Resumen
O presente artigo, que tem como tema Comunicação e Saúde – por uma política ético-estética, apresenta tendências de duas vertentes do pensamento contemporâneo. Ambas cartografam dispositivos distintos, porém semelhantes: analisar a resultante dos modos de criação e possíveis saídas (modos de resistência) ao modelo hegemônico de sentido e valor próprios da lógica de mercado, que caracterizam a contemporaneidade, é o que traduz pelo menos uma das vertentes; fazer composições com as resultantes dos modos de criação da cultura e possíveis saídas (modos de resistência) ao modelo do capitalismo atuante, pelo qual todos nós – comunicadores de saúde, ou não – estamos contaminados. Estas questões da comunicação em geral nos circunda e nos afeta em nosso modo de agir. Mesmo de modo breve, percebe-se que “tudo” remonta a uma questão ético-política e estética. Trata-se, portanto, de comunicar, difundir e identifi car os recursos (des) potencializadores da qualidade de vida, os sinais da cultura, os modos de existência frente aos fatos adversos e cotidianamente ativados pelos organismos socioculturais coexistentes e na comunicação do mundo globalizado (foto 1). Salta-nos aos olhos esta questão, que talvez seja o caráter inovador do tema: os efeitos imediatos dirigidos ao papel do profi ssional e do trabalhador da saúde que, diante das sensibilidades da
produção de subjetividades no mundo contemporâneo, percebe estas multiplicidades e se pergunta a respeito destas confi gurações, de um mundo de velocidades infi nitas, virtuais, nem por isso irreais e que nunca cessam de produzir o real.
Citas
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