Identificação de candidatos a biomarcadores urinários para o Transtorno do Espectro do Autismo
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Palavras-chave

Biomarcadores urinários. Transtorno do Espectro do Autismo.

Como Citar

1.
Isaac da Silva N, Lebrun I. Identificação de candidatos a biomarcadores urinários para o Transtorno do Espectro do Autismo. Bepa [Internet]. 30º de outubro de 2020 [citado 23º de dezembro de 2024];17(202):63-4. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/BEPA182/article/view/34399

Resumo

O transtorno do espectro do autismo (TEA) é um distúrbio do desenvolvimento caracterizado por um quadro comportamental que envolve as áreas da interação social, da comunicação e do comportamento como também sensibilidade sensorial. Até o momento não existem biomarcadores que definam o TEA. Detectar metabólitos em urina de crianças com TEA por meio de diferentes técnicas analíticas e comparar com metabólitos de grupos controle com a finalidade de compor perfil metabólico específico para indivíduos com TEA. A pesquisa consiste em um estudo observacional retrospectivo, de desenho caso-controle. Os casos foram crianças (n=22) com TEA, do sexo masculino na faixa etária de 3 a 10 anos que foram comparados com crianças (n= 22) com desenvolvimento típico, pareadas por sexo e idade. As técnicas laboratoriais utilizadas para a identificação de metabólitos foram: quantificação de proteínas totais, separação e determinação da composição de aminoácidos por cromatografia CLUE, determinação da concentração de creatinina, perfil eletroforético de compostos proteicos, análise de espectrometria por método MALDI-TOF e estudo proteômico por meio de LC-ESI-IT-TOF/MS. A concentração de proteína do grupo de crianças com TEA foi significativamente inferior ao grupo controle constituído por crianças neurotípicas. Na análise dos aminoácidos foi observado que amostras de urina de crianças com TEA apresentaram maior concentração dos aminoácidos arginina, glicina, leucina e treonina e menor concentração dos aminoácidos ácido aspártico, alanina, histidina e tirosina quando comparados com amostras do grupo controle. A concentração de creatinina nas amostras de urina não apresentou diferença estatística entre os grupos observados. Na análise de eletroforese SDS-PAGE um composto com peso molecular de 250 kDa foi identificado com elevada frequência em urina de crianças com TEA. A busca em literatura sugere que seja a fibronectina plasmática. Na análise de espectrometria de massa foi identificado espectro de 654 Da com maior frequência em amostras de crianças neurotípicas e também um espectro de 1911 Da presente em maior número de amostras de crianças com TEA. A pesquisa em banco de dados sugeriu coproporfirina II e IV, gangliosídeo GT2 (d18:0/14:0) respectivamente. A análise proteômica identificou o espectro de 1911 Da como fragmento da glicoproteína uromodulina. A concentração de proteína e creatinina em urina não são marcadores metabólitos consistentes. A análise do perfil de aminoácidos replicou resultados observados em literatura, sendo assim, considerado um forte candidato a biomarcador. Apesar do resultado da análise proteômica divergir da análise de espectrometria de massa em relação à natureza dos compostos identificados, não pode ser excluída a possibilidade da existência de todos os compostos identificados nas amostras de urina dos grupos de participantes.

 

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Referências

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Copyright (c) 2020 Nádia Isaac da Silva, Ivo Lebrun

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