Resumo
O nascimento é um fenômeno natural e fisiológico e constitui-se em um momento único, marcado por um profundo significado para a mulher e o bebê. Em meados do século XX ocorreu a transição do parto domiciliar para o parto hospitalar e, com isso, houve a incorporação de novas tecnologias e de um grande número de intervenções nesse processo (na maioria das vezes desnecessárias), inspiradas em um paradigma assistencial que privilegia a tecnologia e a impessoalidade. Em relação ao parto, esse tipo de concepção levou a um aumento expressivo e injustificável das taxas de cesárea. No tocante ao recém-nascido, esse paradigma teve como conseqüências a separação de mães e bebês após o nascimento, a realização de uma série de intervenções (como a aspiração de vias aéreas superiores, que se tornou “rotina” em muitos serviços) e a alimentação precoce dos bebês com leites artificiais.
Referências
KLAUS HM, KENNELL JH. Parent-infant bonding. 2nd ed. St Louis: CV Mosby, 1982
OMS. Evidências científicas dos dez passos para o sucesso do aleitamento materno. Brasília: OPAS, 2001.
OMS. Proteção, promoção e apoio ao aleitamento materno: o papel especial dos serviços de saúde. Genebra, 1989
LEVIN A. Neonatal Humanization Care Initiative. Acta Paediatr; 88: 353-5, 1999.
WHO. Innocenti Declaration on the protection, promotion and support of breast-feeding. Ecol. Food Nutr., 26: 271-3, 1991.
BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção Humanizada do Recém-Nascido de Baixo Peso - Método Mãe Canguru. Manual do Curso. Brasília, MS, 2002.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2003 Sonia Isoyama Venancio, Rui de Pava