Resumen
Nas últimas décadas têm ocorrido mudanças quanto ao paradigma sanitário em função de novas formas de compreensão quanto à concepção do processo saúde-doença e isso, conseqüentemente, repercute na prática sanitária a ser adotada e implementada (Mendes, 1999; Santos & Westphal, 1999). De uma compreensão
“negativa” quanto ao processo saúde-doença, focado na ocorrência de agravos, passou-se para uma visão “positiva”, utilizando uma compreensão mais abrangente
do que é saúde. Assim, o paradigma passou de flexneriano - biologicista e mecanicista -, para o de produção social da saúde, com uma compreensão de
que a saúde e o processo saúde-doença são determinados de forma múltipla e mediados pelo sistema social. Passa-se a valorizar uma prática sanitária baseada
na vigilância da saúde em que a gestão organiza-se sem privilegiar uma área ou setor de governo, mas considerando todas as áreas e setores cujas ações podem
repercutir e ter impacto na melhoria das condições de saúde.
Citas
BUSS, P. Uma introdução ao conceito de promoção da saúde. In: Czeresnia, D.; Freitas, CM. Promoção da saúde: conceitos, reflexões, tendências. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2003. p. 15 - 38.
CARVALHO, AI. Da saúde pública às políticas saudáveis. Ciência e Saúde Coletiva 1(1): 104 - 21, 1996.
CERQUEIRA, MT. Promoción de la salud y educación para la salud: retos y perspectivas. In: Arroyo, H.; Cerqueira, MT. La promoción para la salud y la educación para la salud en America Latina: un análisis sectorial. OPAS/IUPHE, 1997. p. 7 - 48.
GOHN, MG. Papel dos conselhos gestores na gestão pública. In: Informativo CEPAM – Conselhos municipais das áreas sociais. 2ª ed. ver. atual. ampl. São Paulo: Fundação Prefeito Faria Lima – CEPAM. Unidade de Políticas Públicas, v. , n. 3, 2002. p. 7 - 17.
GOHN, MG. Associativismo civil, conselhos de gestão na saúde e as cidades brasileiras. In: Rassi Neto, E.;
Bógus, CM. Saúde nos aglomerados urbanos: uma visão integrada. OPAS, 2003. p. 41 - 65.
JUNQUEIRA, LAP. Intersetorialidade, transetorialidade e redes sociais na saúde. RAP 34(6): 35 - 46, 2000.
MENDES, EV. Uma agenda para a saúde. São Paulo: Hucitec, 1999.
PAIM, JS. Vigilância da saúde: dos modelos assistenciais para a promoção da saúde. In: Czeresnia, D.; Freitas, CM. Promoção da saúde: conceitos, reflexões,
tendências. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2003. p. 161-174.
SANTOS JL.; WESTPHAL, MF. Práticas emergentes de um novo paradigma de saúde: o papel da universidade. Estudos avançados, 13(5): 71 - 88, 1999.
SICOLI, J. ; NASCIMENTO, PR. Promoção da saúde: concepções, princípios e operacionalização. Interface 7(12): 101 - 122, 2003.
WESTPHAL, MF.; Mendes, R. Cidade saudável: uma experiência de interdisciplinariedade e intersetorialidade. RAP 34(6): 47 - 62, 2000.