CEPESC/ABRASCO; 2005. p.239-251.
2. Araújo IS, Cardoso JM, Lerner K. Comunicação e saúde: um olhar e uma prática de pesquisa. ECO-PÓS 2007; 1:79-92.
3. Debert GG. A reinvenção da velhice. São Paulo: Universidade de São Paulo/Fapesp; 2005.
4. Goffman E. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. Rio de Janeiro: Zahar Ed; 1975.
5. Natansohn LG. Comunicação & Saúde: interfaces e diálogos possíveis. Eptic online: Revista de Economia Política de las Tecnologias de La Informacion Y Comunicacion. [online]. 2004; VI (2): 38-52 [Acesso em 10 mar 2010]. Disponível em: http://www.eptic.com.br.
6. Natansohn LG. Planejamento da comunicação comunitária e institucional ao serviço da saúde. IX Congreso Latinoamericano de Investigadores de la Comunicación. [online]. 2008; México DF. [Acesso em 10 mar 2010]. Disponível em http://www.alaic.net/alaic30/ponencias/cartas/Comunicacion_y_salud/ponencias/GT7_5Natanshon.pdf.
7. Organização Mundial da Saúde. Active ageing: a policy framework. [A contribution of the World Health Organization to the “United Nations Second United Nations World Assembly on Ageing”; 2002 April 8-12; Madrid, Spain].

Downloads

Publicado

2010-04-30

Como Citar

Rosa, T. E. da C., & Raia, G. F. (2010). O envelhecimento ativo no SUS: comunicação e produção de (não)sentidos em usuárias idosas de uma UBS. BIS. Boletim Do Instituto De Saúde, 12(1), 74–79. Recuperado de https://periodicos.saude.sp.gov.br/bis/article/view/34031

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 > >>