Estudo comparativo entre as técnicas de imunofluorescência direta, isolamento viral em camundongos e isolamento viral em cultivo celular utilizadas no diagnóstico da raiva

Autores

  • Adriana Candido Rodrigues Nasraui Coordenadoria de Controle de Doenças
  • Juliana Galera Castilho Kawai Coordenadoria de Controle de Doenças

Palavras-chave:

Raiva, Imunofluorescência, Isolamento viral em camundongo, Isolamento viral em cultivo celular

Resumo

O diagnóstico laboratorial da Raiva é de fundamental importância para avaliação
dos casos suspeitos de infecção pelo vírus da raiva (RABV) e as técnicas utilizadas
devem apresentar alta sensibilidade e especificidade, bem como rapidez na obtenção
dos resultados. No diagnóstico da Raiva é recomendada a confirmação do resultado da
Imunofluorescência direta (IFD) por meio do isolamento viral (IV). Como o isolamento
viral em camundongos (IVC) está sendo substituído pelo isolamento viral em cultura de
células (IVCC) por questões éticas, estudos são necessários para avaliação do emprego
da técnica de IVCC na rotina de diagnóstico da Raiva do Instituto Pasteur (IP). O objetivo
desse estudo foi avaliar o fluxo do diagnóstico da Raiva do Laboratório de Virologia do IP,
por meio de análise estatística pelo índice de concordância, sensibilidade, especificidade
e acurácia nos testes de IFD, IVCC e IVC. Para essa avaliação foram utilizados resultados
obtidos na rotina de diagnóstico do Laboratório de Virologia do IP, no período de 2008
a 2016, em 6.514 amostras de Sistema Nervoso Central (SNC) de diferentes espécies
animais. A IFD foi a técnica que apresentou melhores resultados de sensibilidade (93,58%),
especificidade (95,90%) e acurácia (95,67%). Para o IVCC os valores de sensibilidade,
especificidade e acurácia foram inferiores a IFD sendo 70,42%, 86,16% e 84,62%,
respectivamente. A concordância entre o IVCC e IFD foi moderada com índice de kappa
k= 0,341. A sensibilidade, especificidade e acurácia do IVC foi de 89,58%, 100% e 98,97%,
respectivamente. A concordância entre o IVC e IFD, teve um valor de k substancial (0,720).
A IFD, considerada padrão ouro, mostrou-se efetiva em todos os animais, com exceção
de equinos. A partir destes resultados analisados foi possível inferir que a IFD apresentou
resultados satisfatórios, porém o IVCC não apresentou resultados favoráveis para ser
utilizado como uma técnica confirmatória, assim, faz-se necessário uma avaliação do fluxo
estabelecido no diagnóstico do Laboratório de Virologia do Instituto Pasteur

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Downloads

Publicado

2021-11-30

Como Citar

1.
Candido Rodrigues Nasraui A, Galera Castilho Kawai J. Estudo comparativo entre as técnicas de imunofluorescência direta, isolamento viral em camundongos e isolamento viral em cultivo celular utilizadas no diagnóstico da raiva. Bepa [Internet]. 30º de novembro de 2021 [citado 26º de abril de 2024];18(215):96-8. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/BEPA182/article/view/37241

Edição

Seção

Resumo de teses e dissertações

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)