Resumo
0 artigo descreve a experiéncia vivenciada pelo Ambulatério Médico de Especialidades de Itapeva, centro de saúde de alta resolutividade que oferece consultas médicas em diversas especialidades, atendendo a 15 municipios da regido do sudoeste paulista. É fato que temos uma diversidade de clientes atendida diariamente; diante disso, tornou-se necesséria uma ação do setor de Educação Permanente e Humanização e Inclusão, para o levantamento do conhecimento das equipes sobre o grupo LGBTQIA+ e a oportunidade de transferéncia dessas informagdes. A ação foi realizada com embasamento em pesquisa bibliografica recente, consultamos artigos, dissertações, relato de experiéncia e pesquisa exploratória para a organizagao da proposta da ação em nosso servico. Utilizamos a apresentação de audiovisuais em palestra com conteúdo em formato de slides; dinamica com uso de baldes, com questdes direcionadas e frases com citagdes para discussões, e finalizamos com a entrega de panfletos ilustrativos e outros materiais no servico. As discussdes possibilitaram a reflexão sobre os direitos LGBT, objetivando um atendimento que cumpra as legislacdes vigentes, focado na humanizagdo, empatia e respeito a esta população. A ação evidenciou falhas no atendimento e a possibilidade de melhorias, gerou discussdes conflitantes sobre as conquistas do grupo LGBT, revelou preconceitos e discriminagdes, gerando a necessidade de reorganizagdes no processo e no ambiente de trabalho e a inclusão do tema em ações de Educagao Permanente.
Referências
Metas públicas de diversidade. Por que estabelecer metas publicas para Diversidade, Equidade e Inclusão? [internet]. [acesso em 18 jan 2022]. Disponível em: https://treediversidade.com.br/metas-publicas-de-diversidade/.
Boletim do Instituto de Saúde [internet]. São Paulo: Instituto de Saúde; 2018 [acesso em 18 jan 2022]; 19(2):1-185. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/index.php/bis/issue/view/2207.
Ministério da Saúde (BR). Portaria nº 2.836, institui, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), a Politica Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais. Politica Nacional de Saúde Integral LGBT [internet]. Brasília (DF); 2011 [acesso em 18 jan 2022].. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2836_01_12_2011.html#:~:text=Institui%2C%20n0%20%C 3%A2mbit0%20d0%20Sistema,Nacional%20de%20Sa%C3%BAde%20Integral%20LGBT).&text=como%20sistema%20universal%2C%20integral%20e%20equitativo.
Ministério da Saúde (BR). Politica nacional de saúde integral de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais [internet]. Brasília (DF); 2013 [acesso em 18 jan 2022]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_saude_lesbicas_gays.pdf.
Bezerra MVR, Magno L, Prado NMBL, Santos AM. Condições históricas para a emergência da Politica Nacional de Saúde Integral LGBT no espaço social da saúde no Estado da Bahia. Cad. Saúde Pública [internet]. 2022 [acesso em 24 jan 2022]; 37(8): €00221420. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0102-311X00221420.
Mello L, Avelar RB, Maroja D. Por onde andam as políticas públicas para a população LGBT no Brasil. Sociedade e Estado [internet]. 2012 [acesso em 24 jan 2022];27(2):289-312. Disponível em:https://doi.org/10.1590/S0102-69922012000200005.
Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. DRS XVI-Sorocaba [internet]. [acesso em 24 jan 2022]. Disponível em: http://saude.sp.gov.br/ses/institucional/departamentos-regionais-de-saude/drs-xvi-sorocaba.
Picchiai D, Deppa RC. Ações sociais e os serviços de saúde pública dos municípios membros da Comissão Intersetorial Regional - CIR - Itapeva (SP). Rev. Est. Soc [internet]. 2018 [acesso em 25 jan 2022];20(41):31-60. Disponível em: https://periodicoscientificos. ufmt.br/ojs/index.php/res/article/view/6427.
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica. Cidades [internet]. [acesso em 25 jan 2022]. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/
Santos L. Orgulho LGBTQI+: conheça o significado de cada letra e a luta por respeito à diversidade [internet]. [acesso em 25 jan 2022]. Disponível em: https://www.to.gov.br/cidadaniaejustica/noticias/orgulho-Igbtgi-conheca-o-significado-de-cada-letra-e-a-luta-por-respeito-a-diversidade/59vopeq232vv.
Parente JS, Silva CS, Magalhaes BC, Silva MMCO, Albuquerque GA. Saúde LGBTQIA+ à luz da bioética principialista. Rev. Bioét [internet].2021 [acesso em 1 fev 2022];29(3):630-640. Disponivel em: https://doi.org/10.1590/1983-80422021293498.
Brasil. Senado Federal. Perguntas sobre orientação sexual poderão ser incluídas no Censo [internet]. [acesso em 7 fev 2022]. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2021/02/19/perguntas-sobre-identidade-de-genero-e-orientacao=-sexual-poderao-ser-incluidas-no-censo#:~:text-De%20acordo%20com%20a%20Associa¥%C3%A7%C3%A30,-conta%20pessoas%20intersexo%20e%20assexuais.
Lima JD. Quais os impactos da pandemia para a população LGBTI no Brasil [internet]. [acesso em 7 fev 2022]. Disponível em: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2020/06/28/Quais-os-impactos-da-pandemia-para-a-popula%C3%A7%-C3%A30-LGBTI-no-Brasil.
Santana ADS, Melo LP. Pandemia de covid-19 e população LGBTI+. Invisibilidades dos impactos sociais. Sexualidad, Salud y Sociedad [internet]. 2021 [acesso em 7 fev 2022]; 37:€21202. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1984-6487.sess.2021.37.e21202a.
Carvalho LS, Philippi MM. Percepção de lésbicas, gays e bissexuais em relação aos serviços de saúde. Ciências da Saúde [internet]. 2013 [acesso em 7 fev 2022];11(2):83-92. Disponível em: https://www.argcom.uniceub.br/cienciasaude/article/viewFile/1837/2286
Mott L. Homo-afetividade e direitos humanos. Rev. Est. Fem [internet]. 2006 [acesso em 9 fev 202];14(2):509-521. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0104-026X2006000200011.
Mendes WG, Silva CMFP. Homicídios da população de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais ou transgéneros (LGBT) no Brasil: uma analise espacial. Ciênc. Saúde Colet [internet]. 2020 [acesso em 7 fev 2022]; 25(5): 1709-1722. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1413 81232020255.33672019.
Faribeiro F. Entenda a criminalização da LGBTfobia. Apesar do STF ter criminalizado a conduta de discriminação, ainda não temos leis especificas sobre o tema [internet]. [acesso em 7 fev 2022]. Disponível: https://faribeiro.jusbrasil.com.br/artigos/868811422/entenda-a-criminalizacao-da-Igbtfobia.
Brown C, Mayer DK. Are We Doing Enough to Address the Cancer Care Needs of the LGBT Community?Clin J OncolNurs [internet]. 2015 [acesso em 21 fev 2022];19(3):242-3. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/26000571/.
Ministério da Saúde (BR). Sistema Único de Saúde, SUS, princípios e conquistas. Brasília (DF); 2020 [acesso em 21 fev 2022]. Disponível: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/sus_principios.pdf.
Araújo CFM. Sem dados do Censo, população LGBTI+ do Brasil continuará desconhecida por mais 10 anos. Apesar de pedidos, IBGE não incluiu no Censo Demográfico de 2021 perguntas sobre sexualidade e identidade de género [internet]. 2021 [acesso em 14 mar 2022]. Disponível em: https://www.brasildefatope.com.br/2021/02/24/sem-dados-do-censo-populacao-Igbti-do-brasil-continuara--desconhecida-por-mais-10-an.
Brasil. Decreto nº 8,727. Dispõe sobre o uso do nome social e o reconhecimento da identidade de género de pessoas travestis e transexuais no âmbito da administração pública federal direta, autárquica e fundacional [internet]. Brasília (DF); 2016 [acesso em 23 maio 2022]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_at02015-2018/2016/decreto/d8727.htm.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2023 Josiane Goncalves de Pontes, Ronaldo Bernardino dos Santos