Resumo
Em 2004, a vigilância em saúde vivia a perspectiva de reorganização com a criação do que seria a Agência Paulista de Controle de Doenças. O médico infectologista Luiz Jacintho da Silva conduzia o processo. No âmbito da comunicação, o projeto da nova estrutura previa a criação de uma revista com a missão de divulgar informações relevantes para a saúde pública. Nasce, então, o Boletim Epidemiológico Paulista – Bepa, concepção de Luiz Jacintho, também seu primeiro editor. O projeto original da Agência passou por adequações que resultaram na Coordenadoria de Controle de Doenças (CCD), órgão que responde pela vigilância em saúde do estado de São Paulo. O projeto do Bepa, inspirado no MMWR (Morbidity and Mortality Weekly Report), do CDC (Centers for Disease Control and Prevention), também passou por transformações. A partir do volume 2, em 2005, a revista adota uma formalização que a aproxima do modelo de publicação científica, contribuição do seu segundo editor, o médico infectologista Carlos Magno Fortaleza, então coordenador de controle de doenças. Em 2007, a médica pediatra Clelia Aranda assume a CCD, e também passa a ser a editora do Bepa. Um novo projeto gráfico e a reafirmação da missão paulista da revista marcam essa fase. A mim, coube suceder Clelia Aranda como coordenador da CCD e editor do Bepa pelo período mais longo entre meus antecessores, agosto de 2011 a março de 2019. Fui autor de alguns editoriais e acompanhei o trabalho da equipe de edição na composição de pautas que priorizassem temas relevantes para a vigilância em saúde. No momento, passo o bastão para um novo editor, o médico psiquiatra e epidemiologista Paulo Rossi Menezes que, como manda a tradição, também assumiu a Coordenadoria de Controle de Doenças. Ao longo de diversas gestões e sob a batuta de diversos editores, o Bepa segue fortalecido na sua missão. Nesse ano de 2019, completa 15 anos e ganha capa comemorativa. Haverá revista, nesse segmento, com periodicidade mensal, mais longeva? Creio que não. Eu, assim como Clelia Aranda, que assumiu a edição executiva, mantenho-me colaborando com a publicação como seu consultor científico. Que o Bepa continue refletindo a dinâmica da saúde pública (especialmente a paulista) e possa, ao longo de sua existência, testemunhar avanços científicos e de gestão do SUS que revertam na proteção e promoção da saúde das pessoas.
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Copyright (c) 2019 Marcos Boulos