Resumo
Este artigo tem dupla intenção: a primeira é de repensar o conceito de qualidade de vida e formas da vida sob a égide das políticas da subjetividade, sobretudo,
nos modos de vida produzidos com a globalização e as tecnociências, cujos efeitos envolvem mudança radical das formas de existência humana e exigem esforço de
elaboração em todas as áreas do conhecimento. Se a vida é expropriada pelo mercado capitalista, exige-se das políticas públicas a compreensão dos efeitos biopolíticos
do capitalismo, inclusive nos estratos mais carentes da população, que, ao contrário do que possa parecer, sofrem tais conseqüências. A segunda é redesenhar os
aspectos ditos “subjetivos” e objetivos na formulação das pesquisas em qualidade de vida, referenciadas mais por um pensamento ético-político de integração dos modelos quali/quantitativos e menos por uma ética de oposição aos mesmos. Neste sentido, a subjetividade não é uma superestrutura etérea, mas força viva, quantidade social, potência política.
Referências
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