Resumo
O BIS (Boletim do Instituto de Saúde) publica resultados de pesquisas e outros tipos de artigos no campo da saúde coletiva. Especial destaque tem sido dado a divulgação de trabalhos que possam subsidiar profissionais de saúde inseridos nos mais diversos tipos de serviços que integram o SUS. O presente volume tem como objetivo gerar um conjunto de dados e reflexões através da utilização das bases de dados demográficos e dos Sistemas de Informação em Saúde para o planejamento das ações e programas de saúde e para o monitoramento e avaliação das intervenções realizadas. Com vistas a explorar o potencial do emprego dessas ricas fontes de dados, estamos publicando o volume intitulado “A contribuição das bases de dados demográficos e dos Sistemas de Informação em Saúde para a gestão do SUS”. O Censo Demográfico, realizado a cada dez anos pelo IBGE, é a principal fonte de informações demográficas brasileiras. Diversos temas investigados nessa grande pesquisa podem ser utilizados no planejamento e na avaliação das ações em saúde. As principais informações relacionadas à saúde presentes no censo são: distribuição da população por sexo e idade, quesitos que possibilitam a mensuração da mortalidade e da fecundidade, registros de nascimentos, informações sobre pessoas com algum tipo de necessidade especial, informações detalhadas sobre grupos populacionais específicos e indicadores para o conhecimento dos determinantes e condicionantes da saúde. Ao lado das informações produzidas pelo Censo, vários sistemas de informação em saúde exercem papel estratégico no subsídio ao planejamento das ações de saúde, ao monitoramento e avaliação das políticas e programas, ao controle de doenças e para o estudo das condições de vida, adoecimento e morte da população. Esse conjunto de informações é um elemento fundamental para a organização e para a sustentabilidade do sistema de Saúde Pública. No presente volume, apresentamos artigos e reflexões que exploram diversas possibilidades de análise dos dados dos Censos Demográficos, indicando suas vantagens e limitações. Ao lado disso, expõe-se um panorama dos Sistemas de Informação em Saúde. A necessidade de articulação entre os diversos sistemas para o aperfeiçoamento da qualidade da informação também é discutida pelos autores dos artigos.