Vulgarização da luta contra o ofidismo: diálogo possível entre mitos, lendas e a ciência moderna
PDF (Português (Brasil))

Palabras clave

divulgação científica
ofidismo
mitos
Vital Brazil

Cómo citar

Nascente, L. da S. (2014). Vulgarização da luta contra o ofidismo: diálogo possível entre mitos, lendas e a ciência moderna. Cadernos De História Da Ciência, 10(2), 104–124. https://doi.org/10.47692/cadhistcienc.2014.v10.33919

Resumen

Neste artigo, discuto a análise realizada pelo médico sanitarista Vital Brazil em seu livro A defesa contra o Ophidismo, publicado em 1911, sobre os mitos e as lendas envolvendo as serpentes, buscando compreender por que tais expressões culturais foram consideradas prejudiciais ao bem-estar dos homens. Discorro sobre como tal perspectiva perdura nos discursos acadêmicos e no campo da educação até os dias atuais. Aponto meios de se estabelecer uma rede de trocas contínua entre os saberes científico e tradicional, principalmente nos espaços não formais de educação, a exemplo das bibliotecas científicas.

https://doi.org/10.47692/cadhistcienc.2014.v10.33919
PDF (Português (Brasil))

Citas

Aranha CO, Lira-da-Silva R. Um panorama do ensino sobre animais peçonhentos na formação do biólogo em instituições federais de ensino superior no Brasil. In: Encontro Internacional Vital Para o Brazil, 1., 2013, Niterói. Anais. Niterói: Instituto Vital Brazil, 2013, p.48.
Bauman Z. Apontamentos sobre as peregrinações históricas do conceito de “cultura”. In:______. A cultura no mundo líquido moderno. Rio de Janeiro: Zahar, 2013, pp.7-21.
Bauer M. A popularização da ciência como “imunização cultural”: a função de resistência das representações sociais. In: Guareschi PA. Textos
em representações sociais. 8.ed. Petrópolis: Vozes, 2003.
Bernarde PS. Anfíbios e répteis: introdução ao estudo da herpetofauna brasileira. São Paulo: Anolisbooks, 2012a.
______. Serpentes peçonhentas e acidentes ofídicos no Acre. São Paulo: Anolisbooks, 2012b.
______. Serpentes peçonhentas e acidentes ofídicos em Rondônia. São Paulo: Anolisbooks, 2012c.
Brazil LV. Sobre a Defesa contra o Ophidismo. In: Instituto Vital Brazil. A defesa contra o ophidismo: 100 anos depois: comentários. Niterói:
Instituto Vital Brazil, 2011. p.11-18.
Brazil V. As cobras venenosas e o tratamento especifico do ophidismo. In: Pereira Neto AF (Org.).
Vital Brazil: obra científica completa. Niterói: Instituto Vital Brazil, 2002. pp.232-240.
______. A defesa contra o ophidismo. São Paulo: Pocai & Weiss, 1911, 152 p.
______. Therapeutica do ophidismo. In: Pereira Neto, AF (Org.). Vital Brazil: obra científica completa. Niterói: Instituto Vital Brazil, 2002, pp.307-317.
Cocco, AP et al. Modelo de planejamento e gestão para biblioteca especializada: método bibliobim. Percursos, Florianópolis, 2011, v(12), n(2): 84-104.
Cruz N. A Cobra-Grande. São Paulo: FTD, 2002, 32p. (Coleções Histórias do Rio Moju: Reconto de Narrativas Amazônicas).
Domingues HMB. A sociedade auxiliadora da indústria nacional e as ciências naturais no Brasil Império. In: Dantas, MAM. Espaços da ciência
no Brasil: 1800-1930. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2001, pp.83-110.
Duarte LFD. Memória e reflexividade na cultura ocidental. In: Abreu R, Chagas M (Orgs.). Memória e patrimônio: ensaios contemporâneos. 2.ed. Rio de Janeiro: Lamparina, 2009., pp.305-316.
Eliade M. Mito e realidade. São Paulo: Perspectiva, 1972.
Geertz C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, c1989.
Guará W. O caso da cobra que foi pega pelos pés. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2009.
Gutiérrez JM. Improving antivenom availability and accessibility: Science, technology, and beyond. Toxicon, v(60): 676-687, 2012.
Harrison RA. Snake envenoming: a disease of poverty. PLoS neglected tropical diseases, v(3), n(12): 1-6, 2009.
Klauber LM. Rattlesnakes: Their Habits, Life Histories, and Influence on Mankind. Berkeley: University of California Press, 1956, v.2.
Lovrecek D, Tomic S. A century of antivenom. Collegium antropologicum, v(35), n(1): 249-258, 2011. da Silva Nascente L. Vulgarização do conhecimento científico: a relação entre o público infantojuvenil e a Biblioteca do Instituto Vital Brazil.
Congresso Brasileiro de Biblioteconomia Documentação e Ciência da Informação, 25, 2013, Florianópolis. Anais. Florianópolis: [s.n.], 2013.
Pereira AFS. Herpetologia: origem dos répteis e surgimento das serpentes. Monte Alto, São Paulo: Ativa, 2004, 80 p.
Pereira Neto AF, Oliveira, EA. Vital Brazil: uma obra com vida. Simpósio Nacional de História, 22, 2003. João Pessoa. Anais. João Pessoa: ANPHU, 2003.
Posey DA. Etnobiologia: teoria e prática. In: Ribeiro BG (Coord.). Suma Etnológica Brasileira. Petrópolis: Vozes, 1987, pp.15-25
Puorto G. Vital Brazil e a educação. In: Instituto Vital Brazil. A defesa contra o ophidismo: 100 anos depois: comentários. Niterói: Instituto Vital Brazil, 2011, pp.35-40.
de Proença Rosa CA. A ciência moderna. In: História da ciência: a ciência moderna. 2.ed. Brasília: FUNAG, 2012, v(2): 13-22.
Schweickardt JC, Lima N. Os Cientistas brasileiros visitam a Amazônia. História, Ciência, Saúde – Manguinhos, n(14): 6-39, 2007.
de Sousa M. Cobra Honorato. São Paulo: Girassol, 2010. (Coleção Lendas Brasileiras). Toledo VM. La perspectiva etnoecológica: cinco reflexiones acerca de las “ciencias campesinas” sobre a natureza con especial referencia a México. Ciências, n(4): 22-29, 1990.
União dos Escoteiros do Brasil. Alcatéia em ação: guia de atividades lobinhos e lobinhas. Curitiba: UEB, 2011.
Vidal L. A Cobra Grande: uma introdução à cosmologia dos Povos Indígenas do Uaçá e Baixo Oiapoque – Amapá. 2.ed. Rio de Janeiro: Museu do Índio, 2009.
Williams, DJ. Ending the drought New strategies for improving the flow of affordable, effective antivenoms in Asia and África. Journal of Proteomics, v(74): 1735-1767, 2011.
Zadra LZ., Bigarella M. Caminhos do sertão. São Paulo: Loyola, 1993.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Métricas

Cargando métricas ...