Leishmaniose visceral no estado de São Paulo, Brasil: avaliação das ações de vigilância e controle no Centro-Oeste Paulista, região endêmica para Leishmaniose Tegumentar, 1999-2018
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Palavras-chave

monitoramento epidemiológico,
leishmaniose visceral
análise espaço-temporal
leishmaniose cutânea,
sistemas de informação geográfica
políticas públicas de saúde.

Como Citar

1.
de Fátima Florêncio Henschel P, da Silva Fonseca E (coorientador), Tolezano JE (orientador). Leishmaniose visceral no estado de São Paulo, Brasil: avaliação das ações de vigilância e controle no Centro-Oeste Paulista, região endêmica para Leishmaniose Tegumentar, 1999-2018. Bepa [Internet]. 31º de março de 2021 [citado 12º de outubro de 2024];18(207):57-8. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/BEPA182/article/view/35888

Resumo

A expansão geográfica da leishmaniose visceral (LV) no Brasil está associada ao processo de urbanização da doença envolvendo a migração da população do campo para os centros urbanos; à adaptação do vetor ao ambiente domiciliar; e à presença do cão como reservatório doméstico. Essa enfermidade, em franca expansão, ocupa destaque no cenário nacional apontando para necessidade de novos conhecimentos epidemiológicos e geográficos relacionados às rotas de transmissão; e revisão das ações de vigilância e controle da doença, preconizado pelo Programa de Vigilância e Controle da LV no Estado de São Paulo (PVCLVESP). Ferramentas de geoprocessamento, como os Sistemas de Informação Geográfica (SIGs), são importantes na identificação de fatores ambientais associados à ocorrência de LV nas diversas regiões do país. O presente estudo teve como objetivos: (i) avaliar a distribuição espacial e temporal da LV; (ii) ações de vigilância e controle do PVCLV, na região de abrangência do Departamento Regional de Saúde de Marília (DRS), endêmica para Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA), desde 1999 a 2018. A LV estabeleceu-se na região a partir de 2003, nos municípios da região de saúde (RS) de Adamantina e no município de Guarantã, pertencente à RS de Marília; enquanto que os registros de casos da forma tegumentar são da década de 1850. No período do estudo, a LTA está presente em 46 dos 62 municípios do DRS de Marília, distribuído pelas 05 Regiões de Saúde, o que corresponde a 74,2% do total. A LV, num total de 26 municípios foi confirmada a introdução ou presença do vetor Lu. longipalpis (100%) e/ou LV canina em 24 municípios (92,3%) e/ou LV humana em 21 (80,7%74%). O padrão de distribuição espacial da LV indica que a enzootia canina persiste mesmo em municípios que alcançaram sensível redução na incidência ou mesmo ausência de novos casos humanos nos últimos anos, confirmando a manutenção da circulação do patógeno no ambiente urbano. As ações do controle da LV nos reservatórios caninos nos municípios abrangidos pelo DRS de Marília foram insuficientes ou não foram realizadas. Os municípios não executaram as ações de identificação dos reservatórios caninos através dos inquéritos sorológicos em todas as áreas com transmissão da LV humana, de acordo com as análises espaciais. A utilização de um conjunto de indicadores numéricos mostrou-se adequado para avaliação retrospectiva do desenvolvimento das ações de vigilância e controle da LV. Mais estudos deverão ser realizados com vistas à utilização desses indicadores para a construção de futuros planejamentos os quais servirão também para acompanhamento e avaliação das ações futuras no controle da LV.

 

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Copyright (c) 2021 Patrícia de Fátima Florêncio Henschel, Elivelton (coorientador) da Silva Fonseca , José Eduardo (orientador) Tolezano

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