Resumen
Apesar dos esforços do Instituto Nacional de Câncer (Inca) para definir a incidência do câncer de próstata no Brasil, os números produzidos provavelmente situam-se
abaixo da realidade. Os homens historicamente buscam menos os cuidados de saúde do que as mulheres. A adesão às praticas de rastreamento do câncer de próstata pode se constituir em um importante marcador do autocuidado masculino em saúde. O estudo objetivou analisar a associação entre conhecimentos, atitudes
e práticas acerca da detecção do câncer de próstata. Foi realizado inquérito domiciliar em amostra de 160 homens com idade entre 50 e 80 anos residentes em uma área adscrita da Estratégia Saúde da Família (ESF) do município de Juiz de Fora (MG). Entre os homens classificados com conhecimento adequado, encontrou-se prevalência 7,6 vezes (IC95%=2,4-23,6) mais elevada de serem classificados com prática adequada do que entre aqueles classificados com conhecimento inadequado.
Além disso, aqueles classificados com atitudes adequadas tiveram prevalência quase duas vezes mais elevada (RP=1,8; IC=1,1-3,0) de serem classificados com práticas adequadas quando comparados com aqueles com atitudes inadequadas. Evidenciou-se a relevância de se abordar e compreender o conhecimento dos entrevistados sobre câncer de próstata. Desse modo, sensibilizados pela temática, os profissionais da saúde poderão contribuir para a melhoria da assistência de enfermagem aos homens em geral.
Citas
2. Araújo TME. Vacinação Infantil: Conhecimentos, atitudes e práticas da população da Área Norte/Centro de Teresina/PI. [Tese de Doutorado], Universidade Federal do Rio de Janeiro. Escola de Enfermagem Anna Nery, 2005.
3. Arraoll B, Pandit S, Buetow S. Prostate câncer screening: knowledge, experiences and attitudes of men aged 40-79 years. The New Zealand Medical Journal. 2003; 116:1176.
4. Brasil. Secretaria Nacional de Assistência á Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Coordenação de prevenção e vigilância– Câncer de próstata: consenso . Rio de janeiro:
INCA; 2012.
5. Cavalcante RC. Sexualidade do homem na terceira idade. Rev Bras Sexual. 1990; 15(2):39-49
6. Courtenay WH. Constructions of masculinity and their influence on mens well-being: a teory of gender and health. Soc Sci Med. 2000; 50(2):1385-401.
7. Czresnia D, Freitas CM. Promoção da saúde: conceitos, reflexões, tendências. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2003.
8. Gamarra CJ. Conhecimentos, atitudes e práticas do exame Papanicolau em mulheres de Puerto Leoni, Argentina: uma contribuição para a enfermagem de saúde pública. [Dissertação de Mestrado], Universidade Federal do Rio de Janeiro. Escola de Enfermagem Anna Nery, 2004.
9. Gillet JD. The behavior Homo sapiens, the forgotten factor in the transmision of tropical disease. Transactions of the Royal Society of Tropical Medicine Hygiene. 1985,
79(4):12-20.
10. Gomes R, Rebello LEFS, Araújo F, Nascimento EF. A prevenção do câncer de próstata. Ciênc Saúde Coletiva. 2008; 12(1): 235-46.
11. Hegart YV, Burchett BM,Gold DT, Cohrn HJ. Racial differences in use of cancer prevention services among older americans. J Am Geriatr Soc. 2000, 48(3):735-40.
12. Marinho L, Costa-Gurgel,Cecatti JG, Osis MJD. Conhecimento, atitude e prática do auto-exame das mamas em centros de saúde. Rev Saúde Pública. 2003, 37(3): 576-82.
13. Mccoy CB, Anuyl RS; Metsch LR; Inciardi JA; Smith SA; Correa R. Prostate cancer in Florida: Knowledge, attitudes, practices, and beliefs. Câncer Practice. 1995,3(2).
14. Srougi M. Próstata: isso é com você. Publifolha. 2003.
15. Teixeira CF. Promoção e vigilância da saúde no SUS: desafios e perspectivas. In: Teixeira CF, Paim JS, Vilasbôas AL,organizadores. Promoção e vigilância da saúde. Salvador: COPTEC--ISC, 2002, 128(2):102-125.
16. Paiva EP, Motta MCS, Griep RH. Barreiras em relação aos exames de rastreamento do câncer de próstata. RevLatino Am Enfermagem. 2011, 19(1):73-80.
17. Pinheiro R. Integralidade e prática social. LAPPIS – Integralidade em Saúde. Boletim especial. Caderno de entrevistas, 2004.
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Derechos de autor 2012 Elenir Pereira de Paiva, Maria Catarina Salvador da Motta, Rosane Harter Griep, Flávia Terra Hauck, Etiene Reis Vieira, Ana Carolina Corrêa