Resumo
A fim de alcançar o compartilhamento de saberes e o cuidado integral à saúde, é imprescindível que as equipes de Apoio Matricial estabeleçam fluxos efetivos de comunicação com as equipes da Atenção Primária. Por isto, o presente artigo tem como objetivo analisar a percepção de equipes de Apoio Matricial sediadas em Campinas (SP), Curitiba (PR) e Uberlândia (MG) sobre as principais ferramentas de comunicação utilizadas
para o compartilhamento do cuidado. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de estudo de casos múltiplos com único nível de análise. Combina aplicação de questionário e realização de grupo focal com equipes que realizam Apoio Matricial. Os resultados indicam que os profissionais tendem a valorizar espaços coletivos de discussão, reuniões e mecanismos formais de comunicação. Contudo, as equipes reconhecem que na prática prevalecem os contatos informais, apontando para a necessidade de rever as estratégias de comunicação. O estudo ressalta a importância
do incremento das estratégias de comunicação interna, a fim de proporcionar a sistematização e institucionalização dos processos de trabalho que favoreçam os encontros e as trocas de saberes entre as equipes.
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