Resumo
A capacidade de traduzir criticamente os grandes problemas sociais impõe-se à comunidade científi ca nacional, da mesma maneira que ocorre na área da Saúde Coletiva, onde questões e refl exões próprias do campo, centradas em temas como formação, comunicação, participação, mobilização e educação em saúde – objetos de centenas de dissertações, teses e pesquisas acadêmicas desde meados dos anos 1970 – permanecem acesas nos corações e mentes de pesquisadores e técnicos. Numa tentativa de aproximação com o tema a que nos propusemos aqui refl etir, destacamos a pouca presença, nos estudos disciplinares da Saúde e da Educação, dos conhecimentos e práticas próprios do campo da Comunicação. Numa perspectiva dialética, e considerando as teorias que desenham as refl exões do campo da Comunicação, como a Teoria da Indústria Cultural e suas análises críticas sobre a mercantilização da cultura e o mercado cultural, notadamente a Escola de Frankfurt, refl etimos sobre a necessidade de um exercício crítico, fundamental para decifrar a realidade das relações sociais. Os estudos que relatam experiências de aproximação entre os campos da Comunicação e da Educação, que derivam das inquietações frente à expansão dos media no século XX, nos oferecem abordagens, a partir das quais podem ser destacados pontos de convergência, possibilidades de interrelação e desafi os, o que nos leva a um novo campo científi co, o da Educomunicação.
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