Utilização do sistema MGIT 960 TB eXiST como teste de suscetibilidade a fármacos para Mycobacterium abscessus e análise de possíveis interferentes genéticos no perfil de resistência
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Palavras-chave

Mycobacterium abscessus
antibacterianos
genoma

Como Citar

1.
Fernandes Garcia de Carvalho N, Chimara E. Utilização do sistema MGIT 960 TB eXiST como teste de suscetibilidade a fármacos para Mycobacterium abscessus e análise de possíveis interferentes genéticos no perfil de resistência. Bepa [Internet]. 21º de maio de 2021 [citado 23º de novembro de 2024];18(208):52. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/BEPA182/article/view/36298

Resumo

As espécies do grupo Mycobacterium abscessus (MAG) podem causar infecções
em diferentes órgãos e tecidos, sendo M. abscessus a terceira micobactéria não
tuberculosa mais isolada, e são responsáveis por 80% das infecções pulmonares
causadas pelas micobactérias de crescimento rápido (MCR). Suas infecções são de
difícil resolução devido a sua resistência intríseca e adquirida à maioria das classes
de antibióticos usualmente utilizados, tornando este grupo de grande preocupação
para a saúde pública. O teste de suscetibilidade aos antimicrobianos (TSA) é
recomendado para auxiliar na escolha terapêutica e a única metodologia validada é a
concentração inibitória mínima, recomendada pelo Clinical & Laboratory Standards
Institute. Este projeto teve como objetivo avaliar o TSA pelo sistema automatizado
BACTEC MGIT 960/TB eXiST para isolados do MAG. Além disso, foi avaliada
a presença de plasmídeos. A cepa M. abscessus ATCC 19977 foi utilizada para
desenvolver o protocolo e, subsequentemente, o TSA foi realizado para 31 isolados
de MAG frente a quatro antibióticos tanto pelo sistema BACTEC MGIT 960/TB
eXiST quanto pelo método padrão REMA. A comparação entre os dois métodos
mostrou que não houve erros críticos. No geral, o sistema BACTEC MGIT 960/TB
eXiST forneceu corretamente as informações clinicamente relevantes, com a única
exceção sendo uma discrepância menor. Todos os isolados testados foram sensíveis a
amicacina, com a exceção de um isolado resistente. Para imipenem, todos os isolados
foram resistentes, enquanto para cefoxitina apenas dois isolados foram sensíveis. Em
relação a claritromicina, 14 isolados foram sensíveis enquanto os restantes foram
resistentes. A análise genômica evidenciou que apenas dois isolados apresentaram
plasmídeos. O isolado 381 apresentou dois contigs, sendo um deles idêntico ao fago
Adler, enquanto o isolado 1189 apresentou um único contig com diversos mecanismos
de defesa celular, incluindo uma metalo beta-lactamase. Este estudo descreve um
protocolo de TSA para MCR pelo sistema MGIT 960/TB eXiST e que a 7 aplicação
do método a um conjunto de isolados clínicos demonstrou que o sistema é confiável
e altamente reprodutível.

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Copyright (c) 2021 Natalia Fernandes Garcia de Carvalho, Erica Chimara

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