Determinantes da prematuridade
artigo

Palavras-chave

Recém-nascido prematuro; Nascimento prematuro; Trabalho de parto prematuro

Como Citar

Rodrigues Leone, C. . (2015). Determinantes da prematuridade. Boletim Do Instituto De Saúde - BIS, 16(1), 98–104. https://doi.org/10.52753/bis.v16i1.37377

Resumo

A prematuridade, por sua persistente frequência e pelo elevado risco de morbimortalidade neonatal associado, ainda constitui um dos maiores desafi os da perinatologia e dos programas populacionais direcionados à redução da mortalidade infantil no mundo. Em 2010, foi estimado que 11,1% dos recém-nascidos vivos no mundo foram prematuros, aproximadamente 15 milhões de crianças. Muito signifi cante também a verifi cação de que essa proporção vinha aumentando ao longo do tempo em muitos países e que foi a maior causa de mortalidade neonatal e a segunda de mortalidade infantil. Um recém-nascido pré-termo já tem um risco elevado de complicações relacionadas ao seu grau de imaturidade, com efeitos em longo prazo, especialmente sobre o seu neurodesenvolvimento. Apesar dos avanços ocorridos na assistência perinatal ao longo do tempo, o controle da prematuridade ainda parece distante, mesmo em países desenvolvidos. Por esse motivo, é necessário que os determinantes mais frequentes da prematuridade em cada população/país sejam identifi cados para que os programas de controle destes possam tornar-se mais efi cientes. Neste texto serão discutidos os principais fatores de risco associados à prematuridade, desde aqueles relacionados ao nascimento prematuro espontâneo até os assim chamados partos prematuros, induzidos ou iniciados, com ênfase para a contribuição do parto cesáreo.

https://doi.org/10.52753/bis.v16i1.37377
artigo

Referências

1. Blencowe H, Cousens S, Chou D, Oestergaard M Z, Say L, Moller A et al. Born too soon: the global epidemiology of 15 million preterm births. Reproductive Health. 2013; 10(suppl1):S2.
2. Blencowe H, Cousens S, Oestergaard M Z, Chou D, Moller A, Narwal R et al. National, regional, and worldwide estimates of preterm birth rates in the year 2010 with time trends since 1990 for selected countries: a systematic analysis and implications. The Lancet. 2012; 379:2162-2172.
3. Goldenberg RL, Culhane JF, Iams JD, Romero R. Epidemiology and causes of preterm birth. The Lancet. 2008; 371:75-84.
4. Gyamfi -Bannerman C, Fuchs KM, Young OM, Hoffman MK. Nonspontaneous late preterm birth: etiology and outcomes. Am J Obstet Gynaecol. 2011; 205: 456, 451-56.
5. Howson CP, Kinney MV, Lawn JE, editores. Born to soon: the global action report on preterm birth. Geneva: World Health Organization, 2012. [acesso em 7 jan 2014]. Disponível em: http://www.who.int/pmnch/media/ news/2012/201204_borntosoon-report.pdf.>.
6. Kramer MS, Papageorghiou A, Culhane J, Bhutta Z, Goldenberg RL, Gravett M et al. Challenges in defi ning and classifying the preterm birth syndrome. Am J Obstet Gynecol. 2012; 206:108-112.
7. Lawn JE, Gravett MG, Nunes TM, Rubens CE, Stanton C. The GAPPS Review Group. Global report on preterm birth and stillbirth (1 of 7): defi nitions, description of the burden and opportunities to improve data. BMC Pregnant Childbirth. 2010;10(suppl 1)S1.
8. Liu L, Johnson H, Cousens S, Perin J, Scott S, Lawn J et al. Global, regional and national causes of child mortality: an updated systematic analysis for 2010 with time trends since 2000. The Lancet. 2012; 379:2151-2161.
9. Ministério da Saúde. Sistema Nacional Informatizado de Nascidos Vivos (SINASC). Brasília (DF): 2011. [acesso em 27 nov 2013]. Disponível em:< http://tabnet.datasus.gov. br/cgi/tabcgi.exe?sinasc/cnv/nvuf.def>.
10. Muglia LJ, Katz M. The enigma of spontaneous preterm birth. NEJM. 2010; 362:529-535.
11. Passini R Jr, Cecatti JG, Lajos GJ, Tedesco RP, Nomura ML, Dias TZ et al. Brazilian Multicenter Study on Preterm Birth (EMIP): prevalence and factors associated with spontaneous preterm birth. Plos One. 2015; 9:e109069.
12. Silveira MF, Santos IS, Barros AJD, Matijasevich A, Barros FC, Victora CG. Aumento da prematuridade no Brasil: revisão de estudos de base populacional. Rev Saúde Pública. 2008; 42:957-964.
13. United Nations. The Millennium Development Goals: report 2010. New York: United Nations; 2010.
14. Villar J, Papageorghiou AT, Knight HE, Gravett MG, Iams J, Waller SA et al. The preterm birth syndrome: a prototype phenotypic classifi cation. Am J Obstet Gynecol. 2012; 206:119-123.
15. World Health Organization. WHO recommended defi nitions, terminology and format for statistical tables related to the perinatal period and use of a new certifi cate for cause of perinatal deaths. Modifi cations recommended by FIGO as amended October 14, 1976. Acta Obstet Gynecol Scand. 1977; 56:247-253.
Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2022 Cléa Rodrigues Leone

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...