Resumen
Assiste-se hoje a mudanças importantes no setor saúde, ancoradas por transformações sem precedentes no âmbito das tecnociências. Os discursos de longevidade, bem-estar e qualidade de vida passaram a ser estreitamente conectados a uma gramática relacionada à vida, ao corpo e à saúde que extrapolam as exigências do controle de populações, dando lugar a poderosas tecnologias de governo. O corpo, ao despertar múltiplas inquietações, tanto entre os próprios sujeitos produtores de identidade, resistências e sofrimentos, quanto entre pesquisadores que têm explorado exaustivamente novas configurações de pesquisa, surge como objeto de aspiração humana universal, inscrito em todos os segmentos da sociedade. O corpo que envelhece encontra na saúde a sua maior preceptora. A saúde é a instituição que mais intercede nos processos do envelhecimento humano — a saúde hoje ensina, constrange, monitora o envelhecer a partir de uma lógica de pedagogização da velhice, prática caracterizada por mecanismos de prudência e lisura. Esse texto procura mostrar contextos, novidades, conflitos e resistências, segundo topografias socioculturais que revelam modos de envelhecer na contemporaneidade em diálogo com áreas sociais modelares como Saúde, Educação e Comunicação.
Citas
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