Masculinidades e prevenção do HIV
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Palavras-chave

Homens e saúde
Masculinidades
Gênero

Como Citar

Guerriero, I. C. Z. (2012). Masculinidades e prevenção do HIV. Boletim Do Instituto De Saúde - BIS, 14(1), 17–23. Recuperado de https://periodicos.saude.sp.gov.br/bis/article/view/33714

Resumo

Este artigo discute concepções de masculinidade e sua influência na vulnerabilidade ao HIV. Os homens participantes deste estudo consideram como característica masculina ser um bom provedor financeiro, sexual e afetivo. A sexualidade masculina é considerada intensa e requerente de satisfação imediata. Segundo esse paradigma, um homem deve ter uma resposta sexual imediata e estar sempre pronto para uma mulher que se coloque disponível. A decisão do número de filhos
cabe à mulher, assim como a contracepção. Ser homem é não ser homossexual – entendido como aquele que é o passivo na relação sexual. O uso da camisinha é inconcebível numa relação estável, e as razões que motivam o uso são apenas a curiosidade e a necessidade de evitar uma gravidez. Nenhum dos participantes afirmou ter utilizado a camisinha para prevenir DST/Aids. Os homens que usam camisinha em todas as relações sexuais assumiram para si a responsabilidade de evitar uma gravidez, o que poderia resultar em pagar pensão. Assim, apresenta-se como uma boa opção associar prevenção das DST/Aids e anticoncepção. Os dados analisados reforçam a necessidade de se considerarem as concepções sobre masculinidade existentes na sociedade para o desenvolvimento de ações eficazes destinadas à saúde dos homens.

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