Resumo
A quase unanimidade entre os profi ssionais de saúde, que afi rmam ser prioridade a formação de “novos sanitaristas” ou de profi ssionais para o complexo campo de atuação na saúde pública brasileira, parece apontar em uma direção que não é a mesma que verifi camos na prática, visto que, na realidade, esse profi ssional desapareceu quase completamente do mercado. No momento em que a Universidade e outras instituições voltadas para a formação em saúde, após anos de silêncio, voltam a pensar sobre a formação do sanitarista, é necessário levantar algumas considerações sobre o tema, que leve em conta uma outra forma pedagógica, um modelo de assistência centrado não na doença, mas no uidado com o ser humano. Esse modelo deve envolver uma compreensão mais apropriada da subjetividade dos seres em sofrimento, da necessidade de solidariedade e da permanente preocupação com o item central do objetivo terapêutico, favorecendo a refl exão a respeito da apropriação do território local, suas ações cotidianas e compreensão de sua história, seus problemas e as relações que ali se estabelecem entre os distintos grupos sociais, entre os grupos e a comunidade como um todo, e as relações entre esse todo e o mundo que o cerca.
Referências
2. Ayres JRCM. Sujeito, intersubjetividade e práticas de saúde. Ciênc saúde coletiva 2001; 6(1): p. 63-72.
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5. Luz TM. Novos saberes e práticas em saúde coletiva. Rio de Janeiro: Hucitec; 2003.
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