Resumen
Compreendendo a interseccionalidade da dupla opressão de gênero e raça que a mulher negra está sujeita, faz-se uma analise de como o parto é um procedimento carregado de dimensões políticas, sociais e culturais, consequentemente deixando sequelas não só físicas como psicossociais. Foi realizado um levantamento bibliográfico em pesquisas quantitativas e qualitativas sobre o assunto, e identificou-se através dos dados a presença da violência institucional e obstétrica como prática comum; a Política de Humanização do Parto precisa ser revisada e monitorada, há ausência de pesquisas que relacionem violência obstétrica com a questão racial.
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