Resumen
A proposta deste artigo é apresentar o percurso de construção de um movimento em rede, que busca a proteção e enfrentamento das violências sofridas por jovens na cidade de São Paulo, principalmente jovens pobres, em sua maioria negra, que vive em territórios empobrecidos e periféricos. Parte-se do conceito de “juvenícidio” para expressar conceitual e politicamente o aumento vertiginoso das ações do Estado Penal em detrimento do Estado de Direito, caracterizado pelo encarceramento em massa e pelos homicídios. No Brasil, o genocídio da juventude negra expressa esta realidade, considera-se que os homicídios dos jovens, não é só uma questão de segurança pública, mas de saúde pública, assim para enfrentar a complexidade deste problema é necessário a construção de redes, que transcendam a área da saúde e da segurança pública. Desta forma, aposta-se que a sociedade civil, representada por coletivos que historicamente lutam nesta pauta em rede com as ONGS, Pastorais, profissionais de várias áreas públicas e privadas podem construir uma possibilidade de dar visibilidade a esta realidade e buscar formas de proteção e enfrentamento.
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