Leishmaniose Visceral: história epidemiológica na Região de São José do Rio Preto, Estado de São Paulo, no período de 2008 a 2019
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Palavras-chave

Leishmaniose visceral
Leishmaniose visceral humana
Leishmaniose visceral canina

Como Citar

1.
Maria Bussoni Bertollo D. Leishmaniose Visceral: história epidemiológica na Região de São José do Rio Preto, Estado de São Paulo, no período de 2008 a 2019. Bepa [Internet]. 31º de dezembro de 2021 [citado 4º de dezembro de 2024];18(216):13-30. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/BEPA182/article/view/37267

Resumo

O objetivo deste estudo epidemiológico descritivo retrospectivo, com abordagem
exploratória de tendência temporal e espacial dos casos autóctones de leishmaniose
visceral (LV), foi descrever a história natural da LV na região administrativa de São José do
Rio Preto, desde o registro da presença do vetor e dos primeiros casos caninos e humanos,
no período de 2008 a 2019. Os dados secundários foram obtidos a partir de notificações
no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), segundo o local provável
de infecção (LPI) e registros da classificação epidemiológica dos municípios disponíveis
em boletins epidemiológicos. A região de São José do Rio Preto é composta por 102
municípios, dos quais 57 apresentam alguma situação epidemiológica em relação a LV. A
progressão da doença na região caracteriza-se pela expansão a partir de Jales e Urânia,
em 2008, para 57 municípios até dezembro de 2019, totalizando 55,9% dos municípios
da região. No período de 2008 a 2019 foram confirmados 1.899 casos de LV humana no
estado de São Paulo, destes, 165 (8,7%) referem-se à região de São José do Rio Preto.
No presente estudo, com base na série temporal de dados epidemiológicos a partir de
diferentes fontes de registro da LV e das análises realizadas, é possível concluir que a
doença continua em crescente expansão geográfica na região.

https://doi.org/10.57148/bepa.2021.v.18.37267
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