Resumo
As estatísticas de morbidade e mortalidade são utilizadas para avaliar a situação da saúde da população e desenvolver políticas públicas de saúde (LUIZ, 1997; LAURENTI, 1990). Na análise dos dados de mortalidade, apontam-se as causas de morte que assolam a população, discutem-se os dados segundo a idade, o sexo e a classe social ou frações de classe, mas não se discutem as diferentes construções socioculturais existentes na sociedade e seus reflexos no perfil da mortalidade. Por exemplo, não se contempla a raça/cor como categoria de análise. Uma das justificativas para tanto é que apenas em 1996 se inseriu a variável raça/cor nos atestados de óbitos.
Referências
BARBOSA, M.I. da S. Racismo e saúde. São Paulo, 1998. Tese (Doutorado) – Faculdade de Saúde Pública. Universidade de São Paulo.
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BATISTA, L. E. Pode o estudo da mortalidade denunciar as desigualdades raciais? In. BARBOSA, L.M. de A., SILVA, P.B. G. , SIVÉRIO, V. R. (Org.). De preto a Afro-descendente: trajetos de pesquisa sobre o negro, cultura negra e relações étnico-raciais no Brasil. São Carlos: EdUFSCAR, 2003. p.243-260.
CASHMORE, E. Dicionário de relações étnicas e raciais. São Paulo: Summus, 2000. p.598.
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LUIZ, O. C. Perspectivas da avaliação de situação de saúde: uma apreciação crítica. São Paulo, 1997. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Medicina. Universidade de São Paulo.
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Copyright (c) 2003 Luís Eduardo Batista