Resumo
Apesar dos esforços do Instituto Nacional de Câncer (Inca) para definir a incidência do câncer de próstata no Brasil, os números produzidos provavelmente situam-se
abaixo da realidade. Os homens historicamente buscam menos os cuidados de saúde do que as mulheres. A adesão às praticas de rastreamento do câncer de próstata pode se constituir em um importante marcador do autocuidado masculino em saúde. O estudo objetivou analisar a associação entre conhecimentos, atitudes
e práticas acerca da detecção do câncer de próstata. Foi realizado inquérito domiciliar em amostra de 160 homens com idade entre 50 e 80 anos residentes em uma área adscrita da Estratégia Saúde da Família (ESF) do município de Juiz de Fora (MG). Entre os homens classificados com conhecimento adequado, encontrou-se prevalência 7,6 vezes (IC95%=2,4-23,6) mais elevada de serem classificados com prática adequada do que entre aqueles classificados com conhecimento inadequado.
Além disso, aqueles classificados com atitudes adequadas tiveram prevalência quase duas vezes mais elevada (RP=1,8; IC=1,1-3,0) de serem classificados com práticas adequadas quando comparados com aqueles com atitudes inadequadas. Evidenciou-se a relevância de se abordar e compreender o conhecimento dos entrevistados sobre câncer de próstata. Desse modo, sensibilizados pela temática, os profissionais da saúde poderão contribuir para a melhoria da assistência de enfermagem aos homens em geral.
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