Resumo
Neste texto, a questão da imersão é trabalhada como um modo de perceber/sentir um determinado espaço/tempo, casual ou produzido
voluntariamente, usada aqui segundo o conceito de Deleuze para acontecimento, ou seja, trata-se de extrair, de seus entremeios, uma viva ideia de ativismo, uma disposição individual/coletiva para criação de situações de resistência aos paradigmas ambientais-político-sociais da contemporaneidade. Uma imersão coletiva é a circunstância rítmica com atuação incisiva sobre os corpos. Desse modo, nossa especulação gira em torno das potencializações que o encontro entre ação, corpo, tecnologia e tempo depreendem, e também como se constituem as relações rítmicas internas e externas à imersão. É um recorte específi co, mas não restritivo. Interessa-nos pensar práticas de relação entre redes sociais diferentes entre si, em contextos imersivos coletivos, a fi m de testar linguagens e defl agar processos de coconstituição de realidades e subjetividades, considerando as singularidades temporais, espaciais, territoriais e culturais de onde se está, pois imergir coletivamente em um local sem dar a devida atenção ao ambiente como um todo é ignorar a força, a sabedoria e o poder do ambiente, o qual determina os graus de relacionamento, ativando ou restringindo potencialidades.
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